Antonio
Nunes de Souza*
Lamentavelmente,
estamos todos passivos do abominável sentimento denominado “preconceito”!
Quando
se fala sobre isso, vem logo na mente o mais conhecido e, imaginável por
muitos, que somente é exorbitante quando se refere a cor. Um monstruoso e ledo
engano. Esse podre sentimento é, tranquilamente, bastante forte com a etnia
negra e suas derivações, como também e fortemente, com a classe social menos
privilegiada, além dos homossexuais!
Época
atrás chegava-se a dizer que os quatro Ps eram as classes mais combatidas: “Pretos,
Pobres, Putas e Pederastas”. E, lamentavelmente, não mudou absolutamente nada!
Apenas,
pela força dos desempenhos em algumas, ou todas atividades, portas foram
abertas na sociedade, principalmente pelo poderio econômico, e com a
benevolência interesseira da mídia.
Hoje,
inegavelmente, com o bruto sucesso dos negros no futebol, literatura, danças,
músicas, teatro, televisão e, praticamente em todas as modalidades esportivas,
que, conhecidamente, são agraciados com salários astronômicos, são tolerados em
grandes eventos sociais públicos e particulares! Entretanto, verdadeiramente,
são tolerados porque dão “Ibope”, mas, no íntimo, não são aceitos. Nas fotos
que a “sociedade organizada” tira com eles, são somente para aproveitar, pois,
sabem que circularão em todas as revistas. Essa é uma parte conhecida da
asquerosa hipocrisia social!
Temos
todos, que são conscientes e bons observadores, segurar essa triste situação,
se conformando constrangidos com as novas nomenclatura para os quatro “Ps”, que
atualmente são chamados, em função das suas posses e famas de: Negro é “moreno
escuro”, Pobre é “povo brasileiro”, Puta é “garota de programa” e Pederasta é
“gay e trans”.
Como
disse acima, as tolerâncias são baseadas exclusivamente nas famas e nas posses
financeiras. Eu sou do tempo que preto era “negão”, pobre era “coitado”,
prostituta era “puta” e pederasta era “viado”. O preconceito era muito mais
acirrado. Também, essas classes, geralmente, eram de baixa renda, a não ser a homossexual
que, há milhares de anos, sempre atingiu todas as classes sociais.
Eu,
sinceramente, respeito todos eles, tenho o maior carinho e jamais discriminei
alguém, pois, para mim, somos iguais e com direito de proceder da maneira que
mais nos apraz!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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