Antonio Nunes de Souza*
Estamos
praticamente, principalmente na Bahia, já começando a comemorar a maior festa
de rua do mundo e, com certeza, a mais animada, frenética e sensual, com
cantos, danças heróticas, batuques, novos e misturados ritmos, músicas que nada
dizem, com letras de qualidades dúbias e duvidosas, mas, mesmo assim, deixa o
povo (que é pouco exigente), muito feliz e satisfeito. Sendo o mais importante
para a galera é ter bons ritmos para rebolar muito e se esfregar!
Ouvimos
normalmente, como a juventude liberal se expressa com a maior naturalidade, sem
respeitar os pudicos tolos, que é “uma puta festa, ou “uma festa do cacete”.
Essas denominações nomeiam e rotulam com veemência, nosso querido e festivo
carnaval, esperado por todos durante o ano, excetuando os baianos que, pelas
suas influências da maravilhosa e linda etnia negra aqui instalada, com seus
hábitos, costumes e iguarias, nos faz felizes e com a deliciosa miscigenação,
enche nosso país com lindas e lindos mulatos, genuinamente brasileiros, que
amam e dançam por qualquer motivo Os baianos quando nascem, não usam batas,
usam “abadás”!
Essa
é festa que pela sua beleza e alegria, desperta a curiosidade mundial,
canalizando milhões de turistas para os nossos Estados, para poder acreditar
que um povo dito sofrido, cheio de necessidades nos seus básicos problemas,
esqueça tudo e, sem pestanejar, cai nos sambas, frevos, marchas e uma
infinidades de ritmos, rebolando a bunda, se esfregando, e ampliando a
demografia em qualquer espaço, até dentro dos acatados blocos transa-se. As
necessidades fisiológicas são feitas nos cantos das paredes ou atrás dos carros,
pois, faz parte do nosso folclore, e liberdade de mijar e cagar para o mundo,
durante a semana momesca!
Se
você não está preparado, faz parte dos “caretas e obsoletos”, que acha trata-se
de uma festa demoníaca, trate logo de ir para seus sítios, fazendas, retiros
espirituais, etc., pois, na verdade, o coro já está comendo solto nos ensaios
de blocos, Pelourinho, como também na maioria dos bairros!
Viva
o Brasil, que mesmo com os maiores problemas políticos de corrupção, dá um
“tempo” de maior importância, para dançar, cantar, beber e transar. Imagino que
não existe isso em nenhum lugar do mundo. Pois, gradativamente, estamos
exportando esse “modus vivendi” sem cobrar franquia, pois, seguramente, é um
grande remédio para estresse e depressão!
Um
detalhe estatístico, que devemos salientar, é que nove meses depois do maravilhoso
carnaval, nascem milhares de crianças (produções independentes), que
atrapalharão as vidas de muita gente no presente e por um longo tempo, sendo
que no futuro eles e elas vão, religiosamente, repetir as mesmas estripulias
dos sapecas pais!
Viva
o carnaval, festa que faz o povo aproveitar para soltar a franga e afogar o
ganso!
*Escritor
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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