Antonio Nunes de Souza*
Já podemos ficar descansados do massacre de notícias durante vinte dias, a respeito da caça ao criminoso Lázaro Barbosa de Souza. Felizmente foi capturado e, infelizmente, foi metralhado numa suposta troca de tiros, vindo a falecer, fato que geralmente acontece com os grandes, médios e pequenos marginais. Lembrei-me da letra de uma música de Jorge Benjor que diz: Malandro não é malandro, se fosse malandro, não seria malandro!
Mas, como nosso país não pode deixar de ter algo fervilhando nos noticiários, a rainha do momento é a CPI da Covid-19 que, com discussões, controvérsias, protetores querendo blindar os culpados e sensatos querendo mostrar ao povo brasileiro, que muita gente morreu por negligência de medicamentos, falta de oxigênio, negligência na compras antecipadas de vacinas, campanha presidencial para não usar máscaras e provocando aglomerações, continuando até hoje estimulando o uso da Cloroquina, que já está super comprovada, cientificamente, ser nociva no tratamento, causando problemas coronários!
Aí, com o andamento das investigações e depoimentos de convidados e investigados, inesperadamente surgiu uma confissão espontânea dos irmãos Miranda (um deputado e outro secretário na área de saúde) com relação a compra da vacina indiana Covaxim, despertando uma possibilidade clara que, infelizmente, houveram grandes interesses, deixando rastros de algo fraudulento e que, lamentavelmente, o fato foi comunicado ao presidente, e este não tomou nenhuma providência, apenas citando que devia ser coisa do deputado Barros, líder do governo na câmara e acusado de participar do Ministério paralelo, conhecido como o “gabinete do ódio”. Assim sendo, com seu silêncio, o presidente foi acusado de prevaricação, estando sujeito de ter que ser chamado a CPI e até de impeachment!
Essa nova etapa da CPI da Covid-19, será, com certeza, bastante tumultuada, já que nela constam de 40% de senadores do Central, que defendem com unhas e dentes o presidente, deixando de lado os interesses do povo brasileiro!
O interessante é que o deputado Barros não está na mão do presidente. A situação é ao contrário, pois, como todos sabem, o deputado é um dos chefões do central e, caso Bolsonaro queira deixa-lo em maus lenções, consequentemente, perderá o apoio e, como já deveria ter acontecido, já que existe 119 pedidos de impeachment circulando na câmara e no Senado, que pode vir à tona a qualquer momento!
O triste de tudo isso é a situação do Brasil, completamente desmoralizado nacional e internacionalmente, enquanto, tranquilamente, nosso presidente faz “motociatas políticas” e aglomerações sem máscaras pelo Brasil afora, como se estivéssemos muito bem, e que uma mortandade de 2.000 pessoas/dia pela Covid-19, seja uma coisa normalíssima!
Com todas essas coisas desagradáveis, só temos que lamentar, mas, felizmente, segundo estatísticas comprovadas, 25% dos seus eleitores já reconheceram o erro que cometeram. A prova é que por mais que lutasse, não conseguiu número suficiente para fundar o partido que desejava. E as pesquisas de votos apontaram a medíocre porcentagem de 23%, para quem foi eleito com quase 50%.
Sempre saliento que não existe cunho partidário em minhas palavras, não estou defendendo nenhum político, apenas, alerto que, normalmente, são 10 candidatos à presidência, então saibam escolher com bastante cautela, não se deixem levar por fake news, optando pelo que seja melhor para o engrandecimento do nosso país!
*Escritor-Historiados-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
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