terça-feira, 22 de julho de 2025

UMA INTERPRETAÇÃO DO VELHO NAMORO! (Clique e leia)

 

 

Antonio Nunes de Souza*

Namorar é um verbo que exprime um comportamento cheio de sentimentos, afetividades, amizade, fraternidades e afinidades. Nem sempre, ou quase sempre, não existe sexo. Esse complemento, eventualmente usual atualmente nas grandes relações de namoros, está fortemente presente, bem diferente do passado!

Esse tipo de namoro que falo, no passado era normalíssimo entre homens e mulheres, nas suas épocas infantis e, principalmente, juvenis. Qual o jovem que não teve um amigo, ou amiga, que viviam juntos em todos os momentos, quer seja para brincar, ir ao cinema, estudar, passear, conversar e ter também suas desavenças e “rusguinhas”, que no dia seguinte, ou horas depois, estavam contornadas e tudo voltava a felicidade de antes? Creio que todos nós vivemos essa fase!

Esse comportamento sempre foi muito acentuado entre as meninas e moças, andando abraçadas, mãos dadas, beijinhos nos encontro, penteados, fazendo unhas, até tomando banhos juntas e emprestando roupas e bijoterias, hábitos que perduram até os dias de hoje. Tudo isso encarado como amizade, mas, não deixava, ou deixa, de ser um namoro, pois, ambos vivem felizes quando estão juntas, mesmo como disse acima, sem, absolutamente, existir nada com relação a sexualidade. Obvio que em alguns casos, acontece a canalização para o lesbianismo ou homossexualismo. Porém, não em larga escala, simplesmente, tornam-se grandes e verdadeiros amigos/irmãos ou irmãs pelo resto das suas vidas!

Porém, com o decorrer do tempo, as liberdades com as relações mais íntimas, praticamente o namoro deixou de ser ou ter essas ações puras e sutis, passando em sua grande maioria a categoria de “ficantes” eventuais, com amigos ou até recentes conhecidos, que podem demorar algum tempo, ou não passar de únicas relações, ocorridas em função dos desejos aflorados e oportunidades surgidas. Essas atitudes já estão tão comuns, que apenas poucos pais caretas e pudicos estranham, e os mais liberais, fazem que não estão sabendo ou acatam, apenas chamando atenção para usarem preservativos, com medo de ganharem netos não programados e fora de tempo!

Com essa liberdade, que abriu as asas sobre nós, os noivados ficaram raros e caretas, os casamentos raríssimos, passando a acontecer o novo hábito de experimentar morar juntos, cujas as separações são menos complicadas, sendo apenas perigosas quando um dos membros, por machismos ou feminismos não aceitam os finais de romances!

Uma grande vantagem da existência do namoro e noivado, era que ambos, nesses períodos de amores e carinhos, passavam a conhecer melhor as pessoas que se relacionariam pelo resto das suas vidas!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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