Antonio
Nunes de Souza*
Juvenal
Tavares Fonseca Junior, fazendeiro rico e bem sucedido, mesmo casado, nunca
deixou a mania e hábito de ser um conquistador nato de jovens mocinhas. Sabemos
nós que as jovens hoje em dia, aliás, já há algum tempo, dão mais valor a um
compromisso com um homem de mais idade, já que são mais discretos, gentis,
oferecem maiores prazeres, passeios, viagens, presentes e, normalmente, são
bons amantes, dado as suas experiências na vida!
E
Juvenal, já cinquentão, ótima aparência de bem mais jovem e os predicados de um
homem abastado, era uma isca bastante sedutora para as mocinhas da cidade, logo
acontecendo um encanto de ambas as partes, quando ele conheceu no shopping uma
linda garota chamada Telma, bem exibida em suas poses, caras e bocas e um
decote discreto, porém um tanto provocante.
Ela
se achava sentada em uma mesa na praça de alimentação, tomando calmamente um
sorvete desses bem coloridos e cheios de enfeites. Depois de uma troca de
olhares, ele se aproximou e disse: Você está sozinha, ou está comigo?
Em
troca recebeu um sorriso, pela sua investida interessante e, para sua alegria,
ela respondeu com riso de aquiescência: Agora eu estou com você!
Prontamente
ele sentou, se apresentou e, percebeu que ela era bastante jovem que, no
decorrer da conversa veio a saber que ela tinha 17 anos apenas e cursava o
primeiro semestre de Letras na faculdade. Depois de um longo papo, ambos se
desnudando de suas vidas, como nas novelas e filmes, nasceu um “amor a primeira
vista”, já saindo ambos de mãos dadas em direção ao carro, pois ele havia se
oferecido para leva-la em casa. Ela pediu para deixa-la próximo, pois seus
familiares, principalmente seu pai, tinham um cuidado louco com ela e vigiavam
seus comportamentos.
Se
despediram já com beijinhos no rosto e marcaram para sair a noite para jantar
em um restaurante de luxo que encheu Telma de alegria!
Como
combinado, as 20 horas ele foi apanha-la no mesmo lugar que a havia deixado a
tarde e seguiram para o “Le Poivre”, jantaram, tomaram um gostoso vinho, licor
digestivo e, depois de de um papo delicioso, sempre se conhecendo mais, Juvenal
pagou a conta com seu cartão Master Card Diamante (sem limite), saíram e foram
para o carro.
Durante
o percurso, ela já descansava sua cabeça no ombro dele e já trocavam beijinhos
de namorados. Foi quando ele falou: Posso ir para onde estou pensando e com
desejo?
Para
sua surpresa, ela respondeu com a maior doçura: Estou em suas mãos, pode fazer
o que deseja!
Prontamente,
já excitado com o jeito lascivo de Telma, seguiu direto para o Motel Carinhoso,
que era o mais luxuoso na época.
Sem
que seja preciso tecer detalhes, tranzaram no maior frenesi e chamego, mesmo
ela dizendo e comprovando que era virgem. Mas, naquela altura, seria impossível
não acontecer o que era desejo dos dois!
Saíram
felizes aos beijos e abraços, ela dizendo que tinha adorado ele, mas, devido a
sua situação de casado, para não apaixona-la, seria melhor que não mais se
encontrassem ficando uma linda lembrança nos corações de ambos. Ela foi tão
incisiva que, infelizmente, não deu oportunidade a Juvenal de não acatar a sugestão!
Foi
aí que aconteceu o inesperado. Telma ficou grávida e foi procura-lo, bastante
preocupada. Ele a acalmou e fizeram um bom acordo que a satisfez e lhe deu
certa tranquilidade.
Telma
falou para seus pais sobre a gravidez, contou a verdade, e disse quem era o pai
da criança. Seu pai, revoltadíssimo, falou que ela levasse ele até sua casa,
pois queria conversar sobre essa situação bastante desagradável. Telma disse
que ele não tinha culpa que ela também desejou que acontecesse, etc., mas, seu
pai estava irredutível.
Assim
sendo, Juvenal foi chamado e foi com ela até a presença dos pais. Professor
Affonso, pai dela o olhava com uma ferocidade terrível, notando-se, claramente,
que se pudesse o mataria!
Juvenal,
afim de amenizar o ambiente constrangedor, falou pra o pai: O senhor está
bastante zangado, mas eu fiz um acordo com ela e ela concordou, afim de
solucionar a questão.
-O
senhor pode dizer que acordo foi esse? Vociferou o professor Affonso!
Combinamos
que se fosse um menino eu daria uma fazenda de gado com 200 novilhas e mais uma
caminhonete para o capataz que iria cuidar. E se fosse uma menina eu daria uma
linda casa com piscina, 3 suítes, um automóvel e uma quantia boa na poupança. Affonso
ouvia com os olhos arregalados e meio assustado!
-Mas,
se ela perdesse a criança tendo um aborto eu não daria nada!
Foi
quando Affonso rapidamente levantou-se e disse: Nada disso seu Juvenal. Se ela
perder a criança, o senhor vai ter que “comer” ela novamente!
Todos
sorriram, pegaram uma garrafa de champanhe e foram comemorar a vinda do netinho
querido.
Affonso,
pegou, carinhosamente, a filha no colo e disse: Se cuide viu moça, Nada de sair
nas ruas para pegar a tal da coronavírus!
Essas
são coisas dessa vida louca que vivemos!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-Agral-antonio da agral26@hhotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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