Antonio Nunes de Souza*
Tenho
quase plena certeza, que poucas pessoas já se preocuparam em analisar
friamente, como somos todos verdadeiros “pidões” no decorrer de nossas vidas!
Constantemente
e diariamente, em todas circunstância, sempre estamos pedindo alguma coisa,
principalmente a Deus e aos pobres Santos (como incutiram em nossas mentes) ,
sempre na esperança de alcançar bons resultados, muitas vezes insatisfeitos por
não serem atendidos, nem imediatamente, muito menos, queixando-se da falta de
atenção “divina”, sem ao menos fazer uma autoanálise para ver se merecem ou
não, em função dos seus comportamentos, ou na verdade porque não lutaram pelos
seus objetivos, achando que só acontece quando Deus quer, sem enxergar que na
verdade, só acontece quando você luta, veementemente, para acontecer!
Essa
observação, creditando aos Santos os atendimentos é apenas uma parcela vasta e
majoritária, pois, em grande e expressiva parte, também ocorre no dia-a-dia
entre as pessoas de seus relacionamentos amorosos, sociais, trabalho, ou
comercias, que, seguramente, também são recebedoras de pedidos. Isso, se
admirem, são dos mais simples aos mais difíceis e complicados, que para o
pedinte, simplesmente, acha qie é uma bobagem, você se expor a um pedido,
ocupar e forçar uma pessoa a lhe favorecer. Sendo que com essa atitude de pedir
para terceiros, você fica na obrigação moral de atender aquele que lhe atendeu,
muitas vezes com coisas que nos são difíceis e sacrificantes!
Curiosamente,
passei a observar mais enfaticamente os animais e, pra minha surpresa, eles
também agem da mesma forma, estão sempre pedindo, não só os gatos e cachorros
que fazem com latidos e roçar nas nossas pernas, como também todos os animais
dos zoológicos que, ao nos aproximarmos das suas jaulas, vem para a frente à
espera de uma banana, pedaços de sanduiches, pipocas e outras iguarias que são
vendidas nesses recintos. Creio que esse defeito, ou virtude (quem sabe) é uma
peculiaridade do reino animal!
Será
que não seria mais genial e benéfico para a humanidade, se em vez de apenas sermos
pedintes, também aprendêssemos a dar, aplicamdo com mais assiduidade o
humanismo, amor e a solidariedade?
Certamente
o mundo seria outro, principalmente, mais cheio de bondades e felicidade entre
todos os seres, esquecendo-se da grande dose de egoísmo existente em milhões de
ações egoísticas que vivenciamos cotidianamente!
Vamos
seguir o famoso slogan filosófico do Rotary Clube internacional: “DAR DE SI
ANTES DE PENSAR EM SI”!
Sinto-me
muito feliz por estar convivendo há cinquenta e cinco anos, como membro desses
respeitável clube, fazendo o bem, sem olhar a quem!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário