Antonio Nunes de Souza*
Se
eu lhe disser que foi “DESLUMBRANTE”, é mesmo que não estar dizendo nada, pois,
por mais que procurasse no dicionário uma adjetivação gigantesca, seria pouco
para dizer as loucuras maravilhosas que aconteceram, Lembrei-me do genial filme
italiano que vi no passado, que o título era “A longa noite de loucura”. Mas,
essa minha, coloca essa do filme no bolso!
Imagino
que você está morto de curiosidade, então meu diariozinho querido, vou começar
a me deliciar, somente narrando minha nova e espetacular experiência:
Como
combinamos, as 21 horas em ponto, eu estava no endereço indicado. Parei o
carro, trêmulo, nervoso e suando nas mãos mesmo com esse friozinho que está fazendo,
e preocupado que ela fosse mais velha que a foto da net, ou até feia. Mas, com
uns cinco minutos, ela despontou na frente do edifício com um vestido colorido
lindo, colado ao corpo e curto, que cobria mais curvas que a antiga “estrada de
Santos”. Uma carinha bem mais linda que a que a net me tinha presenteado, enfeitada
por cabelos lindos e sedosos. Embora eu seja um cara que as mulheres dizem que
sou bonito, eu me senti horroroso perante ela, como se estivesse naquele
momento, o encontro da “Bela e a Fera”!
Pela
minha experiência dos meus 55 anos, percebi pelo seu rosto, andar e olhar, que
o nervosismo não era só meu naquele momento, e isso me tranquilizou. E
imediatamente pensei: “que seja o que Deus quiser”. Ela veio se aproximando, eu
saltei do carro, fui ao seu encontro, trocamos beijinhos no rosto, abraços e sorrisos,
abri a porta colocando minha Deusa acomodada ao meu lado.
De
início, como é normal, começamos aquelas conversas tolas, elogios, nossas
alegrias em nos conhecer, as atividades de trabalhos, as expectativas de nos
conhecermos, etc., até que passou essa parte de inibição, e começamos com a
intimidade que tínhamos a distância nos encontros virtuais, que agora passaram
a ser reais. E aí, demonstrando ser uma mulher de bom gosto, sugeriu que
fôssemos a uma casa francesa recentemente aberta, para comemorarmos nosso
encontro com uma noitada de queijos e vinhos. Achei interessante, já que adoro
os queijos franceses e suíços. Fomos para o local que ela me indicava o
caminho, chegamos, nos acomodamos numa mesa discreta, um pianista dedilhava a
cação “Que cet trist Venize”, que embora triste é uma cidade linda”!
Veio
o maitre, nos apresentou o cardápio, e eu, gentilmente, pedi que ela escolhesse
o que nós degustaríamos. Ela agradeceu e olhando para o maitre, pediu: Creio
que vocês tenham os deliciosos queijos Camambert e Roquefort, para que possamos
saborear, juntamente com um vinho tinto Chateaux Duvalier safra de 1985, que
venha junto umas porções de torradas de pão francês baguete. Com mesuras o maitre
falou que seríamos servidos exatamente com tudo solicitado. A essa altura já
estávamos de mão dadas, sorrindo um para o outro e, ousadamente, dei-lhe um
beijo na testa. E ela, sem nenhuma cerimônia, em resposta me deu uma bicota bem
demorada. Aí em vi que a coisa iria longe e cheia de encantos.
Passamos
a conversar das nossas particularidades, gostos e desgostos, amores e
desamores, praticamente tudo de nossas vidas, que tínhamos escondido nos nossos
encontros na internet. Aí, depois de comermos e bebermos, o pianista mandou ver
a música Besame Mucho, que é um antigo sucesso, eternizado por Ray Conniff e
seu genial Coral, e ela, prontamente, e me pegou pelo braço, levando-me para o
meio da pista para dançar, começando a nossa parte sexual da noite, pois,
advertidamente e por desejo, ela se encachou completamente e competentemente
entre minhas pernas, que nossos sexos passaram a bater testa tão
miraculosamente, que, imediatamente, veio-me uma tesão desenfreada, que ela
sentindo, apertava-me pela cintura, demonstrando que estava adorando também. A
essa altura, já com umas taças de vinho, queijos deliciosos e desejos ardentes,
Já sem me controlar, a convidei para fazermos um lanche lá em meu apartamento,
em vez de jantar, deixando essas iguarias para outro dia. Ela riu e disse: você
adivinha meus pensamentos, pois, eu ia sugerir uma noitada sem alimentação,
para não atrapalhar nossos bons e primeiros momentos, quando devemos nos
conhecer por inteiro.
Lógico,
que dando-lhe um beijo, paguei a conta, que ela fez questão de dividir, mas,
não deixei, prometendo que faríamos em outras vezes, que essa eu fazia questão
de patrocinar. Seguimos para meu AP, chegamos, subimos o elevador agarradinhos
e aos beijos, que eu via em seus olhos um desejo sexual, que juro nunca ter
visto em nenhuma das mulheres que tive em meus braços. E assim que entramos,
ela foi me desnudando e tirando também o seu vestido, que deixou-me assustado,
e perguntei: não vai fazer o lanche? E ela, já me fazendo um boquete, sem tirar
o pau da boca, falou claramente: “Quem gosta de lanche é menino de escola. Meus
desejos e fome é outro!”
Diário
meu querido, a mulher, com aquela carinha linda e inocente, me botou para
transar nas mais diversas posições, inclusive algumas delas que eu até desconhecia,
sempre sem deixar eu gosar, para que os orgasmos fossem mais demorados. Eu
quando gosei, juntamente com ela, tivemos os dois orgasmos múltiplos, que
tremíamos loucamente e ela gemia de prazer, que mais ainda me excitava. Devânia
(esse é o seu nome) é uma mulher putíssima com a cara de santa, tenho certeza
que ela fez mestrado em sacanagem com Michele, Pós graduação com Anita e PHD
nos livros sobre a vida daquela famosa mulher do Império Romano, chamada
Lucrécia Bórgia, que transava loucamente, e sempre dizia quando terminava:
“Satisfeita sim, saciada nunca!”
Posso
lhe dizer meu querido diário, que estou aqui moído, nem fui trabalhar hoje, com
o corpo todo lapeado, pela grande surra de boceta que recebi. Imagino que a
palavra “devassa” é uma derivação do seu nome, pois, na cama ela faz cobra
cuspir e jacaré dar miau!
Embora
cheio de desejos, afim de me refazer, falei que só poderia voltar a vê-la na
sexta feira, em função de uns trabalhos extras na empresa!
Ao
que parece, esse relacionamento vai longe, pois, embora ela tenha essa forte
tendência sexual, é uma mulher inteligente, boa formação, independente como eu,
educada e sabe o que quer. E todos esses predicados, modéstia a parte, eu também
tenho todos eles!
Fique
tranquilo meu diariozinho querido, que a proporção que a coisa for acontecendo
eu lhe contarei!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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