Antonio Nunes de Souza*
Não
sei como tenho coragem de contar, mas, vou desabafar externando a pior situação
vexatória da minha vida!
Não
sei como não me suicidei, pela vergonha tenebrosa que passei. O caso foi o seguinte:
Na
noite do dia 10 de setembro do ano passado, fui ao aniversário de um casal
amigo, desses bastante festeiros, onde, além do samba de roda, pagodes e funks,
foi servido um delicioso caruru com vatapá, galinha ensopada, acarajé, abará,
xinxim e as porras todas, referentes as iguarias baianas nas festas do mês de
Cosme e Damião!
Foi
uma zorra total. Eu, além de dançar muito, comi bastante e tomei vários copos
de cerveja e alguns cálices de licor de vários sabores. Na animação e nas
danças, conheci um amigo do casal que era de Recife, e estava em Salvador a
trabalho. Gostei de Adalmir (esse era o seu nome) e ficamos juntos todo tempo
e, aos poucos, fomos dançando, nos abraçando, beijando, algumas esfregações,
resultando num namoro embalado pela alegria da festa!
Lá
pelas duas horas da amanhã, eu já super ligada pelas bebidas, não dispensei o
convite de Adalmir para ir dormir no seu hotel. Isso não constitui nenhum
absurdo nos dias atuais e, sinceramente, eu nunca perco a chance de transar no
primeiro encontro quando o cara vale a pena. Pois, pode não acontecer outra
oportunidade, e eu ficar arrependida!
Nos
despedimos, saímos e, por sorte, na mesma hora passou um táxi. Fomos para o
Hotel da Bahia, no Campo Grande. Ele pegou a chave, e sobre o olhar do
recepcionista, pegamos o elevador e subimos para o apartamento!
Tomamos
um banho os dois dentro do box, já começando a sacanagem sem timidez e, depois
de ensaboar bem sua rola, ele, tranquilamente, sem nem pedir enfiou
gostosamente em meu anus, que é o buraco preferido atualmente pelos homens.
Senti uma dorzinha leve e ele, de boa, ao mesmo tempo me masturbava
delicadamente, me dando uma sensação deliciosa pela água quente que escorria
por todo meu corpo. Não precisa dizer que gozamos adoravelmente e na mesma
hora, que é a maior das delícias!
Saindo
do nosso banho super libidinoso, nos deitamos na cama e começamos novas
preliminares, rolando em seguida um sessenta e nove bem trabalhado, sua língua
parecia um liquidificador e, na hora que estávamos para gozar, ele veio por
cima de mim, e com toda fúria de desejo, penetrou em minha vagina, que cheguei
a ter a sensação que ia morrer, pelo grande orgasmo que estava sentindo. Posso
dizer com orgulho e convicção, que foi um verdadeiro fodaço impecável!
Nos
beijamos, entre sorrisos de satisfação, eu virei a bunda para dormirmos de
“conchinha”, e ele ainda com o membro meio duro, se encaixou em mim e, logo em
seguida, caiu no sono. Eu ainda fiquei acordada por algum tempo, pois, meu
estomago estava roncando, como também, uma pequena dorzinha na base do
intestino. O fato é que terminei dormindo também!
Aí
é que aconteceu a miséria total! Fui tomada por uma caganeira violenta,
daquelas que a merda parece vatapá, bem amarelada, fedendo pra cacete, e o pior
é que tinha cagado Adalmir todinho. Mas, felizmente, ele continuava dormindo, e
eu me levantei calmamente, peguei o lençol e cobri ele. Fui as presas ao
banheiro, tomei um banho, vesti minha roupa e, devagarinho, saí do quarto,
peguei o elevador, fui para rua, peguei um taxi na porta do hotel, me mandando
para meu apartamento. Minha sorte é que Adalmir ia pegar o avião para Recife as
dez horas, então, não íamos mais nos ver!
Esse
fato horroroso nunca contei a ninguém, devido a vergonha! E até hoje eu fico
imaginando o que Adalmir pensou, e o que está pensando de mim. Presumo que ele
deve ter dito ao acordar: “Que mulher cagona filha puta!”
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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