domingo, 31 de janeiro de 2021

A BELEZA HUMANA DO HOMEM!

 

                      Antonio Nunes de Souza*

Fazer um comentário sucinto sobre a beleza humana, assunto que geraria vários compêndios, realmente é muito difícil, pois, muitas dúvidas, perguntas e controvérsias ficam no ar. Entretanto, nosso interesse é exatamente esse, provocando discussões sobre as análises expostas, inclusive, comparando-as com novas linhas de pensamentos com maiores bases científicas, que não é o meu caso. Sou apenas um “velhinho latino americano” que, depois de viver longos anos, pensa que conhece as pessoas e suas reações (eu mesmo reconheço minha pretensão ridícula em me dar esse status). Mas, como não pretendo ser dono de nenhuma verdade e tenho a liberdade de expressão, dou também opinião baseando-me em minhas experiências.

 

Embora a palavra humana generalize os dois sexos, curiosamente, as nuances entre o masculino e feminino, a meu ver, são bastantes diferenciadas, provocando reações curiosas, esquisitas e, muitas vezes, ridículas e sem sentido prático, ou eficiente.

Não por ordem de importância, mas, por ser mais passivo de elogios e críticas e, pela convivência e ser da minha turma, imagino que conheço melhor e me sentirei mais desenvolto nos detalhes. Vamos ao homem!

 

O homem quando nasce com o privilégio da beleza física é paparicado desde a infância, não só pela família, vizinhança, babás, professores, como também percebem os olhares e comentários nas ruas quando, normalmente, transitam. Esses detalhes, seguramente, despertam a vaidade e a consciência íntima e mental, fazendo com que seu ego vá lá para as cabeceiras, e ele se sinta um ser superior aos outros.

Aí, para ampliar sua beleza física, passa se emoldurar com roupas da moda, penteados, alguns cultuam brincos e tatuagens e, pelas oportunidades alcançadas entre a grande maioria das mulheres que desejam ter ao seu lado um deus grego (muitas vezes somente para causar inveja às amigas), transforma-se em um grande comedor, conhecido pegador, normalmente interessado apenas em satisfazer seus ímpetos de ereções, não levando a sério os relacionamentos, pois acham que sempre terá aos seus pés todas as mulheres do mundo, pois, para ele, o importante é que sejam as mais bonitas e gostosas do pedaço, uma vez que as mais inteligentes não dão esse grande valor a esses Narcisos de meia pataca que, geralmente, são mais vazios que estômagos de pobres. Meros instrumentos do prazer!

Mas, quem fica transando o dia todo e noite?

Precisa-se que tenha conteúdos para segurar um bom e agradável relacionamento. E esse predicado é raro hoje em dia e está em alta entre as mulheres! (mais vale uma boa língua (para falar), conhecimentos gerais e informações, que um pinto duro, cego, surdo e mudo!. Dificilmente você encontra tudo isso em um homem só, pois essa espécie está em extinção acelerada, partindo para a vertente do homossexualismo. Não tenho nada contra, não sou homofóbico, acho que existe homens bonitos, mas, para mim, eles são bonitos para suas afros descendentes (me expressei dentro da lei).

Essas são as características do homem, desde sua infância, juventude, puberdade e início da fase adulta, quando começa a dar algumas cabeçadas e compreender que deve modificar seus comportamentos e, se quiser ser alguém desejável, deve mudar os seus conceitos e perceber que o buraco é mais embaixo. Descobrir que um bom diálogo é tão importante quanto uma boa transa e o mais delicioso das preliminares!

Minha pretensão inicial era falar dos dois sexos nesse mesmo artigo, porém, percebi que ficaria longo e cansativo demais, mesmo sendo uma modesta síntese de um assunto super complexo!

Vou deixar para escrever, posteriormente, sobre a beleza da mulher, procurando dar uma boa sacudida e mostrar que aprendi a entender as mulheres, tanto nas ocasiões dos seus poucos defeitos, quanto nas suas grandes e maravilhosas virtudes!      

*Escritor-Historiador-Membro de Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

sábado, 30 de janeiro de 2021

VIDA PARADOXAL!

                               Antonio Nunes de Souza*

 Como todas as pessoas, também tenho opiniões a respeito da vida e da morte, mesmo sabendo que sempre estaremos entrando em choque com alguém, pois, ninguém é dono da verdade absoluta. Somente os idiotas não mudam de opinião com o passar do tempo, depois de absorver novas informações e vivenciar fatos que nos provam que a realidade é outra. Ser mutante é sinal de inteligência!

Tempos atrás fiz um poema onde expressei que a vida é curta, começa na penetração do espermatozóide e tem a duração de apenas nove meses, que é o período da gestação e está se criando no ventre um ser vivo, uma nova pessoa, um abençoado que conta com a proteção envolvente de um corpo materno que, com amor, acompanha e zela   toda sua trajetória de vida.

Passado esse período, quando colocamos a cabeça no mundo exterior, seguramente, começamos a morrer num processo lento, com durações diversas. Pois, simplesmente, cada dia que passa na vida (?), nós na verdade, estamos morrendo. Lógico que, paradoxalmente, estamos vivendo a nossa morte, uma vez que a passagem dos dias nos aproxima dela gradativamente, até que se apodere totalmente e encerre nosso ciclo.

Se você fizer uma analogia simplista e romântica, achará que minha teoria é louca e simplória, porém, refletindo com a frieza necessária e lógica, verá que tem um sentido não só justo como profundo, pois, acredito piamente que devemos viver essa trajetória da morte com muitas alegrias, satisfações, prazeres e, principalmente, administrando tudo isso com sabedoria, pois a morte não tem período de validade, como a vida que, lamentavelmente, são apenas nove meses. Se formos espertos e cuidadosos poderemos ampliá-la por muito mais tempo, já que a preocupação dela é nos debilitar progressivamente. Somente ainda não conseguimos eterniza-la, mas, os cientistas estão trabalhando para ampliar cada vez mais sua duração. Ver mortes centenárias hoje não é mais uma grande novidade!

Tinha prometido a mim mesmo que não voltaria a esse assunto por ser muito polêmico, pouco entendida e choca completamente com tudo que aprendemos no passado sobre o que é a vida e o que é a morte. Contudo, vendo o filme “O estranho caso de Benjamin Button”, que achei genial a visão fantástica do criador do texto, deu-me vontade de retornar ao assunto, apenas para enfatizar uma realidade clara e objetiva.

Imagine como seria genial se nascêssemos velhos, já com todas as nossas debilidades inerentes a terceira idade, fossemos cuidados carinhosamente para irmos suplantando todas as complicações salutares, nos restabelecendo e rejuvenescendo tranquilamente, começando a desfrutar da vida e nos tornando cada dia mais capazes e fortes, vivendo primeiro essa fase triste e desagradável de doenças, discriminações e rejeições e, a cada dia, desfrutar de momentos novos e maravilhosos, com a certeza que amanhã estaremos mais jovens, bonitos, sadios e amados.

Essa regressão fantástica e, infelizmente, ainda inviável, nos faria bem mais felizes, pois, nossa dita morte chegaria quando estivéssemos num colo com todo aconchego, sem a consciência de nada que ocorreu ou ocorrerá e sem as dores e saudades que hoje sentimos quando estamos velhos e percebemos que chegou a nossa hora de partir.

Pense como seria maravilhoso alguém morrer cheio de saúde, robusto, querido e ter vivido e atravessado em torno de um século?

Tudo isso parece uma loucura que bate de frente com todos os padrões científicos e religiosos, mas, com a ciência todos os dias fazendo novas pesquisas (clones, DNAs, espermatozóides genéricos, inseminações artificiais, etc.), nada é impossível de acontecer nessa Vida Louca!

Minha esperança é que se esse processo for acontecer que seja logo para que eu pegue essa bendita regressão, reviver ou remorrer (não sei como dizer ao certo), curtindo tranquilamente uma nova oportunidade e morrer mamando nos braços de uma mulher!

 

*Escritor–Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL- antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O COMEDOR INVETERADO!

 

Antonio Nunes de Souza*

Pode parecer um exagero da minha parte, quando vocês lerem a história de uma rapaz que conheci no passado, com características incríveis e fora dos padrões da época, pois, não é sobre alimentação que vou falar, e sim de sexo que era algo sigiloso e pecaminoso ao mesmo tempo!

Pois é meus amigos, Milton era um voraz praticante de sexo, não olhando ou dando valores diferenciados aos gêneros. Tanto podia ser homem como mulher ele não se inibia e, transava tranquilamente, saciando seus ímpetos e desejos. Pois, no passado, havia um certo diferencial e somente era “viado” o passivo. O ativo era até elogiado e gratificado pelo seu desempenho. Não sei como ele conseguia tantas conquistas, mas, sem querer elogiá-lo, diziam que tinha um pênis enorme e ele sabia usar com destreza e capricho, deixando as “vítimas” cheias de alegrias!

 

Com o passar do tempo, não sei se por pressão dos gays (não existia essa denominação e o usual era “viado” mesmo), passou-se a considerar todos como homossexuais, sem que houvesse menor ou maior pecado entre quem dava ou quem comia. Ambos eram denominados, como hoje, como gays, ou uma série de titularidades ridículas e desagradáveis. Mas, para alegria de todos dessa vertente (masculinos e femininos), já existe leis, direitos, maiores respeitos e uma discriminação menos acentuada que no passado.

Porém com essa conjunção de titularidade sexual, Milton ficou meio cabreiro, com um pouco de vergonha e, sem pestanejar, mudou de cidade, foi para bem longe no sentido de preservar sua fama de comedor, também masculino, e não ser taxado como gay. Se fosse hoje, com certeza seria apelidado de “virose”, pois, quem ele desejava, levava logo para cama!

Mas, na outra cidade que foi, não deixou de lado seu furor, atirando em todas as direções, não desprezando a parte masculina que, na verdade, era uma grande maioria e rendia-lhe bons presentes.

Passados alguns anos, estando num shopping de Salvador, vi uma figura um tanto chamativa e, olhando com atenção vi que tratava-se de Milton, já envelhecido. Aproximei-me me identifiquei, ele lembrou-se logo de mim e disse: Querido, que alegria ver alguém do meu tempo de juventude! Estou super feliz aqui, morando com um rapaz maravilhoso, pela minha idade já não sou aquele comedor de outrora e dedico-me a, simplesmente, dar. Sigo a oração de são Francisco: “É dando que se recebe”. E recebo meu homem com amor e afeto! Falou isso sorrindo e naturalmente.

Conversamos um pouco, pois nada tínhamos de mais profundo para dizer, apenas que, de grande comedor no passado, passou a ser um recebedor convicto e feliz!

Nos despedimos e na saída, ele me disse com segurança e alegria: Era impossível para mim sair da putaria!

 

*Escritor–Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras–AGRAL-antoniodaagral25@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com