quinta-feira, 12 de junho de 2025

UMA LEMBRANÇA DO DIA DOS NAMORADOS! (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

Estou nesse exato momento, no aeroporto Jorge Amado em Ilhéus, aguardando o voo 432 da Azul, vindo de São Paulo, trazendo minha querida esposa Idely, que foi passar um fim de semana com sua genitora Dona Jacira, minha adorada sogra!

Ao ver despontar o avião, aproximando para fazer o pouso, como se fosse um passe de mágica, veio a minha mente, a primeira vez que a esperei nesse mesmo aeroporto, nervoso e cheio de expectativas. Vou começar a contar do real início: Minha querida amiga Simone, foi para Sampa passar uns dias com parentes e, numa das boas noitadas e farras de vários casais de jovens, conheceu Idely. Como éramos bastante amigos e confidentes, ela me falou das loucuras sexuais que rolavam nessas deliciosas baladas, e que Idaly era divertidíssima, agradável, educada, bonita e inteligente, além de ter apenas vinte e um anos. Logicamente, como homem, jovem, com trinta e cinco anos e viúvo em função de um acidente de automóvel com minha mulher. Devido a minha boa situação financeira, uma linda casa em frente à praia com uma bela piscina, resolvi pedir a Simone, que quando voltasse, trouxesse sua amiga como minha convidada para um fim de semana e, para tanto, eu estaria mandando as passagens de ida e volta!

Simone falou com ela, que sem titubear aceitou na hora, e eu fui logo comunicado. Somente a curiosidade e o desejo sexual vieram em minha mente, já que esse gasto nada me era sacrificante, devido a minha sólida situação financeira.

Tudo combinado, até que chegou o dia e, curiosamente tinha caído num feriadão, começando na véspera do dia da comemoração dos namorados. Recebi ela e Simone, nos apresentamos, eu homem experiente e ela bastante desenvolta como os sulistas são, não existiu clima de escabreamentos e falsos pudores. Levei Simone para sua casa em Itabuna, voltando com Idely, conversando, sorrindo e nos conhecendo, que, com essa hora e meia do trajeto, já não havia mais aqueles tímidos comportamentos. Chegando em minha casa no Jardim Atlântico, levei-a para minha suíte, onde tem dois guardas roupas e dois sanitários, sendo cada um com as características masculinas e femininas, dizendo-lhe que arrumasse suas coisas da melhor forma possível e, se faltar algo, basta somente avisar a mim ou minha empregada, Notei que ela estava fascinada, feliz e surpresa, pois, não esperava tanto luxo e conforto do seu hospedeiro desconhecido!

Posso dizer que nessa primeira noite, saímos para jantar no Restaurante Gabriela, Cravo e Canela, ao lado da catedral, nos deliciamos com as maravilhosas iguarias árabes, vinhos e uma champanhe para comemorar a nossa nova e agradável amizade. Aí, quando olhamos para o relógio, ela disse: Meia noite e já é o dia dos namorados, vamos ligeiro para casa, para que sejamos o primeiro casal a comemorar, pois, os outros só vão comemorar hoje à noite. Sorrindo eu achei interessante seu lógico raciocínio, ao mesmo tempo que meu desejo já vinha fluindo desde horas antes!

Saímos do restaurante já abraçados, ela me deu um beijo e rodeou para entrar no carro, e seguimos sorrindo para minha casa. Não se faz necessário dizer que transamos em todas as posições, conhecidas por mim, e as trazidas por ela, nos deixando cansados, porém, super felizes por uma noite que tornou-se inesquecível.

Dia seguinte, como combinado, Simone veio com seu namorado, passar o fim de semana conosco, e Idely já procedendo como uma dona de casa ao receber o casal. Eles ficaram os dois dias seguintes conosco, indo à praia, banhos de piscina, almoços e jantares e, finalizando os dias, cada casal ia para seus quartos para com deliciosos orgasmos, com as janelas abertas, olhando a lua e o mar, que servia de moldura das nossas eróticas e deliciosas atitudes. Não posso negar que Idaly era uma verdadeira fada, e sabia trabalhar muitíssimo bem com a “varinha” fazendo milagres!

Depois de quatro dias, conforme foi combinado, ela preparou a mala para voltar, eu queria dar-lhe algum dinheiro pelo seu trabalho, mas, ao mesmo tempo, fiquei sem graça de falar sobre isso com ela, que foi tão maravilhosa, e não procedeu como uma profissional, e sim de uma moça que estava feliz em me conhecer e alegre pelo passeio. Mas, sem que ela visse, fiz um cheque de mil cruzeiros novos (moeda da época), e em um envelope coloquei escondido em sua mala. Fomos para o aeroporto, nos despedimos com beijos e abraços, com agradecimentos, e promessas de novo encontro quando fosse possível!

Mas, sinceramente, a lembrança dela me batia forte, os contatos telefônicos diários, até que não me contive e fiz a proposta dela vir morar comigo em Ilhéus como minha esposa. E ela, também cheia de paixão, aceitou, resolveu o mais breve possível suas questões em Sampa, e veio de mala e cuia para meus braço em ilhéus!

Hoje, vinte e quatro anos depois, na véspera do dia dos namorados, estou aqui para esperar essa mulher maravilhosa, que me fez e faz feliz e me deu dois lindos filhos já adultos!

Fui espera-la no portão da chegada, dei-lhe um abraço apertado e um beijo, e não pude deixar de dizer: “Idely eu lhe amo muito!”. Ela, beijando-me carinhosamente a testa, disse com lágrimas nos olhos: “E eu te adoro”!

Posso dizer que, no dia dos namorados, encontrei o grande amor da minha vida!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!


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