sexta-feira, 11 de novembro de 2022

JORGE AMADO SABIA DAS COISAS!

 

Antonio Nunes de Souza*

Tenho certeza que poucas são as pessoas, que tem ciência de que nosso itabunense idolatrado e maravilhoso escritor Jorge Amado, no início das suas tiradas literárias, ou seja, nos lançamentos dos seus primeiros livros, a velha, obsoleta e hipócrita sociedade, condenava veementemente sua maneira de escrever, já que ele era livre em seus temas, onde sempre contava ou criava suas “estórias”, sempre enxertadas de aventuras, crimes, romances, trapaças, sacanagens e, com agudez, o nosso gostoso, divino e maravilhoso sexo!

Essa foi uma realidade imbecil. que perdurou por bastante tempo, somente amenizada e reconhecida sua genialidade, depois do seu sucesso estrondoso no Brasil e no exterior, tendo seus livros: Suor, Cacau, Carnaval, Capitães de Areia, Quincas Berro d’agua, Gabriela cravo e canela, Tereza Batista cansada de guerra, Dona Flor e seus dois maridos e mais dezenas de outros, foram traduzidos para centenas de idiomas e dialetos!

Mas, com tudo isso, a nossa sociedade, principalmente no norte/nordeste, ainda perdura sobriamente, essa cultura ou costume ridículo, que sexo é a coisa mais pejorativa do mundo! Porém, todos praticam com avidez muitíssimas vezes libertamente, ou às escondidas, sempre tolamente, camuflados de falsas santidades!

Por que tanto purismo, com algo tão sublime e maravilho, que segundo a história se pratica desde que o mundo foi criado?

Será que ainda acreditam que Adão e Eva quando fodiam, Adão estava era comendo maçã?

Nada disso meus amigos! Era pau naquilo e a cobra fumava chocalhando o rabo de alegria, porque sabia que era gostoso e salutar!

Quem me lê, mesmo eventualmente, ou sempre às escondidas, sabe que sempre insiro em minhas crônicas algumas aventuras sexuais, pois sei que todos gostam de ler, se divertem e, em alguns casos até se excitam, que é natural e lógico, pois: “Foder é o maior tempero pra se viver!”. E quem não concordar e dizer que não é, prova ser um grande mentiroso!

Já que sabem algo mais sobre a carreira literária do nosso grande orgulho, Jorge Amado, joguem fora essa descabida e obsoleta falsa moral, saiba encarar as realidades, hábitos, costumes, desejos necessários e saudáveis, praticando quando desejar, principalmente sem o sentimento de culpa, e nem culpando aqueles que já estão em suas frentes em termos evolutivos e prazerosos!

Com tudo que disse, de modo algum estou comparando-me ao grande mestre Jorge, pois estou a milhares de quilômetros da sua saudosa sapiência. Apenas, como bom ser humano, não nego adorar com fervor uma boa sacanagem! Não me incomodo que digam que sou um velhinho “ficante!”

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

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