Antonio Nunes de Souza*
Meio
de ano, graças a Deus, temos três Santos de grandes prestígios celestial, que
nos deliciam com suas maravilhosas iguarias, balões, fogueiras músicas, danças
aconchegantes, reuniões familiares e de amigos mais e menos chegados,
proporcionando uma festividade comemorativa, muitíssima admirada e curtida,
principalmente, pelo povo maravilhoso do norte/nordeste!
Santo
Antonio, São João e São Pedro!
Sendo
o primeiro, meu padroeiro, considerado o santo casamenteiro, sempre tratado com
carinho pelas moças que querem arranjar seus maridos, principalmente aquelas
que já estão curvando o “cabo da boa esperança”. Ele tem a sua trezena diária
com rezas, cantorias e iguarias, regadas com um licorzinho de jenipapo ou
laranja, tendo o seu ponto alto no dia 13 de junho, seu dia, sempre fechado com
chave de ouro!
Nosso
respeitado e querido São João nem é preciso dizer muito, pois, suas festanças
já chegaram ao ponto de movimentar centenas de bandas e conjuntos de forró e
sertanejos durante todo ano, não só no nordeste como em todo Brasil. As festas
são de arromba com fogueiras, fogos coloridos, guerras de espadas, crianças
abobalhadas com as belezas que cruzam nos céus, formando matizes e arco-íris,
provocados pelo lindo espetáculo pirotécnico. É uma festa que mobiliza toda
família e, principalmente, deixa lembranças inapagáveis em nossa memória!
Já
o São Pedro, parece-me ser de uma importância maior junto ao Espírito Santo,
pois, controla a chave da entrada no céu, responsável pelas benéficas chuvas e,
entrando na seara de S. Antonio, ainda é o padroeiro das viúvas. Suas festas
são similares a do S. João, porém, com menos intensidades. Esse ano inclusive,
sua média com os religiosos está mais baixa em função do seu descontrole sobre
as chuvas, alagando uma parte do mundo, mais acentuadas em nosso país e, em
outras partes, deixando o povo morrer de sede e a agricultura e pecuária sendo dizimadas!
Por esse descontrole climático, imagino que Ele esteja recebendo milhões de
orações e pedidos para que sejam acertadas as distribuições de águas
celestiais, apenas atendendo as necessidades básicas e essenciais!
Vamos
todos curtir esse mês com carinho, fé e dedicação, cada um fazendo seus
pedidos, pois, se estamos merecendo, com certeza, seremos atendidos!
Não
posso deixar de salientar que, entre as festas santificadas, infiltra-se
sorrateiramente o Dia dos namorados, que profanamente faz a alegria dos
lojistas pelas vendas acentuadas de presentes e dos donos de motéis, que
faturam fartamente com os casais de pombinhos amorosos!
Por
essas razões, temos que reverenciar esse mês especial de festividades, que bate
testa com dezembro, o último do ano!
*Escritor
– Historiador - Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL
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