quinta-feira, 19 de junho de 2025

VIVA MEU QUERIDO ATUAL SÃO JOÃO! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Antes que venham castigos das plagas celestiais, dada as minha irreverentes ideias, e as fertilidades loucas da imaginação sejam brotadas nessa crônica, onde a verdade verdadeira é dissertada de uma maneira claríssima e um tanto debochada, peço, antecipadamente, mil perdões ao meu querido Santo junino, que nos proporciona uma festa divina e maravilhosa!

Muito embora as “sertanejas e arrochas” estejam avançando muito nessa data e nos eventos pré-juninos, tirando muito o brilho original, nosso querido forró e seus desdobramentos, continuam sendo os reis dos salões, pois, sem dó nem piedade, você pode desfrutar, tranquilamente de uma esfregação inigualável que, gostosamente, muitas vezes leva ao orgasmo, e claro que também, as deliciosas molhações de calcinhas. Se você estiver somente apreciando sentadinho em sua mesa, ou mesmo em pé, tapar os ouvidos e olhar para o salão, terá uma nítida impressão, que estão todos transando de roupas!

No caso, o encaixe é tão perfeito, que a vela junina, literalmente, é o membro, e o generoso e aconchegante castiçal é a gloriosa vagina. A esfregação da dança é tão excitante, que transforma-se numa masturbação sem mãos, com efeitos deliciosos. Aí a fogueira está formada, cumprindo a tradição que foi combinada pelos pais de João (Sarah e Abraão), para na hora do nascimento dele, por morar longe, avisaria dessa forma aos amigos e parentes. Hoje, com a proibição das fogueiras nas cidades, passou a ser, tranquilamente, o fogo de vários paus, aconchegados nas ávidas aquecidas vaginas. Curioso é que as reboladas nos passinhos do forró e do xaxado, não são coreografias inocentes. Trata-se de uma maneira mais sedutora e cheia de “sacanagens”, para que as esfregações de frente a frente sejam mais gostosas e prazerosas!

Nessa festa maravilhosa, além da cozinha na base do milho, diverte-se muito, brinca-se, e sempre tudo termina na tomada de bons licores, muitas comilanças, fogos e foguetórios, e mesmo sendo uma festa para S. João, acontece normalmente, uma grande sacanagem “Franciscana!”

Homens com seus “pistolões” e as mulheres queimando o tradicional fogos chamado de “rodinha”. Se algum desnaturado enfiar, mesmo com cuidado, uma pequena espiga de milho numa das xoxotas presentes, com certeza, virará pipoca na mesma hora, devido ao fogo existente nesse sagrado local!

Não estranhem nada disso, pois, devido a imposição dos costumes, e modernização dos hábitos, tudo isso já faz parte integrante do folclore e é oficialmente patrimônio nacional!

Sinceramente, não tenho nenhuma saudade do meu distante tempo, que, inocentemente, só se fazia rezar, dançar quadrilha e comer canjica, pamonha e tomar licor. Pular fogueira era nossa diversão favorita, além de comer amendoim cozido e milho assado nas brasas. Éramos, realmente, católicos de verdade, a dança se restringia a quadrilhas, com as bobagens: Olhe o túnel – Lá vem a cobra, Fechar a roda, Cumprimentar as damas, etc. Que caretice da porra!

E somente quem tinha direito a transar numa boa no fim das festas, eram nossos pais!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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