Antonio
Nunes de Souza*
Dizer
que ela era sapeca, seria uma bondade!
A
mulher era uma tremenda galinha, transava com gatos e cachorros e, além de
tudo, não tinha restrições para posições e maneiras de fazer sexo. Era,
simplesmente, uma prostituta das piores que, chama-la de puta, era como se
fosse um elogio!
Mas,
poderíamos dizer que foi uma má criação que ela teve. E foi uma realidade
mermão. Ela era de família rica, poderosa e bem conceituada. Porém, seus pais
inventaram de manda-la estudar no Rio de Janeiro, alugaram uma quitinete e
mandavam a mesada correspondente a alimentação e as outras despesas, tendo ela
ainda um cartão de crédito, para as suas compras pessoais.
Imagine
vocês que liberdade filha da puta, para uma moça do interior de Pernambuco. A
verdade é que ela “desbundou” completamente com as maravilhas cariocas, as
colegas de universidades, os barzinhos notívagos, os bailes Funks, pagodes e
até as festas nas lajes dos morros e favelas!
E,
além de começar beber e fumar, logo cedo partiu pra maconha e, como queria
experimentar tudo, meteu o nariz na “coca” e ficava doidona e sem dono.
Acabando sempre na cama de alguém ou até no banco traseiro de algum carro!
Tudo
isso aconteceu durante cinco anos, que era o tempo dela se formar na faculdade.
Mas, o pior de tudo é que, quando seus pais vieram imaginando ser a formatura,
encontrou ela na maior merda possível, magra pra caralho, olheiras enormes e os
braços cheios de picos de drogas. Com relação aos estudos, ela não conseguiu
sair do primeiro ano na escola de medicina!
Os
pobres pais, preocupados com seu estado, levaram-na a um hospital, deixando-a
internada, solicitando que fossem feitos todos os exames possíveis, no sentido
de reabilita-la.
Lamentavelmente,
quatro dias depois, seus pais foram comunicados que ela era HIV positivo, porém
já em estado bastante avançado que, infelizmente, os remédios existentes, nem o
milagroso coquetel, teria condições de cura-la, pois, seu corpo, estava
completamente sem imunização!
Essa
notícia deixou a família completamente desnorteada, optando ficar mais um mês
no Rio, acompanhando o tratamento, mas, cientes que a cura era inviável.
E
foi o que aconteceu. Com vinte e seis dias, Maria Helena faleceu em função de uma
bruta pneumonia!
A
história de Maria Helena já aconteceu com muitas outras moças e rapazes, tudo
porque suas famílias não acompanham seus filhos quando estes estão afastados e,
tristemente, muitos se entregam aos grandes prazeres enganadores dos vícios!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.bblogspot.com
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