Antonio Nunes de Souza*
Essas
adjetivações cabem como uma luva, no nosso querido e sofredor povo brasileiro,
que ao mesmo tempo procede ativamente, passivamente e infelizmente, ainda reflexivamente.
Além de uma observação mais que estranhíssima, com aparência surreal, se não
for lida com a atenção devida e ir entabulando na mente as ligações,
confunde-se facilmente, imaginando ser a letra do samba do Criolo Doido, do
genial e inesquecível Stanislau Ponte Preta!
Claro
que vou tentar explicar, mesmo que esteja claríssimo, porém, raros são os que
já fizeram essa analogia preponderante e concreta, que tristemente retrata a
vida de um povo bom, humilde merecedor de tudo e premiado com nada!
Lógico
que essa ciranda infernal que o acompanha, tem, inocentemente, a sua integral
participação em todas três oficiais vertentes gramaticais:
Ele
é ATIVO quando luta bravamente no dia a dia, com suor e valentia, para
conseguir o mínimo subsídio necessário para sua manutenção e a dos seus
familiares, pois, quando dá sorte, tem o privilégio de ter sua carteira
assinada e um mísero salário mínimo, que as próprias entidades brasileiras
oficiais, acham aviltantes e muitíssimo abaixo da realidade!
Ele
é PASSIVO por sua pouca educação doméstica e escolar, as suas subserviências
através das crenças, que o ludibria dizendo que Deus resolve tudo e só acontece
quando Ele deseja, pelas suas esperanças e desesperos, acredita piamente,
sujeitando-se a dar uma parte de seu minguado ganho, além de votar naqueles que
seus fornecedores de milagres fictícios, curas miraculosos, empregos divinos e
lugares no céu, lhe determina com veemência e prepotência. A ignorância por
falta de estudos, principalmente político, para ele tudo que ouve é verdade.
Não dá para perceber que se tem seca onde tem gado os bois morrem, falta carne,
e aqueles que criam gado em região que choveu aumenta seus preços. Se existir
um alagamento numa plantação de alface, milho, arroz ou feijão, vai faltar
esses produtos e, consequentemente, os preços vão subir. E esses casos é o que
tem acontecido ultimamente, pelas loucas condições climáticas atuais, e não por
culpa dos governos tanto atuais como antigos. Nesse pelo menos, ninguém está se
alimentando com pés e cabeças de frango, tomando sopa de ossos e cozinhando com
gravetos de lenha. E o povo, enganosamente, acompanhava seu presidente nas
motociatas, comícios sem máscara, aglomerações, sem se vacinar e morrendo aos
milhares. Para os ricos os desfiles eram em Esqui-aquático motorizado, sorrindo
e feliz e ainda chamado e aclamado por esse mesmo povo sofrido por três anos e
meio, e de péssima memória de Mito, Mito, Mito!
Relembre
que somente fez distribuições de bilhões para todos em geral, nas vésperas das
eleições, quando sentiu que perderia, como aconteceu. Mas...mesmo com toda
clareza, a ignorância, falta de escolaridade, desespero e as ridículas crenças
nos canalhas sugadores de Pix e dízimos, não deixa esse pobre povo enxergar o
mais que óbvio!
Finalizando,
digo porque ele é REFLEXÍVEL. Se você ainda não percebeu, passo a dizer-lhe
bem detalhadamente. Comportando-se com a subserviência costumeira, ouvindo e
obedecendo seus enganosos ministros celestiais, votando em pessoas erradas
repetidamente, sem ter condições de analisar essas questões, esperando que as
coisas caiam do céu, todas essas atitudes somente voltam para que ele continue
sofrendo sem perceber, que ele é poderoso e pode mudar o curso da história.
Mas... para que isso não aconteça. O ideal para os políticos é deixa-lo como é,
servindo apenas de gado e massa de manobra. Hoje, está mais que evidente, que
as igrejas evangélicas reunidas, formam o maior partido político do Brasil, já
que não se preocupam mais evangelizar, e se aproveitarem para eleger seus
pastores e bispos. Atualmente temos bancada “evangélica” de vereadores, prefeitos,
deputados estaduais, deputados federais, senadores, ministros e candidatos a
presidente!
Com
essa analogia, não estou elogiando nenhum presidente, pois, todos eles deixam a
desejar em alguns pontos. Porém, é lógico que tem uns bem menos piores que o
que claramente citei.
Mas,
infelizmente, quem mais sofre com toda essa história é o nosso querido e
santificado povo brasileiro, por ser culpado ignorantemente, pelas suas
próprias ações, e jamais são oportunizados como deve e merece!
“DIZEM
QUE O POVO É SOBERANO. MAS, O REINADO É FICTÍCIO E DESUMANO!”
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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