Antonio Nunes de Souza*
Procuro
evitar escrever sobre política, dedicando-me as minhas fantasiosas crônicas
divertidas e, muitas vezes, bastante picantes e vaginantes. Mas, como posso ver
as coisas andarem nas direções contrárias as que devem, repetindo ações
insipidas e interesseiras e, como uma normalidade, encaradas pelos políticos de
maiores capacidades e possibilidades, como atitudes bastante normais? Há
dezenas e mais dezenas de anos, os micros partidos, ou até alguns
medianos, mesmo tendo a convicção que seus candidatos jamais serão vencedores
pela falta de apoios, verbas publicitárias, prestígios e conhecimentos
pessoais, etc., mesmo assim, fazem suas festinhas de divulgação na mídia, pois,
com isso, os prováveis candidatos que, realmente, são possível de se elegerem,
procurá-los para que desistam das enganosas e espertas ideias, dando seus
apoios, tempos de TV, rádios, etc. e, em troca, alguns cargos, muitas vezes até
de secretarias, dependendo das “balas na agulha” que tenha tais figuras ou
representatividades dos seus partidos!
Muito
embora achando essa atitude oportunista e mais mercantil que pensando nos
benefícios do povo, podemos até suportar, já que está tão sedimentada e
enraizada no contesto público e político, que excluí-la, somente com o tempo e,
quando tivermos uma leva de políticos com mais caráter e interesses, que os
atuais. Porém, que pelo menos, numa atitude corajosa e para o bem da
comunidade, cidade ou estado que vai dirigir e administrar, esses cargos sejam
combinados que serão preenchidos por pessoas técnicas, qualificadas,
competentes comprovadamente e dignas para ocuparem suas funções. Que esse OK
seja, categoricamente exigido, deixando fora as nomeações de esposas, filhos,
amantes, genros, amigos, ou partidários sem qualificação, apenas para oferecer
um bom salário e o povo ser, pessimamente, mal servido!
Precisamos
dizer a esses “partidos de Aluguel” que não somos donos de locadoras. Somos
moradores de comunidades que precisamos de pessoas comprometidas com as nossas
necessidades e não as suas particulares! Que aqueles que, realmente, vão ter
possibilidades de serem candidatos, com viabilidades de serem eleitos, façam
seus acordos insípidos, mas, colocando a observação da escolha nas nomeações.
Podem ficar tranquilos que eles aceitam, pois, de cuias nas mãos, precisam se
projetarem para o futuro e, colocando pessoas qualificadas representando suas
siglas, aumentará seus cabedais eleitoreiros para as próximas eleições.
Vamos
acompanhar durante o ano esse jogo de interesses, ver e analisar aqueles que
melhor poderão cumprir suas promessas, serem mais rígidos nas escolhas dos seus
segundos e terceiros escalões e, orando muito, pedir a Deus que as coisas
melhorem!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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