Antonio Nunes de Souza*
Hoje
para mim é um dia de ótimas lembranças, já que há quatro anos, eu com trinta e
cinco anos, por não ser uma mulher bonita e nem nunca saí por aí dando a torto
e a direita, não encontrava um namorado que pensasse algo sério comigo. E como
seguia a linha mais rígida do passado da minha família, era sempre discriminada
e fora dos esquemas das minhas amigas e colegas de trabalho. Era como diziam:
Uma caretona!
Foi
quando no dia doze de junho de 2020, ano das minhas decisões mais radicais,
resolvi virar a mesa, dar uma puta volta por cima, para ver se a situação
melhoraria, se eu começasse a agir da mesma da mesma maneira da minha turma, que
muitas já estavam casadas, com filhos, tendo até algumas nos segundos
relacionamentos, e eu, com minha
repressão de freira, com essa idade, podia contar em uma única mão as vezes das
fodas que dei na vida e ainda sobrava dedos, e nem conhecia o que era orgasmo
com penetração, já que nessas raras vezes, os sacanas gozavam logo e me
deixavam na mão. Malmente conhecia o prazer através de masturbações que, embora
bom, nos deixa na curiosidade que, com as penetrações penianas, a coisa era muito
mais gostosa!
Como
era véspera do dia de Santo Antonio, que é chamado de “santo casamenteiro”, diz
uma série de simpatias, coloquei meu Santo de cabeça para baixo, além de outras
que me ensinaram e, sem medo de ser feliz, fui com duas das minhas jovens
amigas para o Shopping paquerar, que é um lugar que acontece tudo, ou começam
grandes programas e aventuras das mais escabrosa, geralmente com coroas cheios
da grana, que vão pegar mulheres novas para saciar seus desejos, sem as
preocupações com os custos!
E
como é normal, não deu outra, pois, nos sentamos para uma lanche e com alguns
minutos, apareceram dois desses tipos citados, um fez um sinal de vir até a
mesa, demos um sorriso de assentimento e, logo em seguida vieram, se
apresentaram, sempre olhando para os lados, talvez preocupados com o flagra por
alguém conhecido ou da família. Sentaram, pediram um drink e começamos a
conversar. Minhas amigas super tranquilas, porém, eu estava tensa, já que
estava, como dizem, “saindo do guarda roupa” para uma liberação que não fazia
parte de meus costumes e hábitos, mas, que seja o que Deus quiser. Depois e um
longo papo de uma hora, um deles nos convidou para irmos até a sua chácara, que
ficava perto do aeroporto dois de julho. Aceitamos numa boa, eram pessoas super
bem apresentáveis, todos os indícios de gente fina, nada tínhamos a temer. Aí
um disse que ia na loja de um amigo, convida-lo para ir conosco. Já voltando
com o amigo Adalmir, que sentou-se logo ao meu lado, já cheio de encantamentos
por minha pessoa. Eles pagaram a conta, nos levantamos e fomos todos para o estacionamento
no térreo, entramos eu e Adalmir eu seu carro e os outro foram em outro carro,
para que não fossemos apertados os seis em um só veículo!
Como
desejávamos e fomos procurar, tomamos banho de piscina todos nus, fodemos na
água e no deck da piscina, não deixamos de fazer nada que fosse o desejado, sem
nenhuma alegação de que isso pode ou não pode. Tudo foi liberado da melhor e
das mais gostosas formas, Eu me restringi a ficar somente com Adalmir, um pouco
mais afastada e discreta, mas, as meninas fizeram até suruba os quatro,
trocando os casais a casa momento que desejavam. Ficamos nessa sacanagem até as
onze da noite, quando eles foram nos levar em casa, todos felizes, não houve
nada de pagamentos, apenas transamos por prazer comemorando o dia dos namorados
e, consequentemente, o dia seguinte que seria de Santo Antonio. O fato é que
Adalmir, que vinha de uma separação desagradável, viu em mim uma pessoa legal,
e continuamos nos encontrando. Com seis meses já estávamos morando juntos, num
lindo apartamento que ele já morava sozinho.
Como
disse acima, ontem fizeram quatro anos desse caso, que foi a salvação da minha
vida, pois, com minha radical mudança, ganhei um marido carinhoso, boas
condições, e passei a sentir quanto é bom ter um homem desse ao lado, para
enfrentar essa vida louca que vivenciamos!
Posso
dizer de coração: “VIVA SANTO ANTONIO!” Que atendeu minhas simpatias!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de
Letras!
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