Antonio Nunes de Souza*
Sempre
estamos nos deparando com “estórias” surpreendentes e inusitadas, que nos
deixam com nossos queixos caídos. Esse fato que passarei a narrar, ocorreu com
um casal de amigos ricos, e pertencentes a alta sociedade soteropolitana!
Mendonça
e Geórgia se conheciam desde crianças, ambas famílias abastadas e, com o
decorrer do tempo, os dois como colegas de escola, passeios, viagens das duas
famílias juntas, terminou resultando em um namorico entre ambos, que com o
tempo foi-se enraizando, e quando se formaram em filosofia, terminaram se
casando, exatamente no dia seguinte à formatura, acontecendo uma festa continuada
e de arromba, como fazem, normalmente, as famílias onde os recursos são abundantes!
Como
é de praxe e peculiar, foi traçada uma maravilhosa e longa viagem de dois meses
de lua de mel pelo mundo, para a alegria e satisfação dos nubentes, e logicamente
as fofocas nas colunas sociais, em função das importantes e prósperas famílias,
que acabaram de unir seus poderes financeiros!
Mendonça
e Geórgia curtindo as maiores alegrias do mundo, e os corações transbordando de
felicidades, no dia seguinte, ainda cansados dos intensos festejos, seguiram
para o aeroporto, cujo o primeiro ponto de parada, era a maravilhosa e
encantadora cidade luz chamada Paris!
Como
naquela época se diziam que os namoros eram mais sérios, obviamente, nunca
houve nenhuma manifestação de sexo entre eles, sendo um namoro e noivado dentro
dos dogmas oficiais da rigorosa sociedade e, logicamente, em função da
movimentação das festa de formatura e casamento, ficou a tal “primeira noite”
dedicada ao desvirginamento, para ser realizada na linda capital francesa!
Fizeram
os passeios de praxe pela cidade, tiraram fotos ao lado da Torre Eiffel, e no
fim do dia voltaram para o hotel, jantaram e foram para cama cheios de
ansiedades, principalmente Geórgia, pela nova experiência de vida!
Foi
aí que aconteceu o inesperado e assustador, pois, sem nenhuma razão aparente,
Mendonça não conseguiu de forma alguma ter ereção, mesmo a linda Geórgia
rolando nua por cima dele, massageado seu membro e outras carícias generosas,
já que ela estava mais “molhada” que as ruas de Salvador nos dias de
aguaceiros. Mendonça ficou mortificado, triste e envergonhado, porém, acharam
que poderia ainda ser efeitos dos cansativos preparatórios para a nova vida, já
que também incluía a decoração do apartamento e outras coisas normais nessas
ocasiões!
Mas,
por ironia do destino, seguiram para Portugal, Espanha, Inglaterra, Suíça,
Itália e outros países e, infelizmente, nada de Mendonça ter ereções por mais
que Geórgia se virasse, não só esfregando sua deliciosa bunda, como também
fazendo-lhe generosas carícias oral, naquela rola morta e adormecida. Mendonça
caiu numa brutal depressão, quando ia para cama, envergonhado cobria-se dos pés
à cabeça, sem coragem de encarar sua linda esposa. Porém, mesmo com esse
desastre, resolveram continuar suas viagens, que desta feita seria para a
miraculosa e misteriosa Índia. Chegaram pela manhã na imensa e agitada capital
Nova Délhi!
Como
ele sentia-se bastante depressivo com a situação, não quis sair, ficando no
hotel enquanto Geórgia sairia para fazer um passeio turístico. E assim foi
feito, indo ela vagando pela cidade, até que se deparou numa enorme feira,
coisa típica dos indianos, onde tinha uma enorme roda com uns homens tocando
flautas e, ao mesmo tempo, as serpentes Najas, saiam dos seus cestos e balaios
se movimentado ao som da música. Pelo desespero e ansiedade, veio logo a ideia louca
na sua cabeça, se aquela milagrosa flauta poderia fazer efeito num ser humana.
E mais que depressa, mesmo se comunicando através de gestos e algumas palavras
em inglês, conseguiu comprar a flauta por um preço caríssimo, na esperança de
ser a solução do problema de Mendonça.
Já
anoitecendo, voltou eufórica e esperançosa para o hotel, subiu para o quarto, e
para sua surpresa, embora ainda cedo, Mendonça estava como sempre, todo coberto
dos pés à cabeça dormindo solenemente. Aí, nas pontas dos pés, Geórgia tirou toda
roupa, ficando completamente nua, já sentindo-se excitadíssima e cheia de expectativas,
começou a tocar a flauta com a musiquinha simples que o indiano ensinou e, para
sua surpresa, a proporção que ela ia tocando, o lençol no meio do corpo começou
a se levantar lentamente. Quando ela viu com os olhos esbugalhados, continuou
tocando e já quase gozando de emoção, largou a flauta, e num rápido movimento
como fazem os mágicos, puxou o lençol. E para sua cruel decepção, Mendonça
estava dormindo de bunda pra cima, e do seu cu saía uma lombriga dançando ao
som da flauta!
Não
precisa dizer que Geórgia ficou putíssima, resolveu voltar para casa, e ninguém
até hoje sabe a razão verdadeira e o motivo de na volta da lua de mel acontecer
a separação.
Geórgia
foi morar no exterior, casou-se por lá e até hoje mora na Austrália. E o pobre
Mendonça passou a ser “trans”, casou-se muito bem com um coroa industrial, e é
bastante feliz em São Paulo!
São
fatos que jamais imaginamos que possa ocorrer, porém, acontecem nessa vida
louca que vivenciamos!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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