segunda-feira, 17 de maio de 2021

SEXUALIDADE DAS ÁGUAS!

 

Antonio Nunes de Souza*

Passados quase quinze anos, estou eu em Itaparica, veraneando com meu marido e filhos e, olhando para a piscina, comecei a rememorar como conheci meu querido Carlos e como começou o nosso romance!

Na época, com meus dezenove anos, acabando de chegar a uma idade que poderia dizer que era, realmente, uma mulher, ganhei de um sorteio de um Supermercado, uma semana de férias em Ilhéus com tudo pago, hotel cinco estrelas, viagem aérea, refeições, eventos sociais, shows, além de um carro com motorista para me transportar nas minhas saídas para desfrutar dessas delícias!

Infelizmente, não dava direito a companhia, pois, se assim fosse, teria levado a minha irmã comigo.

Mas, mesmo sendo uma moça tímida e não acostumada com tamanha mordomia, não quis perder a oportunidade de desfrutar de momentos maravilhosos e inesquecíveis que, com certeza, jamais esqueci e relembro com muito prazer, como estou fazendo agora!

Carlos, engenheiro da Petrobras, estava a serviço e, por felicidade, hospedado no mesmo hotel. E, logo no meu primeiro jantar, ele chegou ao salão, que estava cheio, e o maitre me pediu permissão para colocá-lo em minha mesa, já que eu estava sozinha. Para mim era indiferente, apenas aumentaria minha inibição pela falta de hábito a tais gentilezas com estranhos.

Ele sentou-se e se apresentou, trocamos sorrisos e nomes e, somente depois disso, consegui observar que tratava-se de um homem bonito, jovem e sem alianças nas mãos.

Começamos a conversar, inicialmente com cautela, mas, com sua simpatia, terminou me fazendo contar porque estava ali e como, e que estudava enfermagem já estando no sexto semestre. A conversa foi tão deliciosa, quanto a refeição sugerida pelo maitre do maravilhoso e internacional hotel.

Já na sobremesa, riamos e brincávamos como se fossemos amigos a longo tempo.

No dia seguinte, sábado, ele estaria de folga e convidou-me para ir a praia que, logicamente aceitei, não só por ter sido ele, como também quando se está só em um ambiente estranho, geralmente ficamos meio perdidos.

Na praia, tomamos umas cervejas, comemos caranguejos, ostras, camarões secos, queijo qualho assado na brasa, todas as gulodices que tinha na grande barraca que nos abrigava, na praia denominada de Milionários. A essa altura já corríamos para as águas de mãos dadas ou abraçados e, nos mergulhos, não deixávamos de nos esfregar um ao outro, provocando-lhe uma excitação tamanha, que eu sentia seu membro latejar em minhas coxas e bunda, logicamente, me provocando desejos da mesma forma. Não digo que me “molhei” toda, pois já estava dentro d’água e seria um pleonasmo!

Por pouco não chegamos aos extremos, mas, desejos não faltaram, com o balançar das ondas e nossas pernas entrelaçadas embaixo d’água.

Voltamos para o hotel as 14 horas e ficamos de descansar até as 18 horas e depois iríamos tomar um bom banho na enorme piscina e depois jantar na borda, protegidos por uma enorme sombrinha!

E foi o que fizemos. Acordei, tomei um gostoso banho para me despertar mais, vesti um vestidinho curto e provocante, por cima do minúsculo biquíni, logicamente, querendo seduzir mais ainda, meu já querido e desejado Carlos!

Ele todo barbeado, cheiroso e com uma sunga sumária, talvez com a mesma intenção minha. Parece que estávamos, juntando a “fome com a vontade de comer”!

Trocamos beijinhos, nos abraçamos e sentamos em uma mesa discreta e distante um pouco, dos poucos hóspedes que tomavam banho, já que não estava no “pico” das férias. Ele muito romântico, pediu uma champanhe para brindarmos a nossa nova e boa amizade. Fiquei logo mais fascinado com ele, pois, para mim, esses tratamentos, juntamente com as mordomias do hotel, representavam uma situação que, com certeza, nunca pensei de viver tão cedo. Ou mesmo de viver!

Depois de algumas taças, caímos na água, já praticamente sozinhos e, não deu outra: começamos a nos desnudar e sem nenhuma palavra, começamos a nos atracar sexualmente, sentindo eu, prazerosamente, sua gostosa penetração aquática que me levou ao delírio, fazendo-me gozar quase que imediatamente, já que o balançar das águas, substituía a necessidade do “vai e vem” dos nossos corpos. Carlos, com seu membro latejando dentro de mim, única coisa que, incrivelmente, o veio a minha mente foi: obrigado meu supermercado querido! rs rs rs Sou vou fazer compras lá!

Sem mais nenhuma timidez, mergulhei e peguei o sei membro e abocanhei com tanta gulodice que quase me engasguei, mas, meu desejo, era vê-lo feliz, gozar novamente, porém, lentamente ele me virou e, abrindo as minhas pernas, começou a penetrar em minha bundinha que, com as águas ajudando, seu pau ia entrando todo sem que eu nem sentisse alguma dor. Ao contrário, pois dava-me um prazer novo e desconhecido, ainda mais de ver em seus olhos a satisfação de estar, praticamente, gozando pela segunda vez em minha bundinha!

Depois de mais de uma série de sacanagens, carícias e afetos, saciados e cansados, saímos da água, nos enxugamos com as toalhas. Tomamos mais uma taça de champanhe, desta feita para selar nossa amizade e, tocando a campainha, chamamos o garçom para que servisse o nosso jantar ali mesmo na piscina!

Não se faz necessário dizer que, durante toda minha semana, dávamos nossas transadas aquáticas e deliciosas, quando Carlos chegava do trabalho a noite e, firmamos um namoro sólido, pois hoje somos casados, temos dois filhos lindos e, na piscina da nossa casa, sempre a noite quando as crianças já estão dormindo, descemos e sem pestanejar, recordamos aqueles momentos com doçura, carinhos e orgasmos múltiplos!

Vale a pena dizer que, até hoje, sou uma cliente assídua do meu querido Supermercado!

*Escritor-membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL- antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

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