quarta-feira, 31 de julho de 2019

SERIA VOCÊ UM POLICIAL?

Antonio Nunes de Souza*

Essa pergunta poderia ser feita em uma pesquisa nacional que, seguramente, 90% das pessoas entrevistadas diriam que não!
Essa é uma realidade incontestável, já que uma parte não teria coragem de arriscar suas vidas em benefícios de outros, e a outra parte alegaria que os salários são baixos e aviltantes, para que se possa enfrentar perigos!
Então, chegamos a um denominador que, felizmente, muitos homens e mulheres que se dedicam a essa honrosa profissão, arriscando suas vidas e em algumas ocasiões, também das suas famílias são, indubitavelmente, verdadeiros heróis!

Sempre que casos esporádicos acontecem, que lamentavelmente existem óbitos, imediatamente vem a culpa em primeiro lugar para a polícia, com alegações que já chegaram atirando e matando inocentes, não levando em conta que eles estavam tentando prender marginais perigosos e, se não atirassem com rapidez, poderiam ser atingidos mortalmente.
É difícil raciocinar que são fatos isolados, e que em todas as guerras, infelizmente, morrem inocentes. E, seguramente, estamos todos enfrentando uma batalha contra facções de bandidos fortemente armados, que dominam o terrorismo e as drogas em todo mundo.
Se olharmos por esse ângulo, teremos a consciência de que ser policial é ser corajoso, destemido e, sem medo, enfrentar os maiores perigos e são em algumas ocasiões, assassinados em suas próprias casas na frente de filhos e esposa. Ações de bandidos, como represálias por terem capturados companheiros de quadrilhas.
Portanto, devemos ser mais justos e complacentes com os policiais, dando apoio e respeito, uma vez que, não fossem eles, estaríamos todos brutalmente ameaçados nas mãos das enxurradas de bandidos, assaltantes e criminosos!
Por essas razões é que tenho a ousadia de perguntar:
“SERIA VOCÊ UM POLICIAL?”

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

terça-feira, 30 de julho de 2019

TUDO EM NOME DE JESUS!

Antonio Nunes de Souza*

Essa minha história é verdadeiramente acontecida. Foi depois que meu ex marido arranjou uma outra mulher, e passou até a dormir fora, não me respeitando mais como sua esposa.
Eu chorava bastante sem saber que atitude tomar, uma vez que não tinha me preparado para algum trabalho e estudei apenas o segundo grau.  E, como poderia sobreviver sozinha? Felizmente, mesmo com três anos de convivência, não tivemos filhos.
Como eu não tomava nenhuma decisão, ele, grosseiramente, resolveu se separar e voltar para sua terra. E, como éramos pobres, não tinha nada de patrimônios para dividir, ele partiu, deixando-me na pequena casa, com dois meses de aluguel pagos! Fiquei completamente desesperada sem saber o que fazer, pois, não tenho pais e minha família de parentes são do Mato Grosso, e vim para a Bahia em função do trabalho do meu ex. Também não queria voltar, dando o braço a torcer, pois todos foram contra o meu rápido casamento, com quatro meses de namoro!
Desiludida e assombrada com a minha nova situação, resolvi sair, ao cair da tarde, para espairecer um pouco a cabeça. E, andando pela rua, passei em frente a uma igreja adventista, onde todos estavam cantando saudando Jesus. Parei e, como se fosse um passe de mágica, algo me fez entrar e participar daquele culto, aproveitando para pedir a Deus um caminho para minha salvação!
Fiquei até o final, fiz algumas orações da minha religião católica e, sem me controlar, comecei a chorar copiosamente, inclusive soluçando. Nisso o pastor ia saindo, e vendo-me no desespero, aproximou-se e me levou para sacristia, ou escritório da igreja. Fui, maquinalmente, parecendo que estava completamente fora de mim. Ele colocou-me sentada, pegou um copo de água para mim e, depois de uns cinco minutos, que eu já estava mais calma, ele perguntou o que estava se passando comigo. Eu, no desespero que estava, mesmo sem conhece-lo, botei pra fora todo meu drama. Ele ouviu calado e depois disse para mim: Venha amanhã para o culto, que farei hoje muitas orações para você!
Levantei-me e agradeci despedindo-me, e segui de volta para casa. Não sei se foi imaginação, mas, sentia-me mais aliviada, na esperança de que algo de bom iria me acontecer!
Atendendo ao pastor, no dia seguinte estava eu lá na igreja participando dos cânticos e das orações. Fiquei bem na frente, fazendo com que o pastor me visse. Duas horas depois, terminou o oratório, o pastou fez um sinal que eu ficasse. Aguardei a saída de todos e aí ele se aproximou, me deu um abraço, perguntou se eu estava mais calma, etc., então falei que estava com fé em Deus para minhas soluções. Então, ele falou: Deus já lhe contemplou minha filha. A moça que fazia a limpeza e arrumação da igreja viajou para morar em outra cidade e essa vaga eu vou dar para vc. Ganhará um salário mínimo e uma ajuda para transporte, além de uma sexta básica. Vibrei de felicidade, principalmente quando ele disse que eu começaria no dia seguinte. Não me contive e as lágrimas desceram pela face!
O resultado é que, com esse trabalho, eu estava sempre junto com o pastor e aí não deu outra: começamos a namorar! Ele era solteiro, mesmo sendo um pouco mais velho, mas, ainda uma pessoa bonita, simpática e carismática!
Estou hoje sendo a tesoureira da igreja, controlo os dízimos, e meu marido pastor recebe da igreja principal, quarenta por cento da arrecadação, que eu já retiro antes de remeter para a matriz, colocando em nossa conta conjunta!
Sinceramente, mesmo com as arrecadações exorbitantes através de dízimos, não posso falar mal das igrejas evangélicas, pois, com a arrecadação principal, ela ajuda a muitas pessoas, principalmente as casas pias, escolas e hospitais!
Posso lhe dar um conselho sábio: “Quando você estiver com problemas graves, tenha fé em Deus que Ele lhe ajudará!”
As soluções virão “TUDO EM NOME DE JESUS!”
*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

segunda-feira, 29 de julho de 2019

GOLPE DA PERIGUETE!

Antonio Nunes de Souza*

Já cansada de trabalhar em balcão de loja, comecei a arquitetar um plano, que me daria uma vida melhor, mais segurança e, consequentemente, melhores condições sociais.
Sempre fui uma mulher esperta, tive muitos namorados, mas, sempre caras que só se preocupavam em transar, sem pensar em compromissos matrimoniais. Eu, por minha vez, também não ligava porra nenhuma. Pensando, com meus 25 anos, apenas em curtir minhas noites e fins de semana!
Aí, sagazmente, pensei em arranjar um coroa com grana e, iludindo-o com amor, passar a desfrutar de uma situação privilegiada. Esse golpe é por demais conhecido, mas, os coroas nas suas solidões, sempre acreditam que ainda estão sedutores e, normalmente, caem feito uns patinhos!
Passando o tempo, eu com minha ideia formada na cabeça, comecei a observar mais os idosos, sempre dando um pouco de “mole” para aqueles que eu via pelos trajes e aparências, poderiam ser minha presa.
Foi quando surgiu em nossa loja um cavalheiro super requintado, querendo fazer uma compra de uma camisa. Era até charmoso, vestido com classe, cabelos grisalhos e olhos verdes. Sinceramente, um velho gato, ou um gato velho!
Comecei a atende-lo trazendo várias camisas para ele escolher e, sorrateiramente, as vezes que ele olhava uma, eu pegava em sua mão bem delicadamente, como se estivesse abrindo para mostrar-lhe melhor. Trocamos as conversas normas de cliente e vendedora, sempre eu me desdobrando em sorrisos, que ele percebeu que eu estava no papo. E eu, também preocupada, imaginando se ele estava no meu papo. Uma dúvida dupla! rs rs 
Ele comprou duas camisas e sem pestanejar, me convidou para jantar. Claro, mesmo fazendo um biquinho, aceitei, já sentindo que a coisa ia dar “samba”! Ele agradeceu, e marcamos para as 19 horas me pegar no shopping.
Saímos, jantamos, conversamos muito, e ele me disse que trabalhava com exportação. Cheguei a tremer de alegria, pois, com certeza, eu estava com o homem certo.
Depois do jantar e duas garrafas de um bom vinho, ele me convidou para ir ao seu apartamento. Fiz um charminho, mas como estava louca para dar o golpe final, terminei aceitando, com a desculpa de “treta” que não iria demorar. Ele pagou a conta, imagine vocês, com dólares. Isso me deixou numa felicidade enorme como se estivesse ganho na mega sena!
No apartamento, louca para fazê-lo super feliz, depois de uns beijinhos começamos a grossa sacanagem, eu me desdobrando para que ele gozasse de várias maneiras, percebi que ele adorava o sexo oral, então enchi a boca gulosamente com seu membro duro e latejante, fazendo com que ele tremesse de tanto gozo. Paramos depois de uma hora, ele foi pegar uma garrafa de vinho, começamos a tomar e nos chamegarmos, sempre com as pernas entrelaçadas e, depois de meia hora, ele me pediu para virar minha bunda, e eu sempre me fazendo de pura, disse que nunca tinha feito isso, que devia doer, etc., mas, cinicamente, fui me virando e deixando ele abrir a minha bundinha e, com certo carinho, lubrificando com cuspe foi penetrando eu meu anus. Para acabar de conquista-lo, fui mexendo bem gostoso para não deixar sair, até que gozou novamente, me apertando pela cintura.
Nisso, arrombam a porta do apartamento e, quando vi, estrava no quarto a polícia federal. Nós dois nus completamente, nos deixaram vestir e o chefe do grupo falou que Alberto Meneses (esse era o seu nome) era da facção paraguaia que exportava cocaína e maconha para os Estados Unidos. E estava sendo procurado pela Interpol e a FBI.
Fomos os dois presos, me tomaram como se eu fosse sua amante e parceira nas negociações criminosas. Eu chova pra caralho, totalmente louca e desesperada gritando minha inocência, mas, o filho da puta do Alberto, nem levantava a voz para me inocentar!
Resultado é que passei 15 dias presa em selas separadas, até que esclareceram os fatos. Mas, infelizmente, saí nas páginas principais dos jornais, perdi meu emprego e fiquei puta da vida por ter me precipitado erroneamente!
Tive de mudar de apartamento por causa do vexame e a vergonha. Estou esperando a coisa amainar, para procurar um novo emprego, e nunca mais vou vacilar com velho nem novo filho da puta nenhum!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com