Antonio Nunes de Souza*
Se
quisermos ser sinceros, podemos dizer que na verdade, essa situação que nos
leva a pequenas “mentiras convencionais”, é uma verdadeira forma de pouco falar
e de dar satisfações de nossos tormentos ou complicações!
Estou
referindo-me a pergunta mais comum, quando encontramos com alguém, falamos pelo
telefone, ou trocando mensagens na internet: “Como vai você?”. E nós, geralmente,
respondemos que “está tudo bem, graças a Deus!”
Logicamente,
por uma questão de sigilo, cautela, como também não dar conhecimentos das nossas
lamúrias, achamos por bem, sermos lacônicos e pouco faladores, pois aqueles que
ao receber a pergunta chave, começar a contar seus problemas, passa a ser um
chato, sem consciência de que a pergunta foi apenas, como se fosso um chavão, normalmente
utilizado por todos!
É
talvez uma coisa rara, alguém responder que tudo vai às mil maravilhas,
realmente estando como ela diz e afirma, uma vez que, se vasculharmos todos os
“poréns” familiares, vamos encontrar situações nada maravilhosas e, muitas
vezes, com questões complicadas e desastrosas!
Essa
minha crônica é para mostrar que essas “picuinhas” são fatos e atos que todos
nós estamos passivos. Jamais pense que você foi escolhido por desejo de Deus,
pois os problemas fazem parte da nossa vida, mesmo que você esteja atenta e
dedicada a fazer a coisa funcionar dentro das normas. Isso principalmente,
quando você tem família e filhos, e as questões tomam maiores corpos e alguma
complicação!
Portanto,
continuem dizendo que “vai tudo bem, obrigado”, pois o seu ouvinte sabe,
claramente que trata-se da muito usada “mentirinha convencional”. O que devemos
é saber administrar nossos problemas com amor, fraternidade e solidariedade,
principalmente quando são de saúde e precisam de assistências constantes!
Seria
uma maravilha que pudéssemos todos sempre dizer que tudo vai bem, e na verdade,
esteja tudo muito bem, sem nada estranho para atrapalhar! Infelizmente, nessa
vida louca que atravessamos, essa possibilidade é uma coisa raríssima!
Jamais
inveje pessoa alguma, baseando-se na resposta que “está tudo bem”, trata-se
apenas de pessoas sensatas que não querem levar seus problemas financeiros,
educacionais, saúde, descendentes, etc., para seus queridos amigos!
Vou
aproveitar para dizer aos meus queridos leitores e amigos que “EU VOU BEM,
OBRIGADO!’
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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