Antonio Nunes de Souza*
Estou
nesse exato momento, no aeroporto Jorge Amado em Ilhéus, aguardando o voo 432
da Azul, vindo de São Paulo, trazendo minha querida esposa Idely, que foi
passar um fim de semana com sua genitora Dona Jacira, minha adorada sogra!
Ao
ver despontar o avião, aproximando para fazer o pouso, como se fosse um passe
de mágica, veio a minha mente, a primeira vez que a esperei nesse mesmo
aeroporto, nervoso e cheio de expectativas. Vou começar a contar do real
início: Minha querida amiga Simone, foi para Sampa passar uns dias com parentes
e, numa das boas noitadas e farras de vários casais de jovens, conheceu Idely.
Como éramos bastante amigos e confidentes, ela me falou das loucuras sexuais
que rolavam nessas deliciosas baladas, e que Idaly era divertidíssima,
agradável, educada, bonita e inteligente, além de ter apenas vinte e um anos.
Logicamente, como homem, jovem, com trinta e cinco anos e viúvo em função de um
acidente de automóvel com minha mulher. Devido a minha boa situação financeira,
uma linda casa em frente à praia com uma bela piscina, resolvi pedir a Simone,
que quando voltasse, trouxesse sua amiga como minha convidada para um fim de
semana e, para tanto, eu estaria mandando as passagens de ida e volta!
Simone
falou com ela, que sem titubear aceitou na hora, e eu fui logo comunicado. Somente
a curiosidade e o desejo sexual vieram em minha mente, já que esse gasto nada
me era sacrificante, devido a minha sólida situação financeira.
Tudo
combinado, até que chegou o dia e, curiosamente tinha caído num feriadão,
começando na véspera do dia da comemoração dos namorados. Recebi ela e Simone,
nos apresentamos, eu homem experiente e ela bastante desenvolta como os
sulistas são, não existiu clima de escabreamentos e falsos pudores. Levei
Simone para sua casa em Itabuna, voltando com Idely, conversando, sorrindo e
nos conhecendo, que, com essa hora e meia do trajeto, já não havia mais aqueles
tímidos comportamentos. Chegando em minha casa no Jardim Atlântico, levei-a
para minha suíte, onde tem dois guardas roupas e dois sanitários, sendo cada um
com as características masculinas e femininas, dizendo-lhe que arrumasse suas
coisas da melhor forma possível e, se faltar algo, basta somente avisar a mim
ou minha empregada, Notei que ela estava fascinada, feliz e surpresa, pois, não
esperava tanto luxo e conforto do seu hospedeiro desconhecido!
Posso
dizer que nessa primeira noite, saímos para jantar no Restaurante Gabriela,
Cravo e Canela, ao lado da catedral, nos deliciamos com as maravilhosas
iguarias árabes, vinhos e uma champanhe para comemorar a nossa nova e agradável
amizade. Aí, quando olhamos para o relógio, ela disse: Meia noite e já é o dia
dos namorados, vamos ligeiro para casa, para que sejamos o primeiro casal a
comemorar, pois, os outros só vão comemorar hoje à noite. Sorrindo eu achei
interessante seu lógico raciocínio, ao mesmo tempo que meu desejo já vinha
fluindo desde horas antes!
Saímos
do restaurante já abraçados, ela me deu um beijo e rodeou para entrar no carro,
e seguimos sorrindo para minha casa. Não se faz necessário dizer que transamos
em todas as posições, conhecidas por mim, e as trazidas por ela, nos deixando
cansados, porém, super felizes por uma noite que tornou-se inesquecível.
Dia
seguinte, como combinado, Simone veio com seu namorado, passar o fim de semana
conosco, e Idely já procedendo como uma dona de casa ao receber o casal. Eles
ficaram os dois dias seguintes conosco, indo à praia, banhos de piscina,
almoços e jantares e, finalizando os dias, cada casal ia para seus quartos para
com deliciosos orgasmos, com as janelas abertas, olhando a lua e o mar, que
servia de moldura das nossas eróticas e deliciosas atitudes. Não posso negar
que Idaly era uma verdadeira fada, e sabia trabalhar muitíssimo bem com a
“varinha” fazendo milagres!
Depois
de quatro dias, conforme foi combinado, ela preparou a mala para voltar, eu
queria dar-lhe algum dinheiro pelo seu trabalho, mas, ao mesmo tempo, fiquei
sem graça de falar sobre isso com ela, que foi tão maravilhosa, e não procedeu
como uma profissional, e sim de uma moça que estava feliz em me conhecer e
alegre pelo passeio. Mas, sem que ela visse, fiz um cheque de mil cruzeiros
novos (moeda da época), e em um envelope coloquei escondido em sua mala. Fomos
para o aeroporto, nos despedimos com beijos e abraços, com agradecimentos, e
promessas de novo encontro quando fosse possível!
Mas,
sinceramente, a lembrança dela me batia forte, os contatos telefônicos diários,
até que não me contive e fiz a proposta dela vir morar comigo em Ilhéus como
minha esposa. E ela, também cheia de paixão, aceitou, resolveu o mais breve
possível suas questões em Sampa, e veio de mala e cuia para meus braço em
ilhéus!
Hoje, vinte
e quatro anos depois, na véspera do dia dos namorados, estou aqui para esperar
essa mulher maravilhosa, que me fez e faz feliz e me deu dois lindos filhos já
adultos!
Fui
espera-la no portão da chegada, dei-lhe um abraço apertado e um beijo, e não
pude deixar de dizer: “Idely eu lhe amo muito!”. Ela, beijando-me
carinhosamente a testa, disse com lágrimas nos olhos: “E eu te adoro”!
Posso
dizer que, no dia dos namorados, encontrei o grande amor da minha vida!
*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um
dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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