quinta-feira, 26 de março de 2020

APROXIMA-SE O DIA DAS MÃES!


Antonio Nunes de Souza*

Já que estamos próximo da comemoração do “Dia das Mães”, amanheci hoje inspirado e decidido a escrever algo substancial a respeito desses benditos seres que tanto nos amam!
Vale começar com lembranças maravilhosas da minha querida Santo Amaro da Purificação, cidade que, comprovadamente. É bastante ligada as artes, cultura e literatura!
Lembro-me claramente que há sessenta e cinco anos, tínhamos a alegria e curiosidades de ir ao cinema local, que também era nosso teatro, ver e ouvir concertos musicais e apresentações de poetas e cordelistas itinerantes que faziam declamações de uma torrente de lindos poema, deixando todos embevecidos e, logicamente, mais cultos!
Nos meus 12 anos de idade, vi, ouvi e aprendi o meu primeiro poema, que me chamou a atenção, que diz assim:

Não entendo, não entendo!

Pelas ruas da cidade
Havia um louco dizendo:
Com toda sinceridade
Não entendo, não entendo!

As casadas sempre puras
As viúvas procedem bem
As mocinhas coitadinhas
De donzelas o nome tem!

No entanto os asilos
De pequeninos vão enchendo,
De quem são esses meninos?
Não entendo, não entendo!

Pode-se perceber que, curiosamente é um pequeno poema, com uma grande verdade, que, mesmo passados todos esses anos, continua completamente atual. Pena que não lembro-me do autor!

Então...para todas essas mães, que em circunstâncias diversas ou adversas tiveram seus filhos, por inocência, pureza, facilidade, desejo, ou foram levadas a maternidade, que todas foram e são dignas, pois, aquelas que por necessidades, desesperos, ou falta de apoios e solidariedades, deixaram seus filhos nas ruas e nos asilos públicos, com certeza absoluta, sofreram e sofrem até hoje por não terem podido ser mães presentes e embalarem em seus colos as suas crianças!
Para as guerreiras, lutadoras e corajosas, que duramente enfrentaram todas as adversidades, pobreza e desamparo, mas, com desejo, força e capricho venceram essas difíceis etapas, dou meu abraço de parabéns com grande admiração e respeito!

Peço permissão à todas as mães, para dedicar essa crônica a minha querida e adorada mãe que, atropelando todos esses sacrifícios, lutou bravamente, sofrendo as agruras do inferno e criou com meiguice seus nove filhos, como se diz popularmente: “Como uma galinha, que até hoje abre suas asas e protege seus queridos pintinhos!”
Para minha adorada mãe, Dona Alice, meus respeitos, meus carinhos, meus reconhecimentos e meu grande orgulho de ter você como minha querida mãe que, como prêmio divino Deus lhe premiou com a amplidão de sua linda vida, cheia de doces e amargas passagens com os noventa e nove anos de idade que você tem, lúcida e feliz junto a todos os seus maravilhosos filhos, netos e bisnetos.
Minha querida mãe, você para mim nunca teve somente um dia, pois, todos os dias sinto você aconchegada em meu coração! Mil beijos do seu querido filho Antonio, que você com muito amor me chamava de “paizinho”!

Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com


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