Antonio
Nunes de Souza*
Desde
menina que tive vontade de ser médica. Até nas minhas brincadeiras gostava de
imitar um hospital, onde atendia, fazia falsos curativos e receitava a turma de
meus amigos. Era divertido e, ao mesmo tempo, ia enraizando a minha ideia de
ser doutora!
Fui
crescendo, até que chegou o dia de fazer vestibular, e eu tinha me preparado
bastante, mas, sabe como é, o vestibular sempre prega uma peça aos alunos mais
bem preparados. Então...como eu não esperava, perdi a droga do exame e, puta da
vida, como havia ainda uma opção para enfermeira, resolvi fazer e, graças a
Deus passei tranquila! Durante o curso fui sentindo e percebendo, que os
médicos nos plantões que tínhamos de participar como treinamento, normalmente tentavam
nos seduzir, as vezes nos alisando, ou até nas passagens dentro das salas,
simplesmente passavam se esfregando em nossas bundas. Isso eles faziam com
todas. No princípio achávamos estranho, porém pela timidez normal, ficávamos
caladas e, como não estivéssemos percebendo, deixávamos eles a vontade.
Logicamente, com o tempo, fomos ficando mais liberais e começamos, de vez
enquanto, dar uma saída noturna com alguns deles!
Aí
fui percebendo que esse procedimento era normal, não só entre médicos e
enfermeiras como também, entre os próprios médicos. Era uma liberdade sexual
incrível. Obviamente, haviam algumas exceções como em tudo na vida. Mas, as
sacanagens entre alunos, médicos e enfermeiras, aconteciam com uma constância
impressionante. Porém, todos eram discretos e, geralmente, não se comentava
sobre o assunto. Um verdadeiro “come quieto” para eles e dar “quietinho” para
nós. Percebi com o tempo, que era um comportamento normal, devido aos
relacionamentos dentro dos hospitais e postos de atendimentos. Claro que não só
os médicos gostavam, como nós também. Saímos, jantávamos fora, teatros,
cinemas, praias, etc., mas, sempre terminava numa transa gostosa e sem maiores
compromissos!
Me
formei e fui trabalhar na capital em um grande hospital do estado e, para minha
surpresa, a sacanagem era a mesma, ou para ser sincera, era bem maior. Lógico
que me adaptei tranquilamente, uma vez que passei a adorar uma transa gostosa
sem maiores compromissos. Às vezes eu transava com alguns casados. Mas, para
mim pouco importava. O importante era eu gozar bem e desfrutar de saídas
maravilhosas. Ainda jovem, com vinte e seis anos, podia me dar ao luxo de
participar desses programas, sem preocupações!
Terminei
conhecendo um homem legal, começamos a namorar, ele não era da minha área, era
advogado.
Com
um ano resolvemos nos casar. Mas, na condição de que eu continuaria trabalhando
no hospital. Tudo combinado, continuo com minhas atividades e, talvez por obra
do destino, continuo dando minhas saídas com os médicos, transando em motéis,
ou em seus apartamentos, conciliando assim meu casamente e as minhas aventuras
sexuais. Sinceramente, não consigo me conter. Mas, sou muito feliz no
casamento. Meu marido Alberto me adora, e estamos programando nosso primeiro
filho!
Não
sei se esse hábito e costume existe em todos os hospitais, porém, o que estudei
e o que trabalho, as sacanagens são uma constante!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antonioda
agral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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