Antonio Nunes de Souza*
Seguia
para o aeroporto, já um tanto atrasada por um pequeno imprevisto na empresa e,
parecendo uma perseguição, tinha acontecido um choque de veículos no caminho,
que infelizmente, interditou a estrada. Lógico que fiquei super nervosa, pois
estava indo para uma reunião importante em São Paulo, onde, provavelmente,
estaria fechando um contrato maravilhoso para a construção de dez blocos de
apartamentos, já que a nossa construtora, tinha todos os indícios e condições
contratuais, que venceria tranquilamente a concorrência!
Mas,
para tanto, seria necessária a minha presença, portando a documentação exigida
e comprovada, durante a realização oficial da operação em pauta. E esse
inesperado contratempo, me deixou totalmente desorientada, sem ter a mínima
ideia do que deveria fazer. Mandei o motorista saber detalhes e ele voltou
dizendo que demoraria em torno de duas horas para a liberação da pista. Para
mim, foi como se fosse uma facada no peito, uma vez que eu facilitei deixando
para ir no dia e não na véspera. Pensei, matutei e, sem pestanejar quando vi um
pequeno campinho de futebol ao lado direito, liguei para a construtora e mandei
que, imediatamente, mandassem o helicóptero, abastecido, dei as coordenadas da
localização, sendo o engarrafamento o dado mais visível, pedindo a máxima
urgência. E eu como diretora comercial, todos me obedecem rigorosamente, mesmo
eu sendo jovem, mas, sou competente e a engenheira filha do patrão!
Em
algum minutos, que pareceram horas, vejo no ar o grade e possante aparelho
escrito em sua lateral: Freitas Construções & Filhos Ltda. Desci do carro,
mandei o motorista pegar minha mala e saí em disparada para o campinho. Ele foi
planando e eu subindo super nervosa, mandando seguir para Sampa com urgência,
pois eu tinha apenas 3 horas para estar presente em meu importante compromisso.
Durante a viagem falei para meu pai o ocorrido, liguei para a empresa que nos
contrataria avisando da minha ida, falei do imprevisto e solicitei um talvez
prolongamento de uma hora se necessário fosse. Como houve concordância, fiquei
mais tranquila!
Já
mais calma é que fui observar que o piloto não era o Sr. Gilberto que já
trabalha conosco há 20 anos, desde de quando eu era garotinha. Perguntei por
ele e tive a maior surpresa, pois o piloto de nome Fernando, era filho dele, e
tinha sido contratado recentemente pelo meu irmão Nonato, que é diretor
financeiro. Dei um sorriso como cumprimento, abri minha pasta para dar uma
conferida na documentação, e ver se tudo estava dentro dos planos e conformes. Falei
que iríamos para o edifício Star Center e que tinha heliporto, pois, já pousei
uma vez lá. Fernando controlou o JPS e, automaticamente, a máquina foi seguindo
seu rumo. Olhei o relógio e vi que estávamos apenas com seis minutos de atraso,
que me deixou bastante aliviada!
Fernando
posou, eu desci, agradeci, disse para ele levar o equipamento para o aeroporto,
e fosse para o hotel Maksoud Plaza, onde tinha uma reserva para mim e que ele
pegasse um apartamento para ele, para que não tivesse de voltar à noite. Cedo
ele poderia voltar, que eu me demoraria mais e iria num voo comercial no fim da
tarde!
Desci
no elevador, saltei no andar e fui direto para a reunião, exatamente na hora
que todos estavam se dirigindo a sala principal do evento comercial.
Cumprimentei todos e nos sentamos, iniciando as chatas conversações, porém,
bastantes rentáveis!
Depois
de horas de discursões e debates, como eu desejava e esperava, consegui assinar
o contrato para nossa empresa. Depois dos apertos de mão, nos despedimos, o
presidente da empresa autorizou um motorista me levar ao hotel e, satisfeita e
cheia de alegria, já no carro, liguei para meu pai comunicando o fechamento do
contrato, que recebeu a notícia cheio de satisfação, elogiando a minha
performance!
Ao
chegar no hotel, vi no hall Fernando sentado lendo um jornal. Me aproximei e
perguntei se tinha feito o combinado. Ele respondeu que sim. Como já era 19
horas eu falei que iria tomar um banho e desceria para jantarmos. Ele assentiu,
eu subi e, com menos de meia hora já estava de volta, louca de fome, pois,
nessa confusão da viagem, eu nem tinha almoçado. Mesmo eu tendo 27 anos, sou
super responsável. Sempre a ordem das minhas coisas são: Primeiro as
obrigações, depois as devoções!
Chamei
Fernando e escolhi um dos restaurantes (o hotel tem seis com iguarias de várias
nacionalidades). Como ele não se pronunciou, talvez por eu ser a patroa, fomos
para o árabe, pois, adoro demais os sabores das arábias!
Comemos
bastante, bebemos, sorrimos, conversamos, ele falou-me que estudou psicologia,
mas, por influência paterna, fez curso de piloto, trabalhou dois anos na TAM, e
agora estava em nossa empresa, além de três dias por semana dar aulas de
recursos humanos em uma faculdade. Olhei as horas e vi que era 21;40 e eu tinha
visto na TV na hora do banho, que estavam levando a peça musical genial
Aquarius! Aí eu convidei Fernando se ele poderia ir comigo para que eu não
fosse sozinha!
-Teatro
é a minha paixão e esse espetáculo é sucesso mundial, a música é belíssima e
tenho certeza que gostaremos muito. Essa versão brasileira é com Cláudia Raya!
Pegamos
um táxi, fomos e nos deliciamos com tudo que vimos, principalmente uma parte
que todo elenco dança e canta completamente nus, fazendo a plateia se alucinar
cantando e dando assovios de alegria e prazer. A essa altura já estávamos
íntimos, rindo de tudo. Na saída do teatro deu uma chuva no caminho até
chegarmos a um táxi, e tivemos que correr. Fernando me abraçou, colocou seu
blusão sobre minha cabeça, me aconchegou tanto que, sem querer, ou querendo
mesmo, abracei em sua cintura chegando a sentir o calor do seu corpo que, mesmo
nas circunstâncias adversas, me deu uma certa tesão e vontade de continuar ali
por bem mais tempo. E foi o que aconteceu, pois, no ponto não tinha nenhum táxi,
e enquanto esperávamos, ficamos encostados na parede bem agarradinhos!
Olhamos
um para o outro com aquele sorriso sacana de que estava bom, e ele pegou o
lenço e começou a enxugar os meus braços, em seguida, como recompensa, peguei o
seu lenço e comecei a enxugar sua cabeça e rosto, mas, com tanto carinho que
ele me deu um beijo na testa. Eu tremendo um pouco pelo frio e a garoa
característica da pauliceia, continuei segurando firme notando que ele estava
meio tímido. Mas, para encoraja-lo dei um beijo em seu rosto, notando que isso
o deixou mais relaxado, para tentar até ir mais adiante. O táxi chegou, tomamos
e seguimos de volta!
Chegamos,
entramos no hotel e na recepção pegamos as chaves e subimos no elevador
panorâmico. Ele saltou no quinto andar e eu segui para o sexto, nos despedindo
com um aperto de mão, ele disse que sairia as 9:oo horas e eu falei que iria
num voo das 17:00 horas!
Acontece
que eu cheguei no quarto, tirei o vestido meio molhado, caí num chuveiro
quentinho, tomando um gostoso banho e, quando saí do toalete senti um desejo
louco de que Fernando estivesse ali. Parecia um pensamento louco, porém, o
desejo aliado as cenas super sensuais e sexys do teatro, me deixaram
completamente excitada. Aí, num ato de completa loucura, resolvi ir até o
apartamento dele, pois tinha visto na chave o número 515! Vesti um vestido por
cima do corpo totalmente nu, e desci a escada evitando o elevador, batendo na
porta. Demorou um pouco, aparece Fernando apenas de cueca, cara meio sonolenta
e, quando me viu, procurou se esconder atrás da porta, e eu fui entrando e
dizendo fique à vontade, pois eu vim para lhe dar essa pasta para você levar,
pois tem uns papeis que vão precisar lá amanhã cedo. Entreguei, ele
completamente desnorteado, nem notando que eu estava dando mole. Agradeci e lhe
dei um abraço bem apertado, e nada do cara entender minhas intenções. Desejei
uma boa viagem e fui dando a volta para sair. Mas, como meu desejo estava acima
do bom senso, virei e abracei ele, dando-lhe o maior beijo na boca. Daí pra
frete a sacanagem não teve mais limite. Praticamos todas modalidades conhecidas
e desconhecidas, para aquecer nossos corpos eu peguei duas daquelas garrafinhas
de Whisky no frigobar, bebemos de vez e, depois de uns minutos encaixadinhos,
as tesões voltaram, ele me lambia de cima a baixo, e para compensa-lo, virei
minha bunda para seu lado e, como solicitando, fiquei de quatro pedindo que
ele, carinhosamente, possuísse meus anus. Senti uma dorzinha, porém aquela
sensação que era nova para mim, deixou-me tão louca que eu mesmo me masturbava
e sentia orgasmo na frente e atrás. Fernando beijava e cheirava meu cangote me
fazendo arrepiar toda, ao mesmo tempo que tremia de prazer. Não sei quanto
tempo durou nossa louca aventura, pois, caímos no sono pelo cansaço, somente
acordando as 10:00 horas!
Fernando
levantou-se preocupado, porque tinha passado da hora combinada, mas, eu falei
que estava tudo bem e que era melhor ele ficar e eu voltaria com ele a tarde!
E
foi o que aconteceu. Fui fazer umas compras com ele me acompanhando, depois
fomos almoçar, fiz uns contatos por telefone e voltamos para o hotel para pegar
nossa bagagem, e ir para o aeroporto. Porém, ao entrar em seu quarto, voltei a
não me conter e, inesperadamente, abracei ele, joguei na cama, e não precisa
dizer toda maravilha que tornou a acontecer!
Isso
aconteceu há 4 anos e hoje estamos casados, Fernando é diretor de Recursos
Humanos da nossa empresa. Imagine como as coisas acontecem estranhamente; Um
acidente de carro quase me fodia perdendo um grande negócio e, por causa disso,
conheci Fernando, fechei o negócio e terminei muito bem fodida!
“Há
males que vem bem!”
*Escritor
– Historiador e poeta!
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