sexta-feira, 8 de julho de 2011

Tim tim, Saúde!

Antonio Nunes de Souza*
Tristemente, essa é a frase comemorativa e favorita dos desumanos políticos que cuidam da saúde em nossa cidade. Essa acima é para bebemorar com seus whiskies 12 anos ou vinhos importados, os lucros financeiros ou eleitoreiros auferidos pelas falcatruas cometidas, desvios de verbas e empreguismo de apadriamento, atendendo aos colegas que, como antes, continuarão sendo seus cabos eleitorais. Como também, em grande parte, para atender aos deputados que certamente conseguirão verbas para obras no município e sempre uma rebarba vai para o caixa dois.
A outra oportunidade que voltam a falar a palavra “saúde” é quando aparecem na mídia paga ou as que lhes favorecem partidariamente, para culpar o governo do Estado de estar abandonando o hospital de base – HBLEM, postos de atendimento dos bairros, SAMU, Assistência dentária, Psíquicas, etc., querendo inclusive, comparar a situação do comportamento municipal, com o da Santa Casa, que sempre foi um ícone de decência na região e está atravessando dificuldades, assim como quase todas em todo Brasil, dado aos valores dos procedimentos pagos pelo SUS que deixam muito a desejar, considerados aviltantes em todo território nacional. Mas, com uma administração enxuta, qualificada e comprometida, sempre sobreviveu graças eventuais ajudas públicas e particulares. Situação bem contrária as administrações da saúde em Itabuna que, nos últimos nove anos vem sendo acusada de todas as espécies de vergonhosas atitudes e comportamentos, um corpo funcional o dobro das suas necessidades e, mesmo com uma ajuda de um milhão e meio de reais fornecidos pelo Estado, nada está funcionando que atenda as necessidades do povo.
Como pode o Estado aumentar as remessas para encher os bolsos dos inimigos do povo e a saúde continuar precária ou inexistente? A suspensão da gestão plena foi motivada em função dos comportamentos absurdos implantados pelos descomprometidos com o povo com relação a assistência médica e hospitalar que, vergonhosamente, participaram ou foram omissos na tragédia que resultou no triste quadro que presenciamos atualmente. Vale dizer que não estou falando sem bases sólidas, pois fui diretor presidente do HBLEM e conheço, profundamente, sua mecânica funcional.
Esses fatos terminaram provocando uma ação em cadeia, atingindo também outras instituições que ficaram sobrecarregadas em seus atendimentos, causando males irreparáveis, como é o caso do CEMEPI, que sempre nos orgulhou com um atendimento classe A em pediatria durante várias décadas e, lamentavelmente, está em vias de fechar as suas portas.
Mesmo sem o eco necessário, não me cansarei de denunciar essa atitude repudiável da administração pública que, enganosamente, transfere suas culpas para o Estado, provocando um caos na assistência médica, regada de óbitos diariamente. Declaram, mentirosamente, que fornecem atendimento a quase 120 cidades da região e nada recebem. Esse trabalho sempre foi feito pelo HBLEM, 1.200 pacientes/dia e esses atendimentos eram cobertos por guias fornecidas pela regulação trazidas pelos pacientes das cidades regionais, e esse faturamento, mesmo precário dava sustentação para funcionar sem greves, débitos assustadores ou fechamentos de unidades.
Na verdade a pior doença que ameaça a saúde do nosso município é a ganância psíquica financeira, que se transformou em uma virose incurável nas veias dos insensatos corações!
*Escritor (Vida Louca ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blogspot,com)

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