segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

ACREDITAR OU NÃO, NA CIÊNCIA?

Antonio Nunes de Souza*

Logicamente, minha pergunta acima pode parecer uma demonstração de ignorância, falta de conhecimentos e, mais que tudo, uma pretensão sem limites em fazer uma analogia numa área onde somente cientistas e estudiosos têm o direito de opinar, baseados em suas laboratoriais experiência, cujos resultados encontrados os qualificaram para tais afirmações, mesmo que depois os avanços tecnológicos venham comprovar ao contrário do que parecia ser!
E, para nossas surpresas e espantos, fatos dessa ordem acontecem constantemente, nos deixando meios confusos e descrentes, imaginando que somos uma porção de joguetes experimentais, sempre passivos de opiniões, eventualmente, contraditórias, sobre o que pode nos fazer bem ou, pior ainda, daquelas gostosas coisas que não devemos fazer e alimentos que, se consumidos, nos podem fazer mal!
É claro e evidente que as reações são diferentes em cada corpo humano, sendo que as pesquisas geralmente se utilizam de dezenas e às vezes centenas de pessoas, para que, estudando suas reações durante o processo analítico, os resultados encontrados na maioria, passam a ser uma resposta para o estudioso cientista que, com essas bases, apresentam nos congressos como mais uma conquista obtida.
Todavia, tornou-se comum aparecer até com intervalos menores e contradições mais veementes, discordâncias, muitas vezes radicais, com relação aos estudos feitos no passado e no presente, principalmente na área alimentícia. Tenho amigos que maníacos por seguir essas regras e conselhos só vivem doentes. Como também tenho outros que comem tudo, sendo seus pratos favoritos a feijoada com mocotó, dobradinha, sarapatel, rabada, fatada e qualquer tipo de moqueca, principalmente as com muito dendê e, incrivelmente, têm uma saúde férrea, ainda temperada pelo gostoso cigarro e os aperitivos diários e costumeiros. Fico imaginando que esses últimos, foram feitos com barros de alta qualidade ou cerâmica vitrificada!
Quantas vezes já ouvimos nos noticiários televisivos e jornais que o ovo faz mal, o café é um veneno, o açúcar uma tragédia o rico/pobre chocolate é execrável, a carne vermelha é coisa do demônio. O sal coitado, nem pensar e, conheço pessoas que nem banho de mar tomam para não engolir a água nos mergulhos. E, quantas outras vezes tivemos a surpresa de ver a descaracterização dessas afirmações, colocando esses alimentos numa posição de destaque para uma saúde perfeita? Pode parecer uma tolice da minha loucura em escrever sobre algo que não tenho credenciais para tanto, apenas baseando-me nos fatos que conheço em função da experiência de vida!
Na verdade não estou dando minha opinião querendo mudar pensamentos, simplesmente estou como muitos, fazendo uma pergunta aos grandes mestres da medicina humana!
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com



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