Antonio Nunes de Souza*
Tenho que falar para todos a situação completamente absurda que passei ontem no shopping Iguatemi:
Sem ter nada para fazer, fui me divertir vendo as vitrines e as garotas que transitam e atendem nas lojas, pois, são mulheres bonitas, sensuais e, as vezes, conseguimos alguma coisa interessante, ou seja, uma aventura sexual!
Sou mestiço com a pele branca, mas, meus cabelos são crespo e eu cultivo há algum tempo e uso o modelo rastafári, como está na onda dos negros, fazer qualquer tipo de “porralouquice” com seus penteados bastantes exóticos!
O fato é que entrei numa loja e, quando estava olhando as roupas masculinas expostas na vitrine, uma senhora que estava ao meu lado, olhou para mim e logo foi ao segurança da loja, acusando-me de ter roubado o seu catão de crédito, pois, sua bolsa ainda estava aberta!
O segurança agarrou em meu braço, olhou para mim e disse: Você tem cara de ladrão mesmo! Como você pode dizer isso, nem minha cara está vendo, pois estou de máscara?
Ele retrucou: tem os olhos de assaltante meu velho. Vou lhe levar para a cadeia!
Nada disso! Eu quero que chame a polícia. Não saio daqui sem a presença da polícia de jeito nenhum! Imagine você, eu nunca sabia que ladrão tinha um olhar especial!
Nisso começou a aglomerar gente em nossa volta, o maior reboliço. Todos com seus olhares condenatórios e eu no meio revoltado com a acusação absurda da madame!
Quando o grande bolo estava formado, o segurança continuava me segurando pelo braço e o fundilho das minhas calças, apareceu um senhor elegante, que era marido da senhora acusadora e disse; Vamos revistar as suas roupas pra tomar o cartão de crédito. Eu sou advogado!
O senhor pode ser o que for, mas, eu só serei revistado pela polícia.
Nisso a multidão continuava aumentando, uns dando vaias, outros querendo me linchar, e eu, completamente indefeso, querendo sair dessa horrível situação. A senhora continuava, veementemente, dizendo que fui eu o ladrão, pois, somente eu estava ao seu lado!
Aí, como Deus é justo, aparece uma moça, que se apresentou como filha da senhora e disse que foi ela que pegou o cartão para fazer umas compras. E ela estava distraída na hora e não percebeu.
Então a mulher morrendo de vergonha me pediu desculpas, juntamente com o advogado seu marido!
Eu, imediatamente disse: Nada de desculpas. Vamos para a delegacia que eu vou processá-los por calúnia, preconceito e desrespeito, além de outras coisas que meu advogado veja que encaixa no grosseiro crime preconceituoso!
Aí o segurança me soltou e se picou, sumindo do ambiente, deixando a porra aos cuidados do marido da madame!
O povo em volta passou a me aplaudir e dar vaias nos acusadores. Eu falei se alguém poderia testemunhar o vexame que me causaram e, imediatamente, várias mãos se levantaram em meu favor!
Aí o advogado me chamou do lado, levou-me para um lugar meio discreto e me disse: Eu vou lhe dar uma quantia e acabamos com a história, certo?
Nada disso, vamos para a delegacia para eu fazer o boletim de ocorrência!
Espere moço eu vou lhe dar cinco mil reais. Combinado?
Aí ele pegou a pasta e abriu, começando a contar as notas: quinhentos, mais quinhentos, mais quinhentos, chegando a quatro mil e quinhentos. Eu louco de alegria por ganhar essa grana sem esperar e, com um grito, meu irmão me acorda: Levanta Francisco tá na hora de trabalhar!
Que azar retado! Um sonho lucrativo como esse, meu irmão me acorda logo na hora que vou receber a grana!
*Escritor-Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail,com0antoniomanteiga.blogspot.com
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