Antonio
Nunes de Souza*
Já
que estamos próximo da comemoração do “Dia das Mães”, amanheci hoje inspirado e
decidido a escrever algo substancial a respeito desses benditos seres que tanto
nos amam!
Vale
começar com lembranças maravilhosas da minha querida Santo Amaro da
Purificação, cidade que, comprovadamente. É bastante ligada as artes, cultura e
literatura!
Lembro-me
claramente que há sessenta e cinco anos, tínhamos a alegria e curiosidades de
ir ao cinema local, que também era nosso teatro, ver e ouvir concertos musicais
e apresentações de poetas e cordelistas itinerantes que faziam declamações de
uma torrente de lindos poema, deixando todos embevecidos e, logicamente, mais
cultos!
Nos
meus 12 anos de idade, vi, ouvi e aprendi o meu primeiro poema, que me chamou a
atenção, que diz assim:
Não
entendo, não entendo!
Pelas ruas da cidade
Pelas ruas da cidade
Havia um louco dizendo:
Com toda sinceridade
Com toda sinceridade
Não
entendo, não entendo!
As casadas sempre puras
As
viúvas procedem bem
As
mocinhas coitadinhas
De
donzelas o nome tem!
No
entanto os asilos
De
pequeninos vão enchendo,
De
quem são esses meninos?
Não
entendo, não entendo!
Pode-se
perceber que, curiosamente é um pequeno poema, com uma grande verdade, que,
mesmo passados todos esses anos, continua completamente atual. Pena que não
lembro-me do autor!
Então...para
todas essas mães, que em circunstâncias diversas ou adversas tiveram seus
filhos, por inocência, pureza, facilidade, desejo, ou foram levadas a maternidade,
que todas foram e são dignas, pois, aquelas que por necessidades, desesperos,
ou falta de apoios e solidariedades, deixaram seus filhos nas ruas e nos asilos
públicos, com certeza absoluta, sofreram e sofrem até hoje por não terem podido
ser mães presentes e embalarem em seus colos as suas crianças!
Para
as guerreiras, lutadoras e corajosas, que duramente enfrentaram todas as
adversidades, pobreza e desamparo, mas, com desejo, força e capricho venceram
essas difíceis etapas, dou meu abraço de parabéns com grande admiração e
respeito!
Peço
permissão à todas as mães, para dedicar essa crônica a minha querida e adorada
mãe que, atropelando todos esses sacrifícios, lutou bravamente, sofrendo as
agruras do inferno e criou com meiguice seus nove filhos, como se diz
popularmente: “Como uma galinha, que até hoje abre suas asas e protege seus
queridos pintinhos!”
Para
minha adorada mãe, Dona Alice, meus respeitos, meus carinhos, meus
reconhecimentos e meu grande orgulho de ter você como minha querida mãe que,
como prêmio divino Deus lhe premiou com a amplidão de sua linda vida, cheia de
doces e amargas passagens com os noventa e nove anos de idade que você tem,
lúcida e feliz junto a todos os seus maravilhosos filhos, netos e bisnetos.
Minha
querida mãe, você para mim nunca teve somente um dia, pois, todos os dias sinto
você aconchegada em meu coração! Mil beijos do seu querido filho Antonio, que
você com muito amor me chamava de “paizinho”!
Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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