Antonio
Nunes de Souza*
É
sabido por todos que a utilização do corpo de maneira comercial, ou financeira,
data de milhares de anos, senda a grande ascensão na Roma antiga, graças as
nababescas festas e urgias programadas e patrocinadas pelos Césares e seus
protegidos milionários!
Quem
não se dedicou a ler a história, certamente deve ter visto filmes da época que
os romanos comandavam o mundo e, seguramente, viram as danças, apegos,
acasalamentos e todos os tipos de libertinagens, principalmente quando venciam
batalhas, recebiam personalidades importantes, ou mesmo como diversões
rotineiras!
As
mulheres bonitas da época eram requisitadas, muitas vezes iam a contragosto.
Sendo que, uma maioria sentia-se feliz e agraciada por estar no meio dos
importantes e, para eles, dariam seus corpos cheios de encantos e prazeres!
Umas
acreditavam, e algumas vezes ocorria, que um dos chefões abastados colocar uma
como sua concubina, ou amante, dando-lhe muitas joias, roupas e uma casa
luxuosa com direito até a escravos serviçais!
Na
nossa monarquia já foi diferente. As relações sexuais extra conjugais eram mais
sigilosas, o pessoal da corte tinham suas amantes em segredo, as mulheres eram
mais recatadas.
E,
quando passou o tempo e veio a república, começaram a aparecer as casas de
tolerâncias denominadas de “castelos”, ficando algumas bastante conhecidas como:
Casa de Noca, Casa de Irene, Casa de Mãe Joana e outras dezenas mais, sempre
usando o nome da cafetina. Mas, não deixaram de aparecer as mais populares
destinadas ao público de menores posses, com mulheres de segunda classe, que
eram conhecidas como “puteiro, ou mangue”!
Com
a grande modernização, as aberturas de mentes, as necessidades de manutenção,
possibilidades de ter uma formação profissional, e algumas por safadeza mesmo,
passou a existir a profissão que não precisa de formação, denominada: “garota
de programa”!
Hoje,
não sei se felizmente, ou infelizmente, deixo ao critérios dos senhores, por
cinquenta reais acima pode-se ter uma “garota de programa”, sendo que o cachê
vai aumentando em função das características físicas, se forem bailarinas de
tv, artistas, manequins, etc. Para os privilegiados, tem mocinhas até de mil e
quinhentos para viagens, passeios, ou festas de arromba nos fins de semana!
O
fato é que essa modalidade de comércio do corpo, já está mais que fixada em
nossa vida moderna. Não creio que esse tipo de trabalho venha ser minimizado.
Ao contrário, suponho que será bastante ampliado e, como em alguns países ditos
civilizados essa profissão é oficializada, provavelmente, assim como é encarada
como normal, nós também a tornaremos oficial em breve!
Sinceramente
eu não sei se isso é progresso, ou regresso!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteig.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário