Antonio
Nunes de Souza*
Meu querido rio
Cachoeira,
Leito forrado de
pedreira,
Águas fétidas cortando a
cidade.
Hoje é apenas uma
lembrança,
Da minha juventude e
infância,
Que tristemente deixa
saudade!
Ah! Meu rio Cachoeira,
Tornou-se apenas uma
asneira,
Muito longe do que era
antes.
Resta-lhe uma correnteza
imunda,
Que nem si quer é
profunda,
Nada como as lembranças
distantes!
Que saudade sinto do meu
rio,
Ao vê-lo podre e vazio,
Fétido e abandonado.
Ninguém toma
providências,
É desprovido de
consciências,
Esse governo cego e
desalmado!
Sofro um sentimento
profundo,
De ver meu rio tão
imundo,
E cada dia piorando.
Não se vê cardumes
variados,
Os peixes todos
contaminados,
Nas suas águas se
sufocando!
Por que o homem faz essa
besteira,
Não enxerga a grande
asneira,
Nem se preocupa com o
futuro?
Será preciso que Deus lhe
ilumine mais,
Para que ele se torne
capaz,
De um comportamento menos
escuro?
Choro lágrimas salgadas,
Vendo em todas as
estradas,
Nenhum caminho de solução.
Sinto uma grande dor no
peito,
De ver esse lindo leito,
Transformando-se em um
lixão!
*Escritor – Membro da
Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagra26@hotmail.com-antoniomaanteiga.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário