Antonio
Nunes de Souza*
Com
todas as cautelas do mundo, saí silenciosamente de casa, depois de esperar por
mais de duas horas minha esposa Jamile dormir. Nas ponta dos pés, abri a garagem,
empurrei o carro para fora, fechando a garagem e, somente na rua, liguei o
carro para evitar zoada e acordasse minha mulher.
Toda
essa movimentação me deixava com o cu no ponto com medo de alguma coisa
acontecer, uma vez que Jamile mesmo sendo maravilhosa, é uma “barraqueira” filha
da puta e, quando roda a baiana, “saia de baixo”!
Mas,
todo esse perigo valia a pena, pois já se passaram trinta dias sem eu ver minha
secretária, que é minha querida amante. E, sinceramente, sem aguentar mais a
saudade, liguei para ela e combinei que a noite iria apanha-la para irmos a um
motel. Ela achou uma loucura, mas, não quis me desagradar, como também adoraria
uma aventura de amor no meio da quarentena!
Cheguei
ao destino, peguei minha querida Luciana, baixei a sua máscara e dei logo um
beijo na boca, deixando-a cheia de surpresa pela minha aguçada tesão!
Sem
muita conversa, parti para o Motel Rancho das Rosas que é muito bom e mais perto
e, como desejávamos, pulamos na cama e fizemos tudo que tinha direito, em todas
as posições, sentindo prazeres duplos, triplos e deslumbrantes devido a secura
de um mês de ausência!
Aí
como o diabo sempre se mete onde não deve, quando eu fui tomar banho, escorreguei
e caí batendo a cabeça na parede me deixando completamente desmaiado. Jamile
ficou apavorada, ligou para a portaria e pediu para alguém ir até o apartamento.
O recepcionista ou gerente chegou e, preocupado, pegou meus documentos na
carteira e ligou logo para minha casa, enquanto Luciana, agoniada nem percebeu
o que estava sendo feito.
O
fato é que, em minutos aparece Jamile apavorada, exatamente na hora que eu
estava acordando. Jamile quando me viu abrir os olhos foi gritando: Seu filho
da puta você deveria era ter morrido seu descarado, cachorro. Pegar essa
vagabunda e vir logo para o Motel Rancho das Rosas. Eu devia era encher sua
bunda e a dessa periguete de espinhos. Mas, seu canalha, vou pedir o divórcio e
deixar você com sua cadela!
-O
gerente falou: Calma minha senhora!
-Calma
uma porra. Isso não é com você e vá dar conselhos a sua mãe!
Luciana
chorando, saiu pegou um taxi e se picou para seu apartamento, Jamile falou que
eu não voltasse para casa, que ela me enxeria de porrada e seria capaz de me
matar. E é verdade, pois, quando ela perde o controle é capaz de qualquer
merda!
Paguei
a conta, pedi que não chamasse o SAMU, pois o gerente desejava fazer, saí com
um galo na cabeça, meio atabalhoado e fui para um hotel.
Já
no outro dia recebi uma carta de um advogado, convidando-me para as
providências do divórcio. Não foi surpresa para mim, já que ela sempre dizia
que nunca perdoaria alguma traição.
Como
não tivemos filhos por um problema congênito dela, tudo foi mais fácil,
dividimos os bens e eu, depois dessa merda toda, continuei com Luciana, já temos
duas filhas lindas e sempre damos risadas quando nos lembramos do nosso: “AMOR
NA PANDEMIA!”
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagal26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
Amor
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