domingo, 31 de outubro de 2021

A...BUNDÂNCIA!

 


Antonio Nunes de Souza*

Em princípio parece que falarei sobre grandes quantidades, verdadeiras abundâncias proliferando pelo mundo, mas, infelizmente, não é o caso, muito embora a quantidade é imensa e todo mundo tem, seja de que sexo for, mas, com as características que deslumbram as plateias, somente as privilegiadas possuem e, muitas mulheres, para que façam parte das admiradas e consigam seus intentos, aplicam suas mágicas cirurgias compensadoras, chegando muitas vezes as vias dos exageros. Imagino que já perceberam a minha objetividade direcionada as magistrais, lindas, admiradas e desejadas bundas!

Na etnia negra e suas descendências, é sem dúvidas, uma característica normal que é privilegiada com lindas bundas, torneadas, arrebitadas, empinadas, que com seus andares remexidos, provocam o desejo da sedução carnal, mesmo que não seja o apetite comumente usual em nossos dias, do desejo de uma relação anal. Trata-se, simplesmente, de um sabor lascivo, que é desprendido dentro dos homens, que sabem admirar a perfeição das protuberâncias de uma mulher. Essas de cor negra e variações, são geralmente, imbatíveis nos visuais quer sejam com roupas, ou não. Podemos dizer que são modelos já saídos das fábricas para serem usados, sem precisar fazer “teste drive”. Tendo ainda um detalhe interessante, sobre a sua textura, pois, são durinhas e macias ao mesmo tempo, não tem cabelos nem penugens, verdadeiras peles de nêsperas. Juro que dá gosto passara mão para uma análise mais apurada, ou fazer uma generosa carícia!

Nas outras etnias, com a exceção da branca que, algumas vezes nascem com essa característica, mas, normalmente, usam dos artifícios das aplicações do perigoso silicone, deixando (quando dá certo) lindas, grandes e majestosas bundas. Porém, normalmente, chegam as raias dos exageros, com bundas super volumosas, mostrando que são artificiais e enganadoras. As orientais, coitadas, suas bundas são murchas, batidas, suas costas são verdadeiras tábuas, não provocando nenhuma sensação libidinosa quando são olhadas por traz. Essas atraem os homens pelos seus olhos amendoados e a maneira meiga de tratar parceiros, seguindo seus hábitos e costumes tradicionais!

Então, essas minhas modestas explanações com relação as bundas, são pertinentes e, se vocês passarem a observar melhor, verão que tenho minhas razões no que digo, mesmo sem estar baseado em estudos profundos de anatomia, apenas um velho observador, sem ser um assíduo usuário inveterado!

Deus nos deu o dom de admirarmos as coisas belas, elogiá-las e, se possível, ir além das contemplações, usando-as com meiguice e carinho!

Alguns dos meus leitores falam que minhas crônicas são “picantes e vaginantes”, então, para variar um pouco o tema, resolvi escrever essa, literalmente a...bundante! 

*Escritor – Historiador -Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL - antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

SEUS OLHOS!

 


                           Antonio Nunes de Souza*

            

Estes seus olhos azulados

Neste seu rosto estampados

São partículas do céu.

Quando o sol bate em seu rosto

Eu suponho e sinto o gosto

Eles parecem gotas de mel!

 

Mas a noite na escuridão

Surge nova transformação

Que me deixa estupefato.

Seus olhos são gotas de neve

Encarar ninguém se atreve

Parecem olhos de um gato!

 

Porém, quando estamos amando

Com meus beijos eles vão fechando

E imagino na minha mente.

Seus olhos são de todas as cores

E eu fico louco de amores

Por essa mulher diferente!

 

*Escritor–Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras–AGRAL antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

TRANSFORMAÇÃO DO DIA DE FINADOS!

 


Antonio Nunes de Souza*

Dois de novembro, “Dia de finados”, mesmo para os mais duros de coração, bate uma lembrança geral daqueles que tivemos oportunidade de conviver, e o tempo achou por bem recolhe-los, em alguns casos, até bem antes das horas previstas!

Dei um mergulho nos anos cinquenta (Pô! Tô velho pra cacete!) e comecei a rememorar aquele tempo, que todas as emissoras de rádios saiam do ar, falava-se baixo em casa, havia horários para orações, missas e, principalmente, as sagradas visitas ao cemitério, levando umas flores e velas para enfeitar os túmulos dos nossos entes queridos, seguindo todos cabisbaixos e carregados de sentimentos!

O tempo foi decorrendo, as emissoras passaram a transmitir apenas músicas clássicas, inclusive a própria televisão que estava chegando ao Brasil, respeitosamente, colocava uma imagem padrão fixa e um rosário de orquestrações lentas e saudosistas no decorrer do dia. Sinceramente, era um comportamento, além de religioso, uma demonstração de afeto e sentimento, pelas faltas corporais em nossos convívios de parentes e amigos queridos!

Rapaz, sem querer relatar todas as mudanças, decorridas nesses anos subsequentes, pois, daria um romance, vou partir para a atualidade, onde não estão mais respeitando os vivos, quanto mais os mortos. Além de dizerem que: “Quem morreu foi quem se Fo....!” Ainda ficam P da vida, quando o defunto só fez dar trabalho, e não deixou herança nenhuma. E, para justificar seu próprio alívio, diz para os outros: “Foi bom ele ter ido, pois estava sofrendo muito coitado!” Mas, no seu íntimo está pensando: “Que alívio retado pra mim!”

Por mais que pareça que estou sendo cético, atroz e exagerado, tirando as raríssimas e honrosas exceções, essa é uma realidade vista nesse mundo moderno, e cheio de praticidades, onde ouvimos, constantemente, quando damos os pêsames: “É isso mesmo, a vida continua”. No passado as viúvas se vestiam de preto por um ano, e os viúvos usavam uma tarja preta na manga da camisa, simbolizando a perda!  Ao depararmos com alguém conhecido nessas condições, não era nem preciso perguntar pela saudade, pois, as vestes já deixavam transparecer tais sentimentos!

Hoje, os jovens cônjuges já estão flertando em pleno velório e, se for bom partido, a disputa é grande, começando pelos advogados, se candidatando aos inventários e, consequentemente, aos encantos das viúvas!

Essa transformação radical na comemoração do dia de finados, oficializado como dia santo nacional, não mais é justificado, uma vez que a maioria das pessoas, aproveita para fazer festas e bebedeiras, deixando os pobres mortos horrorizados em suas sepulturas e catacumbas. De roupa preta, a única peça que eles adoram é a “Calcinha Preta” da banda de forró, para se deleitarem até o raiar do dia, ainda dizendo sorridentes que compraram pacotes de velas, mas, os defuntos interessados que apareçam lá em casa para buscar!

Para finalizar o meu estarrecimento por essa radical mudança, fiquei sabendo ontem que o m2 no cemitério paulista está custando mais caro que no luxuoso bairro Morumbi, dificultando o pobre até morrer em paz, pois, além de nunca ter tido onde ficar em vivo em pé, não tem nem onde cair morto. E para acachapar com o clima fúnebre, no dia primeiro que é de “Todos os Santos”, tudo indica que seremos agraciados com uma greve dos caminhoneiros, que por certo, tumultuará mais ainda a nossa sofrida vida!

Minha esperança é que o governo, que já é solidário em muitos óbitos, crie agora para os pobres que estão morrendo de fome, mais um programa eleitoral popular que se chamará: “Minha cova, Minha morte!”

*Escritor – Historiador –Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL –antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com