Antonio Nunes de Souza*
Depois
de milhares anos, carregando uma falsa cultura com relação a prática do sexo,
as pessoas, ainda bem, passaram a reconhecer que praticar o sexo é algo
importante em todas as pessoas, gêneros, cores e seitas, sem que se tenha a
preocupação de estar se fazendo algo terrível e pecaminoso!
Temos
escabrosas histórias de familiares expulsarem as filhas, colocando-as para fora
de casa, forçando as possibilidades de se tornarem prostitutas, já que por serem
jovens e despreparadas, não tinham condições de enfrentar outros tipos de
trabalho!
Aqueles
que eram tidos como pais mais condescendentes, aplicavam surras absurdas e, a
partir de então, deixavam suas filhas presas em casa, cuidando das tarefas
domesticas, consequentemente, abandonando seus estudos e afastando-as dos meios
sociais!
Os
mais fanatizados religiosos e idiotas, que tinham melhores condições
financeiras, internavam as jovem em conventos severos, solicitando as madres
superiores que as convencessem de se tornarem freiras para pagarem o seu
“grande pecado!”
E
todos esses comportamentos, entre outros que não se faz necessário citar, havia
a hipocrisia da sociedade que, sem nenhum pudor, desprezavam essas moças,
inclusive proibindo suas filhas de serem suas amigas. Eram consideradas
devassas, perdidas e imorais!
Aí,
o tempo que é o maior professor de nossas vidas, foi, paulatinamente, mostrando
quanto a sociedade estava errada, a intolerância era descabida e que o sexo não
passa, literalmente, de uma necessidade de todos os seres (humanos e irracionais),
despertado no início da juventude. E, para praticá-lo, basta que se tenha os
cuidados necessários, usando preservativos e escolhendo com cautela os seus
parceiros, e principalmente, gravidez indesejadas, que possam complicar os
andamentos de suas vidas!
Para
quem vivenciou as aberrações acima, comenta com alegria a liberdade existente,
onde namorados dormem com suas namoradas nas casas dos seus pais, saem para viagens
de fins de semana ficando acasalados em pousadas, campings em barracas, ou em
casas de parentes. Nada mais se estranha, somente quando vacilam e as namoradas
engravidam. Mas, encaram com naturalidade a produção independente, tendo
inclusive o apoio total de ambas famílias, já que foi um acidente de percurso,
que pode acontecer com qualquer um. Essa maneira atual é bastante civilizada,
educada e compreensível, bem diferente dos métodos arcaicos e trogloditas do
passado!
Portanto,
vamos praticar o sexo quando desejarmos, sem ter na mente a ideia tenebrosa de
que estamos fazendo algo abominável, coisa que ele nunca é, pois, mesmo quando
é mal praticado é ótimo. Simplesmente um prazer indescritível que, seguramente,
garante a perpetuação de todos seres vivos!
Uma
pena é que o orgasmo é muito “rapidinho”, não custava nada ser um pouco mais
demorado!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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