Antonio
Nunes de Souza*
Desde
que me entendo por gente que vejo pelas estradas a fora, todas as placas de
sinalizações perfuradas de balas ou depredadas por crianças moradoras na
região, brincando de tiro ao alvo como uma distração normal e divertida!
Esse
comportamento já enraizado na natureza dos jovens e na mentalidade tacanha dos
adultos, lamentavelmente, traz sérios transtornos com a destruição das
sinalizações, assim como, deixa registrada a falta de educação de um povo que
quer sempre cobrar dos governos melhores orientações nas suas viagens, dando
uma segurança adequada, mas, infelizmente, procedem animalescamente com
atitudes completamente descabidas.
Se
nós partirmos para as cidades, somos passivos das mesmas tristezas, vendo uma
série de monumentos semi destruídos, roubados partes das esculturas, como a
Carlos Drummond no Rio de Janeiro, na mesma cidade no Botafogo o chafariz do
boneco fazendo xixi, Dorival Caymmi em Itapuan, Pelé na entrada da Fonte Nova e
uma montanha de outras pelo país a fora, principalmente as de metal que, além
de danificadas, são saqueadas partes dos corpos para serem vendidos ao preço de
quilo.
Será
que esse procedimento já faz parte integrante na vida dos brasileiros?
Uma
hereditariedade predadora que atua na natureza e, achando pouco, também é
aplicada nos monumentos históricos e sinalizações úteis para orientações! Um comportamento tão ridículo e sem sentido
que, somente, pessoas desclassificadas podem sentir prazer em executar.
Obviamente,
nas estradas é mais difícil a fiscalização, mas, se colocarem placas condenando
esse comportamento, com certeza sensibilizará alguns desses idiotas
destruidores dos patrimônios públicos.
Esse
nosso artigo está ligado diretamente aos estragos feitos na estátua de Jorge
Amado, situada na entrada de Ferradas, vila que nosso escritor nasceu. E, em
função do ocorrido, felizmente acharam justoja recupera-la e por uma questão de
segurança, fosse transferida para uma praça dentro do vilarejo, em frente a
histórica casa que leva o seu nome e museu turístico, pois, assim sendo, ficará
fiscalizada pelos moradores, longe da estrada passiva dos praticantes de “tiro
ao alvo”.
Supomos que, se continuasse no mesmo lugar, não tardaria acontecer
novamente tais ocorrências prejudiciais e vergonhosas.
Quando
será que vamos educar o nosso povo, ensinando o que seja história e um
comportamento de cidadania que orgulhe o nosso país?
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL– antoniomanteiga.blogspot.com – antoniodaagral26@hotmail.com
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