terça-feira, 15 de março de 2011

Que mundo é esse!

                                                                                             Antonio Nunes de Souza*

Sempre achei que era um ser inteiramente normal, comparando-me certamente aos padrões existentes. Mas, com o passar do tempo, as convivências e experiências, passei a ter dúvida sobre esse conceito, criando em minha cabeça milhares de perguntas relativas ao comportamento dos outros com relação a mim, como também, meu comportamento com relação aos outros. Cheguei a conclusão tola que o adágio popular é corretíssimo:”De médico e louco todos nós temos um pouco!”
Passei a perceber como procedemos completamente diferentes em ocasiões semelhantes, terminando em desfechos inteiramente opostos, dificilmente havendo uma similaridade. Isso ratificou o velho provérbio que diz: “O que é bom para Chico, pode não ser bom para Francisco”. Pois, quando encaramos determinadas situações, na maioria das vezes agimos muito mais baseados nas emoções que nos tocam naquele momento, que as razões que deveriam ser aplicadas naquela circunstância.
Isso causa transtorno futuro? Normalmente sim! As emoções nos amolecem, nos deixam vulneráveis e fazem com que cedamos a certos impulsos de benevolências que, naquela hora nos parece o certo. Mas, passado o instante mágico da emoção e vem a ponderável reflexão da razão, chegamos ao veredicto que mais uma vez fomos tolos e nos deixamos levar pelo clima.
Aí eu pergunto: é ruim deixar-se levar pela emoção e pelo clima?
Lógico que não! Esses sentimentos (abstrato e o outro metafísico) foram criados pelo homem, logicamente para encantar seus parceiros com a finalidade de vencer suas resistências nas horas mais necessárias. E tem dado um resultado maravilhoso para quem aplica e, algumas vezes, para aqueles que foram as partes passivas da história, que não deixaram de ter seus momentos gloriosos na hora do fato e do ato e, somente depois que caem na real, percebem que um jeitinho e uma boa conversa podem quebrar todas as nossas barreiras. Porém, se não foi o resultado que pensávamos, com certeza serviu de experiência para reforçarmos nossas defesas nos românticos ou comerciais ataques futuros. 
Portanto, cuidado com as emboscadas e armadilhas desse mundo perigoso e belo.
Aliás, belo o mundo sempre será, perigosas são as pessoas que nele vivem!

*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blogspot.com)

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