Antonio
Nunes de Souza*
Certos regimes, principalmente os de esquerda, fazem apologia ao
monopólio estatal. Mas, a história tem provado que o capital privado e a
liberdade de mercado são fatores preponderantes nos desenvolvimentos
industriais, comerciais e tecnológicos, proporcionando uma concorrência que,
sem sombras de dúvidas, traz benefícios às comunidades, pois, as empresa
procuram investir em tecnologias e pesquisas no sentido de melhor atender as
necessidades e demandas e, consequentemente, oferecer aos consumidores preços
mais competitivos, melhor qualidade e fazendo frente aos concorrentes.
A interferência do governo deve ser de órgão fiscalizador, coibindo a
instituição de cartelismos, assim como, não singularizar concessões,
principalmente de serviços essenciais, para que os usuários tenham opções e não
sejam obrigados a explorações contínuas.
Tomando nosso país como exemplo, infelizmente, praticamente todas as
empresas estatais são deficitárias, excetuando pouquíssimas que se destacam
internacionalmente (Petrobrás. Correios, Embratel e Embraer), aliadas a outras
de menores expressões. Entretanto, temos que observar que, os resultados
negativos alcançados nas empresas governamentais, são proporcionados pelas
interferências políticas em suas administrações, uma vez que, geralmente, são
presididas e dirigidas por homens sem as qualificações técnicas necessárias,
pesando para tanto o prestígio político/partidário.
Acredito que, se tivéssemos uma cultura com maior desenvoltura de
cidadania e compromisso com nosso país, os homens olhassem a empresa pública
como um patrimônio de todos, gerindo e trabalhando com dignidade, os resultados
seriam bastante expressivos, já que a lucratividade beneficiaria toda nação.
Mas, pela falta de esclarecimento, educação, vícios, etc., a grande maioria
encara as estatais como “é do governo” e não desenvolvem um comportamental
digno e trabalhando com produtividade. Suponho ser quase impossível mudar essa
mentalidade secular.
O maior exemplo que temos de economia aberta no mundo é a dos Estados
Unidos. Altamente capitalista, o investimento privado é visto em todas as
vertentes, as possibilidades estão ao alcance de todos, mas, mesmo com leis e
regras bastante rigorosas, estamos vendo atualmente resultados estarrecedores
no seu universo financeiro, abalando, praticamente todos os países, já que
vivemos regidos pelo dólar. A experiência européia com o euro, já começou a dar
problemas (vide a Grécia) que abalaram, totalmente, o mundo financeiro e, com
essa abertura de socorro, abriram-se precedentes para outros países, que nas
necessidades, sejam também atendidos com trilhões de euros na busca da
salvação, se não arrasta todos para o abismo.
Esse exemplo é um paradoxo para nossa opinião, porém, também contradiz
com uma série de conceitos e argumentações de homens como Karl Marx, Keynes e
outros que formataram fórmulas e conceitos miraculosos e, na prática, não
funcionaram ou apenas funcionam em parte, graças aos motivos acima expostos.
Lamentavelmente, o problema não são as instituições ou regras
estabelecidas. São, simplesmente, os homens e suas ganâncias de poder!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga;blospot.com
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