Antonio Nunes de Souza*
Todas
as vertentes do mundo, quer sejam comerciais, industriais, sociais, culturais e
educacionais, amparadas no tal desenvolvimento progressista, crescem a olhos
nus, e em alguns casos, nos deixam pasmos, meio apavorados e, com certeza, tensos
e aflitos!
Minha
intenção e pretensão é falar sobre essa parte de progresso na área sexual, onde
somente os cegos não enxergam que nessa particularidade, o desenvolvimento e
progresso é bem maior do que o esperado, e sem nenhum critério, nenhum mesmo,
avança de uma forma super vertiginosa!
Nosso
texto nada tem de saudosista, podemos até como ilustração, citar alguma coisa
como comparatismo, mas, o que desejamos é que cuidados sejam tomados, para
refrear esse avanço já dominante, chegando às raias da mais tranquila e simples
naturalidade!
Podemos
citar por exemplo o lendário cultivo e preservação da virgindade, ou velho
hímen, que vulgarmente é chamado de “cabaço”, que era a simbologia e orgulho de
uma moça de bem e respeitável, somente tendo sua primeira relação sexual no dia
do casamento, em sua legítima e oficial lua de mel. Já hoje, essa modesta
película não tem valor algum, estando mais desvalorizado que o peso argentino,
pois, qualquer casal de namorados, com no máximo uma semana, estão transando
tranquilamente, e em muitos casos sem nem mesmo terem os cuidados de usar
anticonceptivos. E tem um detalhe incrível, se o cara não conseguir comer até
um mês, ele dá “até logo,” chama de caretona e parte para outra!
A
banalidade do sexo, com a chegada do tal progresso e avanço social, chegou ao
ponto que muitas meninas de 14 anos em diante, já querem ter o prazer de se
sentir mulheres, acompanhando suas amigas e colegas, que chegam ao desplante de
considerar as pobres virgens, de “aleijada ou doentes”, debochando das suas
condições. E, para não ficar por baixo, a maioria procura se igualar, gostam é
claro, e não param mais!
O
tal progresso incentivador dessa liberalidade, está mais que claro, através das
danças eróticas e sensuais nas tvs, eventos, comportamento nas novelas, até as
das dezoito horas, os shows onde as esfregações não tem limites, os famosos
paredões de Funks e, curiosamente, os estímulos maternos nas suas próprias casas,
ensinando e aplaudindo suas crianças a rebolar as bundas, fazer “caras e bocas”
e posições provocantes. Não só aplaudindo, como quando chega uma visita, coloca
a criança para dar seu show de erotismo infantil, que é a prévia de que num
futuro próximo, elas farão tudo isso em muito maiores proporções!
É
muito importante “conversar e esclarecer” o sexo em suas bondades e
consequências, não deixar que suas filhas aprendam, erroneamente, nas escolas
com suas colegas, para que você não tenha que dizer essa frase tão conhecida e
repetida: meu Deus, onde eu errei com essa menina? Ou então: Meu Deus vou ser
avó de uma produção independente!
Vamos
acompanhar o progresso que é inevitável, mas, em certas áreas, podemos
implantar uma sensatez, mais digna, e não desmoralizar de vez o ato sexual, que
embora seja algo maravilhoso e necessário, deve-se praticar com as devidas
cautelas, não só para não se vulgarizar e terminar perdendo a graça e encanto,
como também evitar as terríveis DSTs!
Jamais
parar de praticar o sexo. Mas, que as famílias abandonem as ideias tolas do
passado, de não falarem claramente sobre esse assunto com os filhos (as), para
que eles pratiquem com satisfação e prazer, porém, com coerência!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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