Antonio Nunes de Souza*
Depois
dos foguetórios de ontem à noite e hoje o dia todo as esfregações acontecerão
nos forrós, com licores e bebidas quentes, dias adiante teremos novamente uma festa
similar, homenageando o velho Pedro, grande escudeiro de Jesus Cristo, porteiro
do céu, e meio confuso operador das estações climáticas, que está causando
grandes hecatombes no mundo. E para coroar as suas diversas funções divinas, é
também o maravilhoso padroeiro das viúvas. Também, com tantos cargos em suas
costas, torna-se difícil para ele dar conta, e com isso estamos todos nós
pagando caro e sofrendo sérias consequências. Parece que está faltando comando na
direção geral do Palácio Celestial!
Ambas
festas de tão parecidas que são, pode ser considerada a de São Pedro, como se
fosse um “micareta junino”, pois, normalmente, sendo bastante animada, sempre é
menor que a de São João, mesmo sendo ele um ministro de Deus dos mais
conceituados e eficientes. Isso é para que vejamos, nem sempre os mais
trabalhadores, são agraciados pelo povo.
A
tradição da fogueira pertence ao nascimento de João (não havia internet e as
fogueiras eram sempre os sinais de avisos entre os distantes moradores do
passado, o privilégio do evento sempre será de João que nasceu primeiro, Pedro
apenas pegou a rebarba!
Que
todos os santos estejam abençoando os profanos devotos, que pelas estradas a
fora, estarão se dirigindo para as cidades, principalmente interioranas, que
comemoram com expressividade o dia do barbudo Santo, aclamado e bendito Pedro,
que as viúvas amam de paixão!
Quanto
as maravilhosas quadrilhas, essas são abrangentes nos doze meses do ano, mas, vamos
deixa-las para os políticos de Brasília, esperando todos nós com esperança,
para ver os que vão dançar na Papuda!
Se
a nossa justiça continuar mole como canjica, tudo vai virar “pamonha” ou a
costumeira PIZZA!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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