quinta-feira, 13 de junho de 2024

O DIA QUE DEIXEI DE SER BABACA!

Antonio Nunes de Souza*        

Hoje para mim é um dia de ótimas lembranças, já que há quatro anos, eu com trinta e cinco anos, por não ser uma mulher bonita e nem nunca saí por aí dando a torto e a direita, não encontrava um namorado que pensasse algo sério comigo. E como seguia a linha mais rígida do passado da minha família, era sempre discriminada e fora dos esquemas das minhas amigas e colegas de trabalho. Era como diziam: Uma caretona!

Foi quando no dia doze de junho de 2020, ano das minhas decisões mais radicais, resolvi virar a mesa, dar uma puta volta por cima, para ver se a situação melhoraria, se eu começasse a agir da mesma da mesma maneira da minha turma, que muitas já estavam casadas, com filhos, tendo até algumas nos segundos relacionamentos,  e eu, com minha repressão de freira, com essa idade, podia contar em uma única mão as vezes das fodas que dei na vida e ainda sobrava dedos, e nem conhecia o que era orgasmo com penetração, já que nessas raras vezes, os sacanas gozavam logo e me deixavam na mão. Malmente conhecia o prazer através de masturbações que, embora bom, nos deixa na curiosidade que, com as penetrações penianas, a coisa era muito mais gostosa!

Como era véspera do dia de Santo Antonio, que é chamado de “santo casamenteiro”, diz uma série de simpatias, coloquei meu Santo de cabeça para baixo, além de outras que me ensinaram e, sem medo de ser feliz, fui com duas das minhas jovens amigas para o Shopping paquerar, que é um lugar que acontece tudo, ou começam grandes programas e aventuras das mais escabrosa, geralmente com coroas cheios da grana, que vão pegar mulheres novas para saciar seus desejos, sem as preocupações com os custos!

E como é normal, não deu outra, pois, nos sentamos para uma lanche e com alguns minutos, apareceram dois desses tipos citados, um fez um sinal de vir até a mesa, demos um sorriso de assentimento e, logo em seguida vieram, se apresentaram, sempre olhando para os lados, talvez preocupados com o flagra por alguém conhecido ou da família. Sentaram, pediram um drink e começamos a conversar. Minhas amigas super tranquilas, porém, eu estava tensa, já que estava, como dizem, “saindo do guarda roupa” para uma liberação que não fazia parte de meus costumes e hábitos, mas, que seja o que Deus quiser. Depois e um longo papo de uma hora, um deles nos convidou para irmos até a sua chácara, que ficava perto do aeroporto dois de julho. Aceitamos numa boa, eram pessoas super bem apresentáveis, todos os indícios de gente fina, nada tínhamos a temer. Aí um disse que ia na loja de um amigo, convida-lo para ir conosco. Já voltando com o amigo Adalmir, que sentou-se logo ao meu lado, já cheio de encantamentos por minha pessoa. Eles pagaram a conta, nos levantamos e fomos todos para o estacionamento no térreo, entramos eu e Adalmir eu seu carro e os outro foram em outro carro, para que não fossemos apertados os seis em um só veículo!

Como desejávamos e fomos procurar, tomamos banho de piscina todos nus, fodemos na água e no deck da piscina, não deixamos de fazer nada que fosse o desejado, sem nenhuma alegação de que isso pode ou não pode. Tudo foi liberado da melhor e das mais gostosas formas, Eu me restringi a ficar somente com Adalmir, um pouco mais afastada e discreta, mas, as meninas fizeram até suruba os quatro, trocando os casais a casa momento que desejavam. Ficamos nessa sacanagem até as onze da noite, quando eles foram nos levar em casa, todos felizes, não houve nada de pagamentos, apenas transamos por prazer comemorando o dia dos namorados e, consequentemente, o dia seguinte que seria de Santo Antonio. O fato é que Adalmir, que vinha de uma separação desagradável, viu em mim uma pessoa legal, e continuamos nos encontrando. Com seis meses já estávamos morando juntos, num lindo apartamento que ele já morava sozinho.

Como disse acima, ontem fizeram quatro anos desse caso, que foi a salvação da minha vida, pois, com minha radical mudança, ganhei um marido carinhoso, boas condições, e passei a sentir quanto é bom ter um homem desse ao lado, para enfrentar essa vida louca que vivenciamos!

Posso dizer de coração: “VIVA SANTO ANTONIO!” Que atendeu minhas simpatias!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de Letras!


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