Antonio Nunes de Souza*
Para que melhor seja entendida a
pergunta, vou descrever o que seja e como se comporta esse tipo de pessoa que,
não sei se voluntariamente ou por cumprimento do destino, vive de uma forma
insólita e masoquista. A peteca é aquele objeto esportivo que está sempre sendo
usado de mão em mão, tomando tapas de todos, vivendo de altos e baixos, mas,
eventualmente caindo no chão, cheia e digna de penas e, quando todos a usam,
abusam e cansam de bater e já se divertiram bastante, jogam-na fora sem nenhuma
cerimônia, adquirindo outra mais nova para substituí-la.
Como você pode ver, a pessoa peteca, é
uma tola, insegura e pura, que nunca sabe o que quer, não aprende com as
decepções que sofre ou, na pior das hipóteses, adora sofrer, vivendo apenas os
momentos daquelas horas em que encontra alguém que esteja equilibrando-a no ar,
não percebendo que esta sustentação só vai ocorrer até quando o seu usuário
estiver sentindo prazer em bater-lhe, vendo-a sempre voltar oferecendo-lhe a
outra face.
É lamentável que existam tantas pessoas
que se enquadram perfeitamente nessa categoria. Assim como, muitas vezes nós
todos bancamos a peteca por confiar demais em pessoas que não merecem nossa
amizade ou estima, mas, as inteligentes, saltam fora logo nos primeiros
arremessos, mostrando que também tem dignidade e amor próprio.
Reflita e responda para si mesmo: Será
que eu neste momento não estou vivendo uma vida de peteca?
Será que valeu a pena às vezes em que
andei de mão em mão?
Ou você apenas está ficando depenada e
perdendo o seu precioso tempo pelo uso e abuso dos seus mal escolhidos
jogadores?
Reflita e tenha pena de si mesmo. Mas,
mude esse comportamento urgentemente, pois você é a pessoa mais importante do
mundo para você mesma. Aqueles que desejarem fazer você de peteca, estão
provando que jamais lhe merecem.
*Escritor e poeta-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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