sábado, 30 de julho de 2011

É menino ou menina?

                                      Antonio Nunes de Souza*
Essa é a grande dúvida dos ginecologistas políticos de Itabuna, com relação ao candidato a prefeito no próximo ano, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Por enquanto, com o aparecimento de dezenas de pretensos candidatos, fato normal nessa pré-estréia, onde muita gente mesmo sabendo das suas remotíssimas possibilidades, aproveita a boa vontade da mídia que faz o seu papel, procurando dar furos e oferecer seus apoios antecipados, já que nessa época os recursos misteriosos correm soltos para as divulgações e publicidades de predicados e obras que nem existem ou existiram, além das promessas de inovadores com fórmulas mágicas para resolver todos os problemas do município. Mas...faz parte do show dessa “vida louca”!
Nada mais interessante e inteligente poderia estar acontecendo, que deixar pairar essa dúvida nas mentes ávidas e curiosas dos analistas, como também, alimentar as pretensões daqueles que querem se aconchegar, procurando dar seus supostos apoios em buscas de vantagens futuras. Outras das ações peculiares dentro da política que, infelizmente, ainda existe e funciona: ”Desisto de me candidatar, repasso meus votos e do meu partido ou comunidade de bairro e, em contra partida, terei direito a alguns cargos durante a gestão!”. Outra cultura velha e deprimente, mas, ainda funciona, pois, se você não fizer, o outro candidato faz tranquilamente!
O fato é que, com sensatez e cautela, o PT continua trabalhando por Itabuna e região, através do Deputado Geraldo Simões, a suplente de senadora Juçara Feitosa        ampliando suas experiências e se preparando para, se necessário, estar pronta para a nova missão, formando uma dupla de primeira linha, para dar a Itabuna uma administração merecedora e necessária, nesse momento que enfrentou e vem enfrentando umas desqualificadas gestões pública, cheias de falhas e promessas não cumpridas.
Assim sendo, pelo sim pelo não, sem que haja a tolice de divisões de correntes dentro do partido, estaremos todos unidos com um enxoval azul e outro cor de rosa, para dentro em breve receber com festas e sabor de vitória, um menino ou uma menina, para aproveitar o casal de padrinhos, Wagner na governadoria e Dilma na presidência, proporcionando a Itabuna um governo merecido!
Enquanto isso, só posso dizer: “Vinde a mim as criancinhas e que sejam o sexo que for!
*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)


quarta-feira, 27 de julho de 2011

A que devemos isso?

                                                                        Antonio Nunes de Souza*

Estamos convivendo como se fossemos animais irracionais, assustados e com medo uns dos outros, desconfiando até das nossas sombras. Antes nos sentíamos seguros quando estávamos nas ruas, pois, devido o movimento das pessoas, dificilmente algum ladrão ousava nos roubar ou assaltar com medo de ser preso ou linchado pela população. Uma dupla policial apelidada de “Cosme Damião” rondando a cidade, eventualmente, era suficiente para nos dar guarida e tranqüilidade em nossos passeios matutinos, vespertinos e noturnos.
Podemos dizer que eram anos dourados, tranqüilos e serenos. Até a movimentação de veículos era mais suave, uma vez que automóvel somente os privilegiados podiam comprar. Atropelamento era algo raro e, mesmo assim, quando ocorria era devido uma criança que corria atrás de uma bola ou algum idoso que atravessava a rua distraidamente. Semáforos e câmeras nós nem imaginávamos que um dia pudesse existir, já que a necessidade era inexistente.
No entanto, hoje com o tal progresso e a tecnologia, as coisas mudaram de tal forma, que se tornou um verdadeiro tormento, simplesmente, viver em todas as circunstâncias possíveis.
Pode você achar que sou um exagerado, mas, vou citar alguns poucos exemplos que, com certeza, você concordará comigo:
Você acorda quase que na madrugada, toma café as pressas e sai para trabalhar ou estudar. Se for de carro vai enfrentar um trânsito miserável cheio de engarrafamentos, ruas esburacadas mal sinalizadas e motoristas impacientes cheios de mau humor matinal.  Se for de moto-táxi torna-se uma aventura super radical, a certeza de chegar vivo é remota, fica tenso e o furico travado que não entra nem sai pensamento. E, se tiver a desdita de ir de ônibus ou metrô, primeiro tem que dar sorte de conseguir entrar, depois ser uma “cagada” de sorte de encontrar um lugar para sentar, senão, vai em pé no bolo e sempre aparece um cara horroroso para ir fazendo “terra” em sua bunda (você não tem como escapar dessa) e, se pegar esse transporte para ir e voltar, quando chegar em casa pode olhar no espelho que tem uma mancha roxa na bunda pelas pressões recebidas.
Ao chegar ao trabalho, depois de uma aventura digna de Indiana Jones, se arruma novamente no banheiro, conversa com os colegas fazendo e ouvindo queixas, preparando-se para enfrentar um patrão cheio de problemas, estressado e impaciente em função dos pepinos da empresa. Se você for bonita e gostosa e já deu para ele, ele lhe alivia um pouco, mas, se for feia e segura, prepare-se que tudo de errado que acontece é sempre você que vacilou. Esse comportamento é uma regra que já faz parte da cultura brasileira!
Depois de uma manhã de expediente, você vai a um fast food próximo, geralmente a kilo, pega uma fila e vai se servir de alimentos que você desconhece a procedência, validade e a higiene utilizada na sua confecção. Sempre estará passiva de uma disenteria no dia seguinte.
Durante a tarde, se teve a felicidade de não ter tido um arrastão ou seqüestro relâmpago na sua empresa, prepara-se para retornar para casa a noite sofrendo as mesmas conseqüências da manhã, com os agravantes da possibilidade de ser vítima de assalto, ser estuprada, ganhar de brinde uma bala perdida, ou ser atropelada atravessando a faixa com o sinal aberto para você. Ainda tem um pequeno detalhe que me esqueci de citar, que ocorre no ônibus e metrô: muitas vezes soltam uns puns daqueles apelidados de “ninja”, pois chegam silenciosos e matam todo mundo. E você coitada, não tem como escapar dessa tragédia odorífera.
Você chega em casa mais morta que viva, toma um banho revitalizador, come algo e depois senta na sala para ver televisão e, as notícias que são transmitidas são tão cruéis e absurdas, que   por pouco não escorre sangue no seu tapete jorrado pelo aparelho de TV. Logo o sono chega, você fecha as portas e janelas com trancas e cadeados, faz uma oração agradecendo a Deus por estar viva e vai dormir para enfrentar tudo novamente na manhã seguinte!
Como podemos dizer que isso é vida? Queiramos ou não, temos que ser nostálgicos!
*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)

A mulher obtuária!

                                                                             Antonio Nunes de Souza*

Como sempre estamos ampliando nossas amizades, desta feita, através de um amigo filósofo, conheci uma mulher inteligente, bem informada, educada e de uma simpatia inigualável que, apenas com um encontro deixou-me fascinado pela sua agradável companhia, fazendo com que eu tentasse procurar logo ampliar os encontros, no sentido de desfrutar de um papo centrado, enriquecedor e alegre.
Até aí tudo ia muito bem e, como o desejo era de todos nós (eu, ela e o filósofo), passamos a marcar encontros semanais, enfeitando as nossas noites de final de semana, com reuniões divertidas e salutares, regadas a um bom vinho e comidas especiais, já que ambos são ligados a culinária vegetariana. Pela minha alegria e satisfação de estar com eles, resolvi até me submeter a comer folhas e legumes e, quando chegar em casa, bater meu pratinho de carnes e outras iguarias consideradas por eles como pecaminosas e verdadeiros venenos.
Porém, o curioso de tudo isso é que todas as vezes que marcamos um encontro ou reunião acontece uma morte de alguém ligado ao grupo, fazendo com que os programas não se realizem, pois, em função da solidariedade, não tem cabimento estarmos nos divertindo.
Pode parecer um exagero da minha parte, mas, por quatro vezes consecutivas esse fato ocorreu, inclusive, em princípio achamos engraçado, porém, pelas repetições, passou a ser preocupante e constrangedor, nos fazendo pensar sobre o assunto e, certamente, ter maiores cuidados com essa mulher obituária, já que a conhecidência estava muito acentuada.
Então, enquanto as mortes eram somente de pessoas com alguns parentescos (próximos e distantes) das pessoas do grupo, mesmo não sendo nada comum, ainda dava para segurar, porém, mantendo uma grande desconfiança e cuidados para convidá-la para qualquer coisa,  mesmo sendo ela uma pessoa maravilhosa. Aí, não sei se reforçando seus poderes mortíferos, começou a acontecer problemas graves de saúde com nossos amigos, levando um até para cirurgia cardíaca e CTI.
Mermão a coisa pegou feio! Com certeza essa mulher vai nos matar aos poucos, dizimando o grupo e depois ficar com seu amigo cantante rindo do pequeno holocausto que causou.
Sagazmente, resolvi me afastar de tal criatura fúnebre e mortífera que, com as características de santa, no fundo pretende nos mandar para as profundezas do outro mundo. Mas, antes de tomar essa atitude, fui saber mais detalhes sobre sua pessoa e, curiosamente, descobri que a sua formação com pós, mestrado e outros cursos mais, é de enfermagem. Aí foi que fiquei chocado! Uma enfermeira que atrai a morte!
Com minha fértil imaginação, deduzo que sua amizade com o nosso amigo filósofo é nada mais nada menos para que ela provoque o óbito e ele escreva os epitáfios nas sepulturas.
Peço encarecidamente aos meus amigos que, se por ventura eu sentir algum problema de saúde, não me leve para o hospital que essa mulher trabalha!!!
Eu hem! Vade retro satanás!!!

*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)

terça-feira, 26 de julho de 2011

É um mal necessário?

                                                                       Antonio Nunes de Souza*

Essa pergunta, totalmente paradoxal, cabe perfeitamente a uma série de coisas que acontecem por esse mundo afora, já que em algumas situações as soluções são complicadas perante as leis, entretanto, as necessidades e circunstâncias obrigam que sejam tomadas medidas conciliadoras, favorecendo os beneficiados de ambas as partes envolvidas, pelo menos, temporariamente.
No caso, estamos nos referindo a atuação desenfreada de “moto-táxis” na região, principalmente em nossa cidade que, seguramente, atende a uma grande parte da população dos bairros, facilitando seus deslocamentos nas suas tarefas diárias, com preços inferiores aos táxis, já que o município não conta com a quantidade necessária de transportes urbanos para cobrir essa lacuna.
Então, mesmo não havendo uma regulamentação oficial, pois o assunto é bastante controvertido e combatido por diversas camadas, mediante a necessidade imperiosa de atender essa faixa de usuários, fecha-se os olhos e tudo transcorre com certa normalidade, passando a ser, sem dar uma conotação pejorativa, um mal bastante necessário.
Porém, queiramos ou não a solução/problema existe, sendo de bom alvitre procurar dar um cunho mais fiscalizador, determinar um traje condizente para o condutor, capacete com cor padronizada para ambos ocupantes, registro do veículo regularizado, limitação de velocidade, respeito nas faixas e sinais e, principalmente, atestado de bons antecedentes.
Supomos que, com boa vontade e interesse de ver as coisas fluírem com melhor qualidade e segurança, o Departamento Municipal de Trânsito poderia fazer esse trabalho de cadastramento informatizado (inclusive com fotos) e que em seus coletes constassem em tamanho legível o número do seu cadastro para melhor identificação em casos de infrações. E, obviamente, fará com que o trânsito se torne menos caótico e perigoso. Após o cadastramento bastante essencial, seria dado um prazo para que sejam cumpridas as determinações, que poderia até ser um desfile no dia do aniversário da cidade, como um presente aos sofredores munícipes.
Que é necessário não temos dúvidas! Mas, que funcione de uma maneira adequada e racional, sem condutores de bermudas, chinelos, camisetas, sem habilitação, fazendo pontos aleatoriamente que incomodam no comércio e em algumas residências, infligindo todas as normas de trânsito.
Se é para conciliar, que seja com uma qualidade que o povo merece, deseja e apóia, até que soluções outras possam ocorrer para suprir essa premente necessidade de deslocamentos.

*Escritor (Blog Vida Louca – antoniomanteiga.blogspot.com -ansouza_ba@hotmail.com)

Desabafo de uma mãe!

                                                                               Antonio Nunes de Souza*

Por que será que eu errei meu Deus?
Cuidei de minha filhinha com o maior amor, desde pequenininha que lhe dava muito carinho, coloquei em uma boa escola, como ela gostava de dançar ensinei a dança da galinha, da manivela, o tititi, samba de roda, etc., e a danadinha, já com 10 anos, sabia requebrar e se pintava que parecia uma mocinha. Eu adorava vê-la dançando e me orgulhava mostrando as minhas amigas, como ela era sedutora, bonita e sensual.
Agora, com 15 anos, nem precisei ensinar a dança do rebolation, uma vez que ela já sabia rebolar mais que uma dançarina do ventre e, usando suas calças e saías curtas e rebaixadas na frente aparecendo às penugens do púbis, era uma gracinha e todos adoravam e aplaudiam minha querida Vera, que é uma verdadeira capetinha cheia de sedução. Como é desenvolvida para a idade, tem o porte de uma mulher feita, já com os seios pronunciados e, talvez devido aos requebrados desde infância, seu bumbum é lindo e empinadinho. Uma gracinha de moça!
Porém, nesse último carnaval, que estourou o “rebolation” ( para ela não era novidade), surgiu também trazida da África, a tal de dança do Kuduro e aí é que foi a minha desgraça! A danada da menina saiu nos blocos e ficou foi com a xoxota mole. Passou a dar para todo mundo, tornando-se uma “piriguete” de primeira, não mais me obedecendo, deixando os estudos de lado, chegando em casa somente de madrugada e, muitas vezes, dormindo fora dizendo que estava nas casas das amigas.
Nesse momento estou aqui na maternidade esperando terminar o seu parto, recebendo o presente de um neto, que ela nem sabe quem é o pai.
Esse meu desabafo é para chamar a atenção das mães que criam suas filhas estimulando, ainda criancinhas, nas danças de Madona, Lady Gaga, Shakira e outras, pensando que está fazendo o bem e, inadvertidamente, estão na verdade despertando uma sexualidade fora de época e perigosa.
Eu mesmo fui uma vítima disso, quando anos atrás, com 15 anos minha mãe me ensinou a dança da garrafa. Foi a conta para eu desandar e terminei arranjando Verinha numa produção independente. Mas, não tive os cuidados necessários que devia e o resultado foi assistir a reprize do filme da minha vida!

*Escritor (Blog  Vida Louca – antoniomanteiga.blogspot.com -ansouza_ba@hotmail.com)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Que modismo ridículo!

Antonio Nunes de Souza*
Há muito tempo que me controlo para não tocar nesse assunto, pois, bulir com internauta é mexer em vespeiro com as mãos. Trata-se de uma comunidade tão vasta que não se pode medir sua dimensão e, aqueles que vão agregando, para que sejam bem recebidos ou mostrarem que são do ramo, entram de cabeça nos hábitos e costumes comportamentais, como se fosse um passaporte para essa monstruosa aldeia global.
Embora eu não seja um “expert” em lingüística, não tenha qualificações de graduações nessa área, apenas como um modesto articulista e aprendiz de escritor vejo com indignação o assassinato de nossa língua nos sites de comunicações da NET e, o pior de tudo, é que não são crianças, púberes, juventude, somente. Generalizou-se de tal maneira que, senhores e senhoras de todas as idades, se incorporaram a esse modo de “comunicação”, numa linguagem insólita e estranha, dando uma conotação que estamos lidando com uma língua criptografada de algum país estrangeiro, ou um planeta de outra galáxia.
Além de uma série de abreviaturas completamente absurdas e erradas, temos que nos bater com macaquinhos pinoteando, vacas mugindo, cães latindo, elefantes dançando, jacarés abanando os rabinhos e uma quantidade incomensuráveis de figuras que, pobremente, segundo o internauta, está lhe passando uma mensagem clara e tranqüila, Isso sem falar naqueles que, barbaramente, escrevem num português errado (palavras e concordâncias), achando lindo, somente para mostrarem-se jovens e acompanhantes da onda de tolos que desejam deturpar nosso idioma pátrio.
Espero que essa minha observação não seja encarada como uma caretice de alguém obsoleto e ultrapassado, pois, quem me conhece e lê algumas das minhas crônicas e artigos, ou até o meu livro e blog (Vida Louca), poderá sentir que não sou nada disso, apenas me preocupo com esse assassinato lingüístico que, sorrateiramente, está ocorrendo, depois dos brasileiros criarem uma língua portuguesa cheia de nuances e modificações, estar agora partindo para um novo meio de comunicação de símbolos, figurações e expressões idiomáticas. Talvez por essa razão, existam tantas reprovações nos exames (vestibulares, pós-graduações, mestrados, etc.), nas provas de redação,
Vamos utilizar a NET com mais coerência, trocando informações, ampliando nossos conhecimentos, pesquisas, fazendo boas e novas amizades, amores, prazeres e diversões, sem precisar teclar errado o nosso pobre, porém lindo idioma, que já sofre com a grande quantidade de galicismos, anglicismos e neologismos. Bastam os nomes hoje colocados em nossas crianças: Stefanne, Pavllova, Pâmela, Marry, Monique, Luanna (a grande maioria “Bispo dos Santos”), pois, nenhuma mãe quer mais que suas filhas se chamem Maria, Tereza, Amélia,etc. Para os filhos, Pedro, João, Carlos e José, nem pensar!
Façam reflexões a respeito e vejam em minhas palavras nada mais que um cuidado para melhorar nossa cultura e educação!
*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)