Antonio
Nunes de Souza*
Essa
minha história é verdadeiramente acontecida. Foi depois que meu ex marido
arranjou uma outra mulher, e passou até a dormir fora, não me respeitando mais
como sua esposa.
Eu
chorava bastante sem saber que atitude tomar, uma vez que não tinha me
preparado para algum trabalho e estudei apenas o segundo grau. E, como poderia sobreviver sozinha?
Felizmente, mesmo com três anos de convivência, não tivemos filhos.
Como
eu não tomava nenhuma decisão, ele, grosseiramente, resolveu se separar e
voltar para sua terra. E, como éramos pobres, não tinha nada de patrimônios
para dividir, ele partiu, deixando-me na pequena casa, com dois meses de
aluguel pagos! Fiquei completamente desesperada sem saber o que fazer, pois,
não tenho pais e minha família de parentes são do Mato Grosso, e vim para a
Bahia em função do trabalho do meu ex. Também não queria voltar, dando o braço
a torcer, pois todos foram contra o meu rápido casamento, com quatro meses de
namoro!
Desiludida
e assombrada com a minha nova situação, resolvi sair, ao cair da tarde, para
espairecer um pouco a cabeça. E, andando pela rua, passei em frente a uma
igreja adventista, onde todos estavam cantando saudando Jesus. Parei e, como se
fosse um passe de mágica, algo me fez entrar e participar daquele culto,
aproveitando para pedir a Deus um caminho para minha salvação!
Fiquei
até o final, fiz algumas orações da minha religião católica e, sem me
controlar, comecei a chorar copiosamente, inclusive soluçando. Nisso o pastor
ia saindo, e vendo-me no desespero, aproximou-se e me levou para sacristia, ou
escritório da igreja. Fui, maquinalmente, parecendo que estava completamente
fora de mim. Ele colocou-me sentada, pegou um copo de água para mim e, depois
de uns cinco minutos, que eu já estava mais calma, ele perguntou o que estava
se passando comigo. Eu, no desespero que estava, mesmo sem conhece-lo, botei
pra fora todo meu drama. Ele ouviu calado e depois disse para mim: Venha amanhã
para o culto, que farei hoje muitas orações para você!
Levantei-me
e agradeci despedindo-me, e segui de volta para casa. Não sei se foi
imaginação, mas, sentia-me mais aliviada, na esperança de que algo de bom iria
me acontecer!
Atendendo
ao pastor, no dia seguinte estava eu lá na igreja participando dos cânticos e
das orações. Fiquei bem na frente, fazendo com que o pastor me visse. Duas
horas depois, terminou o oratório, o pastou fez um sinal que eu ficasse.
Aguardei a saída de todos e aí ele se aproximou, me deu um abraço, perguntou se
eu estava mais calma, etc., então falei que estava com fé em Deus para minhas
soluções. Então, ele falou: Deus já lhe contemplou minha filha. A moça que
fazia a limpeza e arrumação da igreja viajou para morar em outra cidade e essa
vaga eu vou dar para vc. Ganhará um salário mínimo e uma ajuda para transporte,
além de uma sexta básica. Vibrei de felicidade, principalmente quando ele disse
que eu começaria no dia seguinte. Não me contive e as lágrimas desceram pela
face!
O
resultado é que, com esse trabalho, eu estava sempre junto com o pastor e aí
não deu outra: começamos a namorar! Ele era solteiro, mesmo sendo um pouco mais
velho, mas, ainda uma pessoa bonita, simpática e carismática!
Estou
hoje sendo a tesoureira da igreja, controlo os dízimos, e meu marido pastor
recebe da igreja principal, quarenta por cento da arrecadação, que eu já retiro
antes de remeter para a matriz, colocando em nossa conta conjunta!
Sinceramente,
mesmo com as arrecadações exorbitantes através de dízimos, não posso falar mal
das igrejas evangélicas, pois, com a arrecadação principal, ela ajuda a muitas pessoas,
principalmente as casas pias, escolas e hospitais!
Posso
lhe dar um conselho sábio: “Quando você estiver com problemas graves, tenha fé
em Deus que Ele lhe ajudará!”
As
soluções virão “TUDO EM NOME DE JESUS!”
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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