sábado, 1 de junho de 2024

ENTRAMOS HOJE NO MÊS DO FORRÓ!

 

Antonio Nunes de Souza*

Primeiro de junho, mês da alegria, festas, músicas e rezas diárias, namoros, esfregações e sacanagens, comilanças, licores e bebidas outras. Todos os ingredientes necessários para que tenhamos noites agradáveis, inesquecíveis e prazerosas. Do altar de Santo Antonio depois de rezar a novena durante os nove dias, passando por essas artimanhas citadas, as idas para uma cama dar uma ótima transada é “daqui pra ali”, de um pulinho só!

Por mais que você procure, não tem dança mais excitante que o forró, uma vez que, quem inteligentemente inventou, ensinou logo as mulheres que eles deveriam, além de mexer bem, esfregar a xoxota em nossas coxas e no dito cujo, de modo que, ambas as partes sexuais fiquem bem acolhidas, endurecidas e molhadas, sem que estivéssemos fazendo nada em excesso, apenas, acompanhando os movimentos e os sonos das sanfonas, pandeiros, triângulos e zabumbas!

Seguindo essas regras cheias de inocentes malícias, podemos dizer que, seguramente, a putaria está completa e de uma maneira, totalmente respeitosa, já que todos estão seguindo as regras ditadas pela dança típica, que poderia ser também chamada de “te pica”, pois, esse modesto instrumento é bastante utilizado e indispensável para as realizações juninas!

Sem nenhum medo de errar, tenho certeza que, mesmo com aquelas gadanhadas todas, rolagens pelo chão, agarramentos, bebidas, nudez e drogas, no Funk fode-se muito menos que nas nossas noitadas juninas, que, conscientemente, começamos com nossos gostosos licores, beijos e abraços de amores, terminando com orgasmos e sabores!

Não posso deixar de dizer que, no meio das pulações de fogueiras, brincando de comadre e compadre, comendo milhos cozidos e pamonhas, fiz altas sacanagens pelos cantos, nos carros e motéis durante esse mês santificado e pecaminoso, que satisfaz quem não é idiota e sabe aproveitar a vida!

Recebo meu querido junho de braços abertos, não mais com as ferocidades do passado, já que minha idade não mais permite, porém, ao ver alguns casais dançando, lembro-me dos meus velhos e bons tempos, ficando ainda assanhado “meia boca”, morrendo de saudades da minha juventude querida, que os anos não trazem mais. Porém, ao mesmo tempo fico cheio de alegria, quando relembro que já fui muito bom em tudo isso!

Viva Santo Antonio, São João e São Pedro!                     

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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