segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

OS VÂNDALOS HEREDITÁRIOS!

                       Antonio Nunes de Souza*

Desde que me entendo por gente que vejo pelas estradas a fora, todas as placas de sinalizações perfuradas de balas ou depredadas por crianças moradoras na região, brincando de tiro ao alvo como uma distração normal e divertida!

Esse comportamento já enraizado na natureza dos jovens e na mentalidade tacanha dos adultos, lamentavelmente, traz sérios transtornos com a destruição das sinalizações, assim como, deixa registrada a falta de educação de um povo que quer sempre cobrar dos governos melhores orientações nas suas viagens, dando uma segurança adequada, mas, infelizmente, procedem animalescamente com atitudes completamente descabidas.

Se nós partirmos para as cidades, somos passivos das mesmas tristezas, vendo uma série de monumentos semi destruídos, roubados partes das esculturas, como a Carlos Drummond no Rio de Janeiro, na mesma cidade no Botafogo o chafariz do boneco fazendo xixi, Dorival Caymmi em Itapuan, Pelé na entrada da Fonte Nova e uma montanha de outras pelo país a fora, principalmente as de metal que, além de danificadas, são saqueadas partes dos corpos para serem vendidos ao preço de quilo.
Será que esse procedimento já faz parte integrante na vida dos brasileiros?

Uma hereditariedade predadora que atua na natureza e, achando pouco, também é aplicada nos monumentos históricos e sinalizações úteis para orientações!  Um comportamento tão ridículo e sem sentido que, somente, pessoas desclassificadas podem sentir prazer em executar.
Obviamente, nas estradas é mais difícil a fiscalização, mas, se colocarem placas condenando esse comportamento, com certeza sensibilizará alguns desses idiotas destruidores dos patrimônios públicos.

Esse nosso artigo está ligado diretamente aos estragos feitos na estátua de Jorge Amado, situada na entrada de Ferradas, vila que nosso escritor nasceu. E, em função do ocorrido, felizmente acharam justoja recupera-la e por uma questão de segurança, fosse transferida para uma praça dentro do vilarejo, em frente a histórica casa que leva o seu nome e museu turístico, pois, assim sendo, ficará fiscalizada pelos moradores, longe da estrada passiva dos praticantes de “tiro ao alvo”.
Supomos que, se continuasse no mesmo lugar, não tardaria acontecer novamente tais ocorrências prejudiciais e vergonhosas.

Quando será que vamos educar o nosso povo, ensinando o que seja história e um comportamento de cidadania que orgulhe o nosso país?

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL– antoniomanteiga.blogspot.com –    antoniodaagral26@hotmail.com


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