Antonio Nunes de Souza*
Lembro-me
do passado, onde austeridade e seriedade eram as características principais,
obedecidas com uma rigorosidade impecável, demonstrando um sentimento profundo
de respeito as todas santidades, principalmente e seguramente a Santíssima
Trindade. Estou referindo-me, mais uma vez, ousadamente, a uma seara que embora
tenha seguido por longos e vastos anos, hoje, somente sendo um observador a
distância, aproveitando o ensejo para dar opiniões sobre as mudanças,
praticamente radicais, nos atuais ritos e constantes comportamentos, aprovados e
determinados pelas igrejas, com uma naturalidade global e somente essencial, para a conservação das crenças
e entidades e, como reflexo positivo,
captações de fieis, que mesmo orando que é um momento de alta reflexão, pois, vocês
acreditam que estão dirigindo-se e falando com seus santos prediletos, deus e
orixás, não justificam estarem freneticamente estarem ai mesmo tempo, cantando
e dançando!
Ainda,
felizmente, em algumas poucas igrejas de capuchinhos franciscanos, temos a
oportunidade de ouvir os maravilhosos cânticos Gregorianos, que soam em nossos
ouvidos com uma beleza e sentimentalismo deslumbrante, nos fazendo sentir,
fortemente, a presença de algo maravilhoso em nossas mentes, não só pelas belas
musicalidades e ambiente, como dentro das nossas entranhas, provocando uma
leveza em nossas almas, como estivéssemos ainda estando vivos, vivos, já desfrutando
da suposta paz celestial.
Entretanto,
nesse momento acreditável dos fiéis, estão todos vivenciando um diferencial,
que mais parece um modismo contrastante e descabido, apenas conveniente, que se
não me engano, iniciado mundialmente nos cultos das igrejas evangélicas norte
americanas, seguido aqui pela igreja católica, tendo como seu mentor nosso
querido e idolatrado Padre Marcelo, que cantando e dançando, deu uma quinada de
360 graus nos fiéis da Católica Apostólica Romana, já que cantar e dançar são nossas
características herdadas dos índios e africanos, com uma curiosa diversificação
que pode nos levar ao céu quando executamos com louvores santificados, ou ao
inferno quando praticamos nas lidas carnavalescas. O fato é que com esse
modismo que passou a ser até lucrativo, contamos em nossa programação diária,
com centenas de bandas, padres, pastores, freiras e alguns bispos, além de
representantes de outras religiões, que lançam seus CDs, vídeos, shows
gigantescos com estruturas de verdadeiros “mega star”, transmitindo mais uma
fórmula mágica de nos levar para a miraculosa e hipotética terra prometida!
Que
meus queridos amigos, me perdoem pela minha intromissão de escrever algo pertinente
e substancial, externando os conceitos, sugestões e pensamentos desse velho,
grande e sem juízo pecador!
Creio
que não tem sentido, para uma boa catequização, seja introduzido milhares de
igrejas com cânticos Gospel, dramatizações e gesticulações exageradas, Axé
Santificado, danças e outros babados completamente dispensáveis, numa hora que
merece concentração e reflexão. Para quem não sabe, a santa missa é contando a
trajetória de Jesus na terra, e os fiéis que acreditam piamente, devem ter o
maior respeito e sentimento dessa triste recordação que nos impingiram há mais
de um milhão de anos. Assim como os cultos, que não devem ser com milagres
fictícios, promessas de lugar no céu e, principalmente, pedir e exigir Pix,
determinando até valores, como vemos, acintosamente, nos templos, rádios e
televisões, cotidianamente!
Que
esses fatos mudem progressivamente, pois, infelizmente, além de tudo isso que
disse, as religiões foram transformadas em “partidos políticos”, os pastores e
bispos além de se candidatarem, ainda arrecadam milhões dos políticos, vendendo
os votos dos seus tolos fiéis, que obedientemente, votam em quem eles sugerem!
Pensem
e reflitam, que chegarão a conclusão que tenho razão!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros da Academia Grapiúna de Letras!
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