Antonio Nunes de Souza*
Sem
estar baseando-me em estudos minuciosos e criteriosos das ciências de
comportamentos, lastreando-me apenas em minhas observações e vivências, além de
algumas informações adquiridas na faculdade quando estudava licenciatura de
história, cheguei à conclusão que a nossa condição de dançantes em todas as
circunstâncias, foi e é graças à influência e mistura sanguínea das etnias
negra e indígenas.
Qualquer
observador, por mais distraído que seja, já deve ter percebido, que em todas as
circunstâncias de suas vidas, os índios e os negros resolvem tudo, ou tentam
resolver, através de danças. Dançam para chover, porque choveu, para se dar bem
na caça, porque vão fazer guerras contra seus inimigos, quando retornam (se
ganharam ou perderam), nos eventos significativos importantes, quando são
considerados maior de idade, novos guerreiros, casamentos, mortes e nos
enterros. Logicamente, as danças são diferenciadas, porém, com similaridades no
conjunto geral e nas coreografias. O importante é que ninguém fica sem dançar,
quando chega a oportunidade para comemorar qualquer que seja o que está
ocorrendo nas suas tribos, no decorrer de cada dia. São, comprovadamente, povos
que trazem no sangue esse espírito vibrante e inquieto, que usa a expressão
corporal como uma prova e testemunho das suas almas, com relação as suas vidas!
Lógico
que o homem dedicado ao brutal capitalismo, onde o importante é ganhar
dinheiro, esses hábitos são provas de irresponsabilidades, preguiças e falta de
profissionalismos. Mas, aí é que mora o ledo e lastimável engano!
O
nordestino, principalmente o baiano, dança, canta e requebra o ano todo e, com
esse comportamental cheio de alegrias, traz uma lucratividade excelente para os
seus estados, aumentando cada vez mais o número de turistas, favorecendo muito
o comércio informal, fazendo que os turistas estrangeiros tenham uma visão mais
ampla do nosso país, e deixe muitos dólares e euros, para que o nosso Brasil
passe a ser cada vez mais, conhecido e respeitado na comunidade européia e em
todas Américas e continentes!
Portanto
caro leitor, só podemos dizer que somos privilegiados, por resolver nossos
problemas e acidentes de percursos dançando, nos baseando num pensamento
oriental que diz, numa sabedoria tibetana maravilhosa:
”Se o problema não tem solução, não se
preocupe porque ele não tem solução. Mas, se ele tem solução, porque se
preocupar se ele tem solução!”
Assim
sendo, já começou a ser arquitetado o festival de inverno, São João, São Pedro
e, daqui para frente, nossas festas e danças não vão parar jamais, pois, está
no nosso sangue quente e vibrante!
“Graças
essa maravilhosa miscigenação, ninguém requebra mais deliciosamente, que as
morenas e mulatas baianas!”
E
é bom que se diga, que os homens da Bahia, másculos ou não, rebolam também,
deixando as mulheres enlouquecidas. E essa nova moda gestual, já está tomando
conta do país!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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