quinta-feira, 17 de março de 2011

Está chegando o viagra brasileiro!

                                                                                                            *Antonio Nunes de Souza

Mesmo com sua fama internacional de grandes amantes latinos, os brasileiros estão estatisticamente classificados em segundo lugar no mundo, como usuários de estimulantes sexuais, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Conforme pesquisa, a pílula dos Deuses é usada em quantidade até abusiva, por jovens que desejam demonstrar um desempenho de super-men para impressionar suas parceiras com repetidas peripécias eróticas e variações exóticas em torno do tema.
Será que já não se faz homens como antigamente?
Será que essa era da computação, internet, orkut, forró, axé, funk, arrocha, etc. fez esfriar a libido?
No meu tempo, bastava uma olhadinha na batata da perna que já estávamos prontos para o que desse e viesse sem precisar de mais nenhum tipo de estimulante para enfrentar a hora da verdade, e a preocupação ou medo de ser feliz. Até hoje, com essa moda de barriga de fora, quando vejo um umbigo, ainda sinto arrepios de desejo, somente em imaginar as coisas que têm abaixo e acima dele. Acho que esse exercício de imaginação faz com que a corrente sanguínea aumente bravamente, fazendo suas funções com a máxima competência. Tenho até medo de um dia, por curiosidade, usar um desses apetrechos químicos, aliando-os a minha fértil imaginação, sair por aí subindo nas paredes e ser preso como tarado. Chega me causar horror imaginar ver nos jornais manchetes estampadas: Velhinho ataca mulheres em via pública! Tarado de cabeça branca quer ver a coisa preta! Vovó ataca dezenas de mulheres e foi preso em casa se masturbando!
Sinceramente, preocupa-me muito a maneira com que os homens estão conduzindo a arte do amor, não a colocando como uma prioridade e responsabilidade masculina, não se desligando dos problemas nas horas das decisões e, como conseqüência, falhando vergonhosamente.
Pelas conversas com uma série de amigos (de todas as idades), já se tornou habitual o uso da pílula azul como acessório indispensável para uma aventura amorosa. Uns usam como medida de segurança, outros para se tornarem atletas e muitos para inibir a própria e desastrada incompetência (ou incompotência).
Mediante a apurada pesquisa do uso em larga escala pelos brasileiros, um laboratório nacional está preste a lançar no mercado o estimulante brasileiro. Ainda não foi batizado o nome a ser lançado, mas, sugiro que deveriam chamá-lo de “Broxabrás”, numa homenagem justa aos aficionados do seu uso.
Eu, felizmente, ainda consigo levantar a cabeça usando o cérebro!

*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blogspot.com)

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