Antonio Nunes de Souza*
-Estávamos
deitados na cama aos beijos e carícias, quando de repente e supetão ela me
perguntou: Você me ama Rodrigo?
-Pensei,
imaginando como responder algo que não a desagradasse, fiquei parado e refletindo
olhando direto para os seus olhos!
-Pela
minha demora, ela voltou a perguntar: Por favor Rodrigo me responda!
-Querida
Sara, espero que você entenda bem e racionalmente, o que vou lhe dizer. Eu não
posso dizer que a amo, porque para mim o único amor real e existente é o de uma
mãe, por estar direcionado a um ser que se desenvolveu dentro do seu ventre, e
saiu das suas entranhas como se fosse um pedaço do seu corpo, que chegou ao
mundo com o esplendor do milagre de uma nova vida, que ela produziu desde a
hora que foi, amorosamente inseminada. Desculpe a minha eloquência, mas, tudo
isso é para lhe dizer que o que sinto por você é uma atração sexual
exageradamente incrível, pois tenho um desejo incomensurável de estar todo
tempo abraçado a você, porém, com pensamentos e fortes desejos de desfrutar
carinhosamente do seu corpo, recebendo e dando prazeres, satisfazendo os nossos
deliciosos anseios!
-Sara,
depois ouvir atentamente a minha longa resposta, notei que saiam dos olhos
algumas lágrimas descendo pela sua face, já que tínhamos dois meses de
relacionamento. Em seguida levantou-se, vestiu a roupa, olhou bem firmemente
para mim e disse:
-Seu
filho da puta, você me acha com cara de mictório para você só querer mijar dentro
de mim? Vá pra puta que lhe pariu e procure uma idiota que concorde com seu
raciocínio machista!
-Isso
ela disse puta da vida, saindo batendo a porta do meu apartamento, deixando-me
atoleimado e de boca aberta, pois não esperava jamais essa reação de uma mulher
calma e tranquila como Sara era. Fiquei sozinho, nu deitado na cama, e pensei:
Puta merda! A gente não pode nem ser sincero. Na próxima vez vou dizer que amo
loucamente, e fico dando minhas transadas numa boa, sem o perigo de ouvir outra
dessa!
-Já
vi que as mulheres adoram ouvir mentiras!
Escritor
– Historiador e poeta!
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