Antonio
Nunes de Souza*
Estamos às
vésperas de uma possível grande guerra mundial, sendo o grande estopim os
Estados Unidos da América! Vivemos o ano de 2071, depois de passados dezenas de
anos das eleições para presidente, vencida pelo negro Barack Obama, provocando
uma guinada jamais esperada num país com a tradição racista das mais fortes no
mundo.
Provavelmente,
a escolha desse homem para governar o país naquela época, que sempre foi
considerado a maior potencia mundial, deveu-se a insatisfação do povo
americano, imaginando que uma mudança radical seria a solução para resolver
seus problemas, causada pela própria prepotência e arrogância enraizada no
patriotismo dos ditos super homens.
Assim
pensando, elegeram o primeiro negro para habitar a casa branca em 2008,
começando a nova era, onde os afros descendentes passaram a ocupar um espaço
que, por muitos anos, não tinham nem nas escolas e nem em quase lugar nenhum
descente, excetuando a cozinha.
Começamos a
ver e sentir de perto, que o negro não é apenas bom nos esportes, danças,
músicas, etc., como se pensava e era difundido nas escolas. Assim que tiveram
oportunidades, conseguidas com muita luta e perseverança, foram chegando pelas
beiradas e, num piscar de olhos, passaram a ocupar lugares e cargos de
destaques mundiais, mostrando a capacidade de uma brilhante raça, jamais
prestigiada em todo mundo, graças ao imbecil preconceito racial que,
estupidamente, supõem que a cor da pele ou cabelos lisos aumenta o QI das
pessoas.
Então,
décadas atrás, depois que o Presidente Obama iniciou uma conscientização e
união dos povos, para que todos fossem beneficiados uniformemente, mesmo com a
resistência de uma grande parte da população, isso foi conseguido
progressivamente nos seus oito anos de governo e o mesmo número de atentados
contra sua vida.
Se os negros
já tinham seus valores através do esporte, dança, música e, com destaque, o
cinema, normalmente foram aumentadas suas cotações preferenciais afetivas,
ampliando, significativamente, o nascimento de mulatinhos e sararás, dando uma
alavancada espetacular na miscigenação americana.
Não raro
encontrarmos babys pretinhos com olhos azuis, verdes, violetas, alguns até com
cabelos lourinhos e lisos (esses últimos são raros, pois, o cabelo pixaim, meu
irmão, é forte demais). Nessa época já começava a nova era americana e o
fortalecimento do negro no continente, uma vez que foram ampliadas as ajudas aos
países africanos e a entrada para estudantes e estagiários nos States foi uma
dádiva para os que chegavam e, consequentemente, reforçava a já maioria da nova
raça que surgia no país. Para nós brasileiros isso não constituiu nenhuma
novidade, pois, desde o descobrimento, que misturamos raças mais do que feijão
com arroz ou café com leite. Mas, para os americanos, em geral cheios de
preconceitos, foi uma novidade aceita aos poucos, ou forçosamente, pela
realidade dos fatos.
Os
presidentes que sucederam Barack Obama, excetuando um tal de Trump, acompanharam
a sua política e, nessas décadas, os negros ampliaram seus poderes, direitos,
respeito e população. Se olharmos hoje numa visão panorâmica no Central Parque,
raramente poderemos visualizar um branco, em virtude dos nascimentos de
mestiços que, pela força do poderio da raça, deixa seus traços bem delineados
nas características.
E, não sei
se por vingança ou necessidade, já que a Europa tornou-se decadente, e o
dinheiro do mundo centralizado nos States e os negros já não queriam mais se
submeter aos serviços domésticos ou subempregos, alguém teve a triste idéia de
aproveitar a situação e explorar a escravidão de brancos que, lamentavelmente,
transformou-se em uma antiga África em função da fome e da miséria.
Já em 2067,
sorrateiramente, a marinha americana começou a trazer europeus para realizar
trabalho escravo, escudando-se em declarações que estavam ajudando um povo que
sofria e decadente. E, de 2068 em diante, era comum chegar diariamente nos
portos, navios carregados de brancos, denominados de “Navios Branqueiros”.
Talvez uma alusão aos nossos antigos e trágicos navios negreiros.
Na verdade
não havia os maus tratos de senzalas, chicotadas, etc., mas, o trabalho era
duro, fiscalização policial forte e, aqueles que não estivessem correspondendo nas
funções, eram duramente penalizados.
Felizmente,
depois de reuniões confidenciais constantes entre todos os países do mundo (já
que através da UNO seria inviável), programaram uma invasão armada, no sentido
de conseguir sair do julgo dos Estados Unidos, agora liderados pelos pretos
detentores das maiores fortunas e os mais elevados cargos. Em qualquer empresa
pública ou estatal seus presidentes e diretores são todos negros, mulatos e
sararás. Aos brancos são reservados os cargos de terceiros e quartos escalões,
mesmo assim os nascidos e legalizados no país. Aos brancos importados da Europa
são destinados os serviços de faxina em geral.
Nossa
preocupação nesse momento é que, a qualquer hora em 2072, poderemos ver nos
céus aviões bombardeando Washington e Nova Yorque e o pânico reinando em todo
mundo, já que os interesses são grandes e existem solidariedades divididas para
ambos os lados.
Lamentavelmente,
seja o que Deus quiser! Então poderemos dizer, literalmente, que as coisas estarão
pretas!
*Escritor-Membro da Academia
Grapiúna de
Letras-AGRAL-Antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com