O amor através do tempo!
Antonio Nunes de Souza*
Temos que ter o maior cuidado quando ousamos falar sobre esse “abstrato” sentimento, que vem atravessando milhares de anos, porém, sem que muitos percebam, com uma variação de nuances e comportamentos que, sorrateiramente, muitas das suas características básicas foram mudadas radicalmente. Porém, mesmo com algumas represálias da sociedade (com suas hipocrisias e falsos pudismos), terminaram sendo aceitos, quer sejam como naturais, ou, em alguns casos, como anomalias!
No princípio, quando tudo eram flores no paraíso, foi formado o primeiro casal do mundo (segundo a religião) que, por vontade de Deus, se amaram loucamente, chegando ao ponto de, ouvindo os conselhos de uma serpente, praticarem o sexo (representado por uma modesta maçã), tendo como resultado o nascimentos de dois irmãos: Caim e Abel!
Se formos seguir as informações Bíblicas, essa família foi crescendo, logicamente com alguns relacionamentos entre parentes e, sem demora, já começava a ser povoado o mundo, que não sabemos se foi com o tal amor ou pelos desejos sexuais. Infelizmente, essa dúvida ninguém tem condições de tirar. Apenas, existem conversas enganosas e pouco convincentes!
Depois, com as organizações sociais, padronizou-se que, as uniões seriam escolhidas pelos gostos dos pais (ainda perdura esse costume em alguns atrasados países), sem que houvesse a participação “amorosa” entre as partes do noivo e da noiva, o importante eram os interesses, sempre e lógicos, financeiros e de status!
O tempo foi passando, as pessoas foram conquistando algumas liberdades e, aos poucos, passaram a ter, mesmo as escondidas, relações sexuais sem que fossem precisos os românticos amores para justificar. O bom era que fosse sentido um desejo de sentir e dar prazer, sem que houvesse compromissos afetivos. E, acompanhando essa linha de comportamento, a homossexualidade começou a aflorar debaixo de “sete capas”, que, escudada pelo nome de amor, faziam homens e mulheres terem seus casos, fugindo do padrão estabelecido no passado, que o tal amor só deveria acontecer entre um homem e uma mulher e, categoricamente, para a procriação. Isso aconteceu e fez cair por terra a tónica de casal normal! Ou seja: Cada um faz o que gosta e lhe dá prazer, independente dos ditames sociais. Esse novo comportamento, prova, claramente, a inexistência do amor e que o sexo é que manobra nossos corações!
Para simplificar, vou omitir algumas das nuances mais atuais, que são dos conhecimentos de todos, pois hoje, sem a tolice de ter que se esconder, todos praticam o sexo entre todos os gêneros, com números e graus altamente expressivos, e, para não desmitificar, totalmente, esse abstrato sentimento, apelidaram fazer sexo de “fazer amor!”
Embora eu tenha minha conceituação, trata-se apenas de uma modesta opinião, pois, digo com sinceridade, que respeito muito os românticos que cultuam tal estranho sentimento!
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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