Antonio Nunes de Souza*
Tenho
certeza que poucas são as pessoas, que tem ciência de que nosso itabunense
idolatrado e maravilhoso escritor Jorge Amado, no início das suas tiradas
literárias, ou seja, nos lançamentos dos seus primeiros livros, a velha,
obsoleta e hipócrita sociedade, condenava veementemente sua maneira de
escrever, já que ele era livre em seus temas, onde sempre contava ou criava
suas “estórias”, sempre enxertadas de aventuras, crimes, romances, trapaças,
sacanagens e, com agudez, o nosso gostoso, divino e maravilhoso sexo!
Essa
foi uma realidade imbecil. que perdurou por bastante tempo, somente amenizada e
reconhecida sua genialidade, depois do seu sucesso estrondoso no Brasil e no
exterior, tendo seus livros: Suor, Cacau, Carnaval, Capitães de Areia, Quincas
Berro d’agua, Gabriela cravo e canela, Tereza Batista cansada de guerra, Dona
Flor e seus dois maridos e mais dezenas de outros, foram traduzidos para
centenas de idiomas e dialetos!
Mas,
com tudo isso, a nossa sociedade, principalmente no norte/nordeste, ainda
perdura sobriamente, essa cultura ou costume ridículo, que sexo é a coisa mais
pejorativa do mundo! Porém, todos praticam com avidez muitíssimas vezes
libertamente, ou às escondidas, sempre tolamente, camuflados de falsas
santidades!
Por
que tanto purismo, com algo tão sublime e maravilho, que segundo a história se
pratica desde que o mundo foi criado?
Será
que ainda acreditam que Adão e Eva quando fodiam, Adão estava era comendo maçã?
Nada
disso meus amigos! Era pau naquilo e a cobra fumava chocalhando o rabo de
alegria, porque sabia que era gostoso e salutar!
Quem
me lê, mesmo eventualmente, ou sempre às escondidas, sabe que sempre insiro em
minhas crônicas algumas aventuras sexuais, pois sei que todos gostam de ler, se
divertem e, em alguns casos até se excitam, que é natural e lógico, pois: “Foder
é o maior tempero pra se viver!”. E quem não concordar e dizer que não é, prova
ser um grande mentiroso!
Já
que sabem algo mais sobre a carreira literária do nosso grande orgulho, Jorge
Amado, joguem fora essa descabida e obsoleta falsa moral, saiba encarar as
realidades, hábitos, costumes, desejos necessários e saudáveis, praticando quando
desejar, principalmente sem o sentimento de culpa, e nem culpando aqueles que
já estão em suas frentes em termos evolutivos e prazerosos!
Com
tudo que disse, de modo algum estou comparando-me ao grande mestre Jorge, pois
estou a milhares de quilômetros da sua saudosa sapiência. Apenas, como bom ser
humano, não nego adorar com fervor uma boa sacanagem! Não me incomodo que digam
que sou um velhinho “ficante!”
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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