Antonio
Nunes de Souza*
Conversando
outro dia com Alberto Meireles, mais conhecido como Professor Betinho, filho de
um velho amigo e, para minha surpresa, fiquei sabendo de minúcias que acontecem
hoje em dia nas escolas, que me deixaram de queijo caído, dada as
circunstâncias e repetições cotidianamente, sem que sejam levadas em conta
consequências e complicações futuras!
Com
minha aguçada curiosidade, comecei a perguntar-lhe sobre os comportamentos dos
alunos, seus aproveitamentos na sua matéria (matemática), como viam a sua imagem
como bonzinho, ou carrasco, etc., tudo isso para servir de conhecimentos de
causa, através de depoimentos verdadeiros e vividos cotidianamente.
Embora
sendo ele um rapaz (30 anos) jovem e bastante reservado, porém, por ter em mim
uma confiança brutal, resolveu abrir o verbo e me contar algumas das mais
interessantes ocorrências!
Observe
bem meu amigo como as coisas fluem de uma maneira tão comum, que imagino o que
não acontece com os professores de químicas e física que são matérias mais
complicadas. Pois comigo as alunas principalmente da sétima e oitava série,
quase todas dão o maior mole, se oferecendo de todos os moldes e maneiras, suas
carícias sexuais em troca de uma boa nota. Chegam aos comportamentos de
colocarem bilhetes em meu bolso, ou na minha mesa, telefonarem, enviar mensagem
pelo celular e, as mais ousadas e desinibidas, vão em meu apartamento com a
desculpa de pedir explicações e, sem o menor medo e pudor, chegam a tirar,
literalmente, a roupa oferecendo-se para eu fazer o que desejar, tudo isso em
troca de uma boa nota!
Sinceramente,
em muitas ocasiões eu fico constrangido, corto essas invertidas graciosas e
fora do contexto normal, mas, tem também ocasiões que não resisto e termino
fazendo sexo, ou algumas sacanagens, indo até o orgasmo de ambos. Depois bate o
arrependimento, mas, já é tarde e Inês já está mortíssima!
E
veja que essas situações são constantes durante o ano, uma vez que as moças
atualmente, já consideram o sexo uma coisa normal e, usá-lo como negociação
estudantil, não deixa de ser uma boa e esperta oportunidade!
Juro
que fiquei pasmo e sem palavras mediante tal confissão. Lógico que já sabia de
algumas aventuras nessa vertente estudantil, mas, jamais com tanta tranquilidade
e numa escala tão avantajada!
Essa
é mais uma prova que as mulheres, praticamente, venceram o tabu do sexo,
taxando-o como deve ser, simplesmente uma “necessidade fisiológica”, como
comer, dormir, defecar, urinar, etc. E por que não usá-lo como troca de favores?
Essas
coisas acontecem cotidianamente e não podemos nos arvorar de condenadores, já
que tornou-se corriqueira e, quem desejar modificar, simplesmente vai ser
taxado de babaca, careta, arcaico e outros adjetivos muito mais ofensivos!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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