domingo, 17 de maio de 2020

SERIA UMA MARAVILHA!

Antonio Nunes de Souza*

Na qualidade de “cidadão quarentenário”, aproveito para criar meus sonhos e fantasias, no sentido de ao voltarmos a nos movimentar para tentar equalizar as coisas, já que, obviamente, não voltaremos a normalidade anterior em função de mortes, prejuízos financeiros, desempregos, currículos escolares, realizações de concursos públicos, reinícios de obras paralisadas (principalmente o projeto Minha casa minha vida) e, fatalmente, falências em vários setores comerciais, industriais e agrícolas!

Entretanto, temos duas vertentes que, logicamente, também entraram em grandes prejuízos, que pelo fanatismo popular que já é um bruto exagero, também devem ser analisados com carinho e atenção para que voltem a funcionar com maiores coerências, não explorando maciçamente o povo, para pagar salários astronômicos as suas distintas estrelas. Estou referindo-me ao futebol e a classe artística! Uma paga remuneração exorbitante aos jogadores e a outra cobra milhares de reais por apresentação. Qualquer atleta que seja de ponta, ou uma modesta dupla sertaneja, com meses de atuação já estão comprando apartamentos de cobertura, ou mansões e, para seus transportes um jatinho.
Isso é um despropósito absurdo, pois foge a realidade do país (não é só no Brasil. Nós somos um acompanhamento e imitação de outros países, obviamente ricos)!

Temos que ter a sensatez de nos moldarmos a um comportamento condizente com nossa realidade, onde temos estipulado para nossa força de trabalho, um salário mínimo aviltante de mil e quarenta e cinco reais. E todos nós sabemos que muitos nem esse humilde salário recebem, fazendo o empregador que o funcionário assine uma folha ou recibo nesse valor e, na verdade, somente lhe paga um mísero comissionamento estipulado. Ou seja: se aproveitam da falta de empregos e fiscalização e exploram a mão de obra enganando o governo
Sabendo o governo que, para os patrões, estes seguem à risca, não reconhecendo as necessidades básicas dos seus colaboradores, dando-lhes margens de melhores ganhos, dado aos seus esforços.

Não é a primeira vez que falo sobre isso, mas, seria sensato que, dentro da lei, fosse, estipulado esses cachês e apresentações nas cidades menores e com renda per capta baixa, dando oportunidade do povo desfrutar e assistir de perto, jogos, artistas, peças teatrais, exposições, etc.!
Nas cidades do interior, onde as pessoas são ávidas por eventos culturais, para se contratar uma estrela musical ou uma boa apresentação teatral, chega a custos exorbitante em torno de quinhentos mil reais.
Ganhamos aqui em Itabuna um teatro de ponta, maravilhoso arquitetonicamente e com tecnologia de primeiro mundo, seiscentos lugares, uma casa de espetáculo de altíssimo nível e, lamentavelmente, não apresenta nada de interessante dos grandes centros em função dos preços altamente elevados, pois, teria que cobrar ingressos caríssimos, fora da realidade da nossa população! O teatro tornou-se um magistral “elefante branco”!

Será que essa praga infeliz vai servir para uma sensatez e adequação lógica e pertinente para o povo?
Na quarentena dorme-se muito e claro, sonha-se muito!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

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