Antonio Nunes de Souza*
Desde
menino que aprendi sobre a intromissão das religiões em todas as vertentes de
reis, imperadores, chefes de estado, navegadores, guerreiros, caciques tribais,
colonizadores, etc., enfim, com absoluta certeza, sempre tinha um guru
religioso ao lado dessas pessoas mandatárias!
Na
verdade, para sermos bem justos e honestos, quem tinha essa primazia e honraria
em primeira instância, eram os católicos, através dos seus filósofos, depois
papas, bispos e padres, verdadeiros “manda chuvas” em todos os assuntos, tendo,
com o dom das suas palavras, uma grande fé de ofício e credibilidade!
Depois,
já adulto, no curso de licenciatura de história, estudando essa parte, fiquei
mais bem informado, com mais detalhes e, algumas pequenas dúvidas que pairavam,
foram diluídas com as informações comprobatórias das pesquisas minuciosas sobre
o assunto. Fiz uma reflexão, passando um filme em minha já cansada mente,
chegando à conclusão, que esse poderio das religiosidades perante os governos
em geral, não mudou, absolutamente em nada. Pois, continuamos sendo governados
e administrados, sempre com os dedos, apoiando ou condenando, dessas figuras
santificadas, tendo como diferença apenas que, atualmente, a grande ampliação
de religiões, todos brigando pelas suas fatias nos pódios, tentando galgar os
poderes e não serem mais conselheiros apenas!
E
é o que estamos vendo, espelho do que ocorre em todo território brasileiro:
padres, bispos, pastores, espiritas, pais de santos, rabinos, freiras e mais
uma centena de ministros de milhares de igrejas existentes que, tranquilamente,
colocam seus candidatos, obviamente para obter suas benesses, direcionam seus
fiéis para votarem nas suas indicações!
Minimamente,
existem alguns ministros de Deus, que são excelentes apaziguadores e sensatos,
que sentados nos seus largos e fortes muros, oram pelas comunidades, faz suas
reivindicações para beneficiar o povo, mas, com as sabedorias que lhe são peculiares,
não ligam-se a nenhuma vertente partidária. São esses, uns “Santos Homens!”
Entretanto,
na área evangélica, nós estamos enriquecidos e beatificados, ungidos e
sacramentados, com as interveniências políticas da Universal, Renascer e
Theosópolis e outras também importantes, cada uma apoiando um candidato, ou todas
apoiando um candidato único, provavelmente para serem beneficiados em impostos,
taxas, cargos expressivos, chegando até a ministérios dos mais fortes do
governo. Além dessa guia de votos, para complementar saqueiam os fiéis com uma
saraivada de pedidos de Pix, dízimos, imóveis e outros bens!
Podemos
dizer, sem medo de errar, que será uma guerra santa demoníaca, semelhante as que
estão acontecendo pelo mundo!
Como
já disse em uma crônica anterior, filosofando em cima do grande filme de
Glauber Rocha, será: “Deus e o Diabo nas terras Tupiniquins!”
No
fundo, no fundo, creio que que Deus, mesmo usando seu nome como escudo, não vai
se meter nessa disputa, pois, parece mais briga de Satanás, Tinhoso, Cão e
Capeta, tendo no comando atual o truculento Trump e seu cangaço de bilionários!
Até
agora, nenhum candidato santificado “oficializou” que será candidato a
presidente em 2026, mas, sempre existe uma possibilidade, já que temos grandes
bancadas ávidas pelos poderes. Tomara que não apareça um padre de “araque” igual
aquele ridículo da eleição passada!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academias Grapiúna
de Letras!
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