Antonio
Nunes de Souza*
Na
qualidade de “cidadão quarentenário”, aproveito para criar meus sonhos e
fantasias, no sentido de ao voltarmos a nos movimentar para tentar equalizar as
coisas, já que, obviamente, não voltaremos a normalidade anterior em função de
mortes, prejuízos financeiros, desempregos, currículos escolares, realizações
de concursos públicos, reinícios de obras paralisadas (principalmente o projeto
Minha casa minha vida) e, fatalmente, falências em vários setores comerciais,
industriais e agrícolas!
Entretanto,
temos duas vertentes que, logicamente, também entraram em grandes prejuízos,
que pelo fanatismo popular que já é um bruto exagero, também devem ser analisados
com carinho e atenção para que voltem a funcionar com maiores coerências, não
explorando maciçamente o povo, para pagar salários astronômicos as suas
distintas estrelas. Estou referindo-me ao futebol e a classe artística! Uma
paga remuneração exorbitante aos jogadores e a outra cobra milhares de reais
por apresentação. Qualquer atleta que seja de ponta, ou uma modesta dupla
sertaneja, com meses de atuação já estão comprando apartamentos de cobertura,
ou mansões e, para seus transportes um jatinho.
Isso
é um despropósito absurdo, pois foge a realidade do país (não é só no Brasil.
Nós somos um acompanhamento e imitação de outros países, obviamente ricos)!
Temos
que ter a sensatez de nos moldarmos a um comportamento condizente com nossa
realidade, onde temos estipulado para nossa força de trabalho, um salário
mínimo aviltante de mil e quarenta e cinco reais. E todos nós sabemos que
muitos nem esse humilde salário recebem, fazendo o empregador que o funcionário
assine uma folha ou recibo nesse valor e, na verdade, somente lhe paga um
mísero comissionamento estipulado. Ou seja: se aproveitam da falta de empregos e
fiscalização e exploram a mão de obra enganando o governo
Sabendo
o governo que, para os patrões, estes seguem à risca, não reconhecendo as
necessidades básicas dos seus colaboradores, dando-lhes margens de melhores
ganhos, dado aos seus esforços.
Não
é a primeira vez que falo sobre isso, mas, seria sensato que, dentro da lei,
fosse, estipulado esses cachês e apresentações nas cidades menores e com renda per
capta baixa, dando oportunidade do povo desfrutar e assistir de perto, jogos,
artistas, peças teatrais, exposições, etc.!
Nas
cidades do interior, onde as pessoas são ávidas por eventos culturais, para se
contratar uma estrela musical ou uma boa apresentação teatral, chega a custos
exorbitante em torno de quinhentos mil reais.
Ganhamos
aqui em Itabuna um teatro de ponta, maravilhoso arquitetonicamente e com tecnologia
de primeiro mundo, seiscentos lugares, uma casa de espetáculo de altíssimo
nível e, lamentavelmente, não apresenta nada de interessante dos grandes
centros em função dos preços altamente elevados, pois, teria que cobrar ingressos
caríssimos, fora da realidade da nossa população! O teatro tornou-se um magistral
“elefante branco”!
Será
que essa praga infeliz vai servir para uma sensatez e adequação lógica e
pertinente para o povo?
Na
quarentena dorme-se muito e claro, sonha-se muito!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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